Análise do acolhimento de crianças e adolescentes para o planejamento das ações do PSF

Autores

  • Cláudia Regina Lindgren Alves Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Brazil.
  • Jaciara Lagazeta Garcia Municipal Health Secretariat, Belo Horizonte, Brazil
  • Carmen Cadete Gomes Silveira Municipal Health Secretariat, Belo Horizonte, Brazil.
  • Gustavo Vieira Rodrigues Maciel Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Brazil

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc3(12)361

Palavras-chave:

Acolhimento, Planejamento em Saúde, Atenção Primária à Saúde, Programa de Saúde da Família

Resumo

O atendimento à demanda não-programada (acolhimento) é hoje um dos mais importantes desafios da atenção básica. Dimensioná-lo representa um dos pontos de partida para a organização do trabalho das equipes de saúde da família (ESF). Este estudo teve por objetivo analisar a demanda não-programada de crianças e adolescentes de uma das ESF do Centro de Saúde São Marcos (CSSM), visando ao planejamento de ações. O acolhimento no CSSM, localizado na região nordeste de Belo Horizonte, é realizado pela ESF durante todo o dia. Foram analisados os registros do atendimento à demanda não-programada em um determinado horário do dia, reservado para este fim, no período de outubro de 2005 a setembro de 2006. A amostra foi composta por 30% dos cerca de cinco mil atendimentos realizados, sorteados aleatoriamente. O banco de dados foi analisado no Epi-Info. Foram analisados 1602 atendimentos, dos quais 627 (39,2%) eram menores de 20 anos de idade. Cerca de 24% eram crianças menores de dois anos e 26% eram adolescentes. Os pacientes com queixas agudas corresponderam a 80,4% dos atendimentos em toda faixa pediátrica. Pouco mais da metade das crianças eram do sexo feminino. Cerca de 100 crianças (16,9%) procuraram o acolhimento para agendar consultas e/ou mostrar exames. Dessas, 12% eram pacientes de puericultura e 5% eram portadores de problemas respiratórios crônicos, como asma. Quatro adolescentes procuraram o acolhimento para fazer o pré-natal. O pequeno percentual de crianças menores de dois anos no acolhimento sugere que o fluxo de pacientes no controle/ puericultura mensal tem sido eficaz. O mesmo pode ser dito das crianças inscritas no programa Criança que Chia. No entanto, o grande percentual de crianças até 10 anos com queixas agudas requer planejamento da agenda para atendê-las o mais rapidamente possível. Com base nesses resultados, pretende-se reorganizar as agendas e rever as atribuições dos profissionais da equipe, propondo alternativas de atenção ao usuário dessa faixa etária

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Biografia do Autor

Cláudia Regina Lindgren Alves, Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Brazil.

Professor, Doctor of Health Sciences. area of ??concentration in health of children and adolescents, Department of Pediatrics, School of Medicine, Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Brazil.

Jaciara Lagazeta Garcia, Municipal Health Secretariat, Belo Horizonte, Brazil

Nurse specialist in Family Health UFMG, Municipal Health Secretariat, Belo Horizonte, Brazil

Carmen Cadete Gomes Silveira, Municipal Health Secretariat, Belo Horizonte, Brazil.

Manager of the San Marcos Health Center, a specialist in Public Health Nursing, UFMG, Municipal Health Secretariat, Belo Horizonte, Brazil.

Gustavo Vieira Rodrigues Maciel, Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Brazil

Academic (a) of the undergraduate course in medicine at the Federal University of Minas Gerais, Belo Horizonte, Brazil

Publicado

2008-11-17

Como Citar

1.
Alves CRL, Garcia JL, Silveira CCG, Maciel GVR. Análise do acolhimento de crianças e adolescentes para o planejamento das ações do PSF. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 17º de novembro de 2008 [citado 19º de março de 2024];3(12):247-56. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/361

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit