Processos neurofisiológicos da prática meditativa

Autores

  • Guilherme Sussumu Ueno Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes.
  • Cássia Regina da Silva Neves Custódio Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes.

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc7(1)622

Palavras-chave:

Meditação, Neurofisiologia, Neuroanatomia

Resumo

Introdução: Para a inserção das atividades tradicionais orientais no meio médico acadêmico se faz necessário uma investigação da neurofisiologia da meditação e de seus efeitos sobre a homeostase do corpo humano. As pesquisas assinalam que a meditação pode ativar o CPF, o SNP, além de levar à uma menor ativação do SARA e à alterações dos níveis de cortisol, endorfina, melatonina e serotonina. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é compreender todos os aspectos neurofisiológicos do estado meditativo e seus efeitos no indivíduo praticante. Métodos: Através de uma revisão bibliográfica dos principais sites de bases científicasforam estudados principalmente os trabalhos realizados com testes laboratoriais objetivando a comparação entre alterações fisiológicas de não praticantes versus praticantes. Estes estudos abrangem alterações neuroendócrinas, cardiorrespiratórias e metabólicas provocadas pela prática da meditação. Resultados: Os estudos com técnicas de imageamento encefálico tem evidenciado durante o processo meditativo uma atividade concentrada no CPF, LPI, LFI e um menor fluxo no LPPS, além disso também há uma maior ativação de estruturas relacionadas ao controle do SNA e SNP uma vez que durante a meditação há uma diminuição da FC, FR e metabolismo.O aumento da atividade parassimpática levaria a uma menor inibição gabaérgica pelo bulbo, e consequentemente ocasionaria uma menor secreção de AVP reestabelecendo a pressão arterial, melhorando a memória e sensações de bem estar geral. Uma maior ativação do CPF e uma maior liberação de glutamato estimula o núcleo arqueado no hipotálamo liberando uma maior quantidade de beta-endorfina. Outra estimulação importante é a do hipotálamo lateral que pode resultar em um aumento da atividade serotoninérgica, a inervação do hipotálamo na glândula pineal também contribui para o aumento dos níveis de 5-HT. Conclusão: As pesquisas dos estados meditativos chegam a um mesmo padrão dos efeitos neurofisiológicos que envolvem principalmente a ativação do CPF, do SNA e de outras áreas encefálicas. Além disso diversas pesquisas tem apontado que a meditação tem inúmeros efeitos positivos sobre o praticante, por exemplo melhores índices de concentração, sensação de bem estar e plenitude.

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Publicado

2012-06-22

Como Citar

1.
Ueno GS, Custódio CR da SN. Processos neurofisiológicos da prática meditativa. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 22º de junho de 2012 [citado 29º de março de 2024];7(1):71. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/622

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