TY - JOUR AU - Lenz, Maria Lucia Medeiros AU - Flores, Rui AU - Pires, Norma Vieira AU - Stein, Airton Tetelbom PY - 2008/11/17 Y2 - 2024/03/29 TI - Hospitalizações entre crianças e adolescentes no território de abrangência de um serviço de Atenção Primária à saúde JF - Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade JA - Rev Bras Med Fam Comunidade VL - 3 IS - 12 SE - Artigos de Pesquisa DO - 10.5712/rbmfc3(12)363 UR - https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/363 SP - 271-281 AB - <p>A hospitalização, além de sofrimento familiar importante, é um evento de custo elevado para o sistema de saúde; além disso, ela pode ser, muitas vezes, prevenida no nível ambulatorial. Oobjetivo deste estudo foi identificar o percentual de hospitalizações por condições sensíveis à atenção ambulatorial (CSAA) que se referem àquelas em que a atenção efetiva e a tempo podem evitar internação. Foram estudadas 3.329 hospitalizações em menores de 19 anos, ocorridas nos anos de 2001 a 2004, em quatro hospitais do SUS, principais referências para uma população de áreas adscritas de um serviço de Atenção Primária em Saúde (APS). Análises univariadas e multivariadas foram empregadas para verificar associação entre variáveis independentes e a ocorrência de hospitalizações por CSAA. Identificou-se uma taxa anual de hospitalização de 2,9%. As doenças do aparelho respiratório são o grupo de causa mais freqüente (36%), seguido do grupo das perinatais (14%), infecciosas e parasitárias (10%), do aparelho digestivo (9%) e das causas externas (6%). As reinternações corresponderam a 16% do total de internações. A taxa de hospitalização por CSAA foi de 35,6%, variando de 25% a 43% entre as Unidades de APS. As variáveis relacionadas à maior ocorrência de hospitalizações por este motivo foram: idade de um a quatro anos (p&lt;0,01), ter ido direto para o hospital porque a Unidade estava fechada (p=0,04) ou pela gravidade do caso (p=0,03). O estudo indica a necessidade de incrementar ações de vigilância às hospitalizações por CSAA, que ocorrem com maior freqüência nos meses de inverno, às crianças de um a nove anos, por apresentarem-se mais vulneráveis à hospitalização por essas condições, e às reinternações, não reduzidas nos últimos  quatro anos.</p> ER -