A inserção da saúde bucal no Programa de Saúde da Família no estado do Paraná

Autores

  • Marcia Helena Baldani Pinto Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
  • Márcia Geny Schweitzer Queiroz Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
  • Taisiane Possamai Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
  • Cristina Berger Fadel Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc1(2)330

Palavras-chave:

Saúde Bucal, Programa Saúde da Família, Odontologia

Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar o perfil de implantação da Odontologia no Programa de Saúde da Família no Estado do Paraná, um ano após a entrada em vigor, no final do ano 2000, da Portaria no. 1.444 do Ministério da Saúde. Para tanto, delineou-se um estudo quali-quantitativo envolvendo todos os 136 municípios que haviam implantado Equipes de Saúde Bucal no PSF até o início de 2002. Foram encaminhados dois tipos de questionário, previamente testados e aprovados, abordando: a) aspectos administrativos, devendo ser respondido pelos Coordenadores de Saúde Bucal dos municípios, e b) aspectos operacionais, a ser respondido por todos os dentistas integrantes das equipes. Ambos compreendiam perguntas objetivas, e contavam com um espaço para que os participantes expressassem sua opinião sobre experiências, sucessos ou dificuldades encontradas na operacionalização do programa. Foram obtidas respostas de 77 municípios, correspondendo a 56,6% do total de questionários enviados. Os resultados revelam que a média de população coberta por equipe (4.947 ± 1.700 pessoas) praticamente corresponde ao mínimo estipulado pela Portaria do Ministério da Saúde (5.000 pessoas). Apesar disso, existe dificuldade, por parte das equipes, em desempenhar todas as atividades pertinentes a elas, como, por exemplo, visitas domiciliares, ações de prevenção e promoção de saúde, bem como reuniões com a comunidade de abrangência. Outra dificuldade relatada relacionou-se ao encaminhamento dos casos de maior complexidade os quais, em 19,9% dos municípios, são solucionados pela própria equipe ou não são resolvidos. Como ponto positivo verificou-se que 94,3% dos dentistas entrevistados relataram haver participado de cursos de capacitação e houve recepção favorável do programa por parte da população. Finalmente, observou-se que o número de contratos formais de dentistas, através de concurso público, é pequeno (27,3%) e os relatos indicam que há necessidade de formação de profissionais generalistas, que saibam trabalhar em equipes interdisciplinares e que apresentem, portanto, perfil adequado para o Programa de Saúde da Família.

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Publicado

2004-11-17

Como Citar

1.
Pinto MHB, Queiroz MGS, Possamai T, Fadel CB. A inserção da saúde bucal no Programa de Saúde da Família no estado do Paraná. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 17º de novembro de 2004 [citado 28º de março de 2024];1(2):27-32. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/330

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit

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