Perfil sociodemográfico, ocupacional e avaliação das condições de saúde mental dos trabalhadores da Estratégia Saúde da Família em um município do Rio Grande do Sul, RS

Autores

  • Izadora Joseane Borrajo Moreira Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Santa Cruz do Sul, RS
  • Jorge André Horta Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Santa Cruz do Sul, RS
  • Luciano Nunes Duro Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Santa Cruz do Sul, RS
  • Daniela Teixeira Borges Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Santa Cruz do Sul, RS
  • Anderson Berni Cristofari Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Santa Cruz do Sul, RS
  • Jéssica Chaves Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Santa Cruz do Sul, RS
  • Débora Cristina Haack Bassani Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Santa Cruz do Sul, RS
  • Emanuelle Damo Cerizolli Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Santa Cruz do Sul, RS
  • Raquel Montagna Teixeira Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Santa Cruz do Sul, RS

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc11(38)967

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Saúde do Trabalhador, Transtornos Mentais, Estresse Psicológico, Agentes Comunitários de Saúde

Resumo

Objetivo: Descrever os fatores sociodemográficos e ocupacionais e avaliar a prevalência de transtornos mentais comuns em trabalhadores das Estratégias de Saúde da Família (ESF) em Santa Cruz do Sul, RS. Métodos: Estudo com abordagem epidemiológica, de corte transversal e quantitativo, realizado no período de junho a agosto de 2013. Foram avaliados 83 trabalhadores, entre médicos, enfermeiros, técnicos/auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde, atuantes nas 11 unidades de saúde da família do município. O instrumento de pesquisa constituiu-se em um questionário autoaplicável, englobando aspectos sociodemográficos, ocupacionais e questões pertencentes ao Self-Reporting Questionnaire. Resultados: A idade média dos participantes foi de 37,1±8,9 anos, sendo a maioria agentes comunitários de saúde, do sexo feminino, casadas, com filhos, renda per capita de até 2 salários mínimos e ensino médio completo. A prevalência geral de transtorno mental comum foi de 19,7%, estando presente em todas as categorias profissionais, e mais frequente entre os enfermeiros (25%), porém sem diferenças estatísticas. Conclusão: O presente estudo, além de caracterizar a população de trabalhadores das ESF de Santa Cruz do Sul, RS, em seus aspectos sociodemográficos e ocupacionais, identificou que o sofrimento psíquico está presente, embora em graus variados, em todas as categorias profissionais avaliadas. Frente a esses achados relevantes, sugerem-se providências que visem à prevenção e promoção da saúde mental desses profissionais

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Publicado

2016-04-26

Como Citar

1.
Moreira IJB, Horta JA, Duro LN, Borges DT, Cristofari AB, Chaves J, Bassani DCH, Cerizolli ED, Teixeira RM. Perfil sociodemográfico, ocupacional e avaliação das condições de saúde mental dos trabalhadores da Estratégia Saúde da Família em um município do Rio Grande do Sul, RS. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 26º de abril de 2016 [citado 16º de abril de 2024];11(38):1-12. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/967

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit