Cobertura vacinal real do esquema básico para o primeiro ano de vida numa Unidade de Saúde da Família

Autores

  • Sandra Maria Magalhães Villela Carneiro Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL
  • Simone Schwartz Lessa Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL
  • João Alfredo Lins Guimarães Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL
  • Marina Moraes Loepert Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL
  • Diego Barbosa da Silva Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc7(23)249

Palavras-chave:

Cobertura vacinal, Vacinação, Programas de Imunização, Esquema de Imunização

Resumo

Objetivos: Avaliar a cobertura vacinal real do esquema básico para o primeiro ano de vida numa Unidade de Saúde da Família de Maceió-AL. Métodos: Estudo do tipo transversal com amostragem do tipo não probabilística no qual foi aplicado questionário através do responsável de todas as crianças maiores de 12 e menores de 24 meses. A carteira de vacinação foi utilizada como fonte de informação. Considerou-se completado o esquema básico, a criança que recebeu a dose das vacinas na idade e intervalos corretos. As variáveis categóricas foram dispostas em proporções. Foram calculados média e desvio padrão para as variáveis numéricas. As diferenças nas proporções das variáveis entre os grupos de crianças com CV adequada e não adequada foram medidas através do teste do Quiquadrado de Pearson% (p < 0,05). Resultados: Obteve-se uma amostra de 66 crianças, das quais, 24,2% (n = 16) completaram o esquema básico de vacinação. Foi observado que 63,6% das crianças haviam apresentado algum tipo de morbidade nos três meses que antecederam a entrevista. A média de número de moradores foi de 4,7 ± 1,8, enquanto que o número médio de irmãos foi de 1,0 ± 1,0. Verificou-se que 75,8% (n = 50) das crianças faziam parte das classes C2 ou D. A média de idade do responsável foi de 30,53 ± 11, variando de 16 a 62 anos. Conclusões: A cobertura para cada uma das vacinas foi sempre maior que a cobertura para o esquema completo. Verificou-se que parcela significativa das crianças desta pesquisa não recebeu todas as doses preconizadas, nas idades adequadas e com os intervalos corretos. Portanto, a unidade necessita aprimorar seus procedimentos técnicos e administrativos a fim de garantir a plenitude da cobertura vacinal em data oportuna.

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Biografia do Autor

Sandra Maria Magalhães Villela Carneiro, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

Preceptora do PET-Saúde e Médica Sanitarista com especialidade em medicina da família e comunidade. Gerente da Unidade Docente Assistencial da Estratégia de Saúde da Família (Unidade Básica da Secretaria de Saúde do Município de Maceió - AL) Docente contratada da disciplina Medicina, Indivíduo e Comunidade da UNCISAL.

Simone Schwartz Lessa, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

Professora Titular da Disciplina Medicina Indivíduo e Comunidade da UNCISAL. Tutora do PET-saúde.

João Alfredo Lins Guimarães, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

Odontólogo, Bacharel em Direito, Especialista em Ciências da Saúde e Odontologia Legal, Mestre em Saúde Coletiva, Professor da Disciplina Medicina Indivíduo e Comunidade da UNCISAL

Marina Moraes Loepert, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

Discente do 4° ano de Medicina e do PET-saúde.

Diego Barbosa da Silva, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

Discente do 5° ano de Medicina e do PET-saúde.

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Publicado

2012-05-23

Como Citar

1.
Carneiro SMMV, Lessa SS, Guimarães JAL, Loepert MM, Silva DB da. Cobertura vacinal real do esquema básico para o primeiro ano de vida numa Unidade de Saúde da Família. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 23º de maio de 2012 [citado 29º de março de 2024];7(23):100-7. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/249

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit