https://rbmfc.org.br/rbmfc/issue/feed Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 2024-05-12T23:44:53-03:00 Secretaria da RBMFC rbmfc@rbmfc.org.br Open Journal Systems <p>A Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (RBMFC) é um periódico revisado por pares publicado pela&nbsp;<a href="https://www.sbmfc.org.br/" target="_blank" rel="noopener">Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade</a>. Os artigos são publicados de forma contínua ao longo do ano, e podem ser lidos e redistribuídos gratuitamente. Autores em potencial devem tomar conhecimento das&nbsp;<a href="/rbmfc/about/editorialPolicies">políticas editorias</a>&nbsp;da RBMFC, começando pelo&nbsp;<a href="/rbmfc/about/editorialPolicies#focusAndScope">foco e escopo</a>&nbsp;do periódico e a&nbsp;<a href="/rbmfc/about/submissions#sectionPolicies">política da seção pretendida</a>, facilitando a adesão às&nbsp;<a href="https://rbmfc.org.br/rbmfc/about/submissions#authorGuidelines">diretrizes para autores</a>.</p> https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3598 Prevalência de tabagismo e morbimortalidade por câncer de pulmão nos estados brasileiros 2024-04-18T13:20:54-03:00 Silvya de Freitas Nunes silvyafnunes@gmail.com Kelser de Souza Kock kelserkock@yahoo.com.br <p><strong>Introdução:</strong> O câncer de pulmão é uma doença grave, sendo a segunda maior causa de morte em todo o mundo, entretanto, em alguns países desenvolvidos, tornou-se já a primeira causa de morte. Cerca de 90% dos casos de neoplasia pulmonares são causados pela inalação da fumaça do cigarro. <strong>Objetivo:</strong> Correlacionar a prevalência de tabagismo e morbimortalidade por câncer de pulmão nos estados brasileiros, além de demonstrar a associação destes com sexo e faixa etária. <strong>Métodos:</strong> Estudo de caráter ecológico acerca da prevalência de tabagismo e morbimortalidade por câncer de pulmão nos estados brasileiros, nos períodos de 2013 e 2019, dividida por sexo e faixa etária. Foram utilizados bancos de coleta de dados como o Tabnet e Pesquisa Nacional de Saúde. <strong>Resultados:</strong> As maiores taxas de mortalidade e internações hospitalares foram do público masculino, em 2013, com taxa de 2,7 e 10, respectivamente, e em 2019 com 3,3 e 11,9, respectivamente. Ademais, a maior prevalência de tabagismo foi encontrada nos homens; entretanto seu índice tem caído, enquanto a quantidade de mulheres tabagistas tem aumentado. A Região Sul demonstrou maiores números de mortalidade em ambos os períodos estudados, com taxas de 4,9 e 5,8 por 100 mil habitantes, e morbidade hospitalar com 19,9 e 23,5 por 100 mil habitantes. Já a Região Norte se configurou com as menores prevalências: em 2013 apresentou taxa de óbito por câncer de pulmão de 1,0 e morbidade hospitalar de 3,5/100 mil habitantes, em 2019 apresentou taxa de mortalidade de 4,6 e internações de 1,6/100 mil habitantes. Os coeficientes de correlação de morbidade hospitalar e prevalência de tabagismo foram R<sup>2</sup>=0,0628, r=0,251 e p=0,042, enquanto os de mortalidade e prevalência de tabagismo foram R<sup>2=</sup>0,0337, r=0,183 e p=0,140. <strong>Conclusões:</strong> Na presente pesquisa, pode-se inferir que houve associação positiva na comparação entre taxa de morbidade hospitalar e prevalência de tabagismo; em contrapartida, não foi possível observar associação positiva na correlação da taxa de mortalidade por câncer de pulmão e prevalência de tabagismo.</p> 2024-04-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Silvya de Freitas Nunes, Kelser de Souza Kock https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3763 Informação e prevenção não farmacológica da COVID-19 no território de uma unidade de saúde da família em Pernambuco 2024-05-12T23:20:06-03:00 Lilyanne Valério lilyannevalerio@gmail.com Rilva Lopes de Sousa-Muñoz rilvamunoz@gmail.com Isaunir Veríssimo Lopes isaunir.v@gmail.com <p><strong>Introdução:</strong> O conhecimento da magnitude em que a população implementa medidas de proteção emitidas pelas autoridades de saúde pública é essencial na prevenção da doença do novo coronavírus (COVID-19). A eficácia de medidas não farmacológicas de prevenção e das políticas públicas destinadas a reduzir o contágio pela COVID-19 depende de quão bem os indivíduos são informados sobre as consequências da infecção e as medidas que devem adotar para reduzir sua propagação. O entendimento, as atitudes e as práticas das pessoas em relação à COVID-19 e sua prevenção são basilares para a compreensão da dinâmica epidemiológica, demandando a realização de pesquisas sobre o cumprimento de medidas não farmacológicas de prevenção do contágio em diversos territórios. Para isso, em 2020, medidas não farmacológicas contra a COVID-19 foram divulgadas por fontes diversas, estatais e privadas, para a maior parte da população brasileira, com a finalidade de orientar comportamentos para conter a crise sanitária. As equipes da Estratégia Saúde da Família têm um papel fundamental neste processo de educação em saúde, pois compreendem elementos socioculturais das suas comunidades, alcançando-as tanto em capilaridade quanto em adequação local da informação técnico-científica. Este artigo abrange uma pesquisa de campo, parte de um projeto multicêntrico nacional. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar se a população do território de uma unidade da Estratégia Saúde da Família da cidade de Condado-PE entende e aplica as informações que recebeu sobre medidas não farmacológicas de prevenção em suas práticas de proteção contra a COVID-19. Mais especificamente, a pesquisa visou determinar que informações foram recebidas pelos respondentes, quais as suas fontes, o grau de confiabilidade atribuído a estas, além da adesão deles às medidas não farmacológicas e sua relação com variáveis sociodemográficas. <strong>Métodos:</strong> O modelo do estudo foi observacional e descritivo, com abordagem quantitativa, a partir da coleta de dados primários com 70 usuários por entrevista presencial com questionário estruturado. <strong>Resultados:</strong> Os resultados mostraram que a população recebeu vasta informação sobre prevenção da doença. <strong>Conclusão:</strong> Com níveis variados de confiabilidade das fontes, atribuindo importância relevante às medidas de prevenção e adotou a maioria delas, com exceção do isolamento social total.</p> 2024-05-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Lilyanne Valério, Rilva Lopes de Sousa-Muñoz, Isaunir Veríssimo Lopes https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3928 Você está pensando, refletindo, analisando o que você vê e o que você faz o tempo todo 2024-04-18T13:20:47-03:00 Carlos Frederico Confort Campos carloscampos@alumni.usp.br Nicolle Taissun ntaissun@gmail.com <p><strong>Introdução:</strong> A comunicação é reconhecida como uma habilidade central por vários órgãos reguladores internacionais da educação médica. O ensino específico de habilidades de comunicação é fundamental para melhorar a comunicação dos médicos. As técnicas experienciais mostraram superioridade em comparação com os modelos tradicionais. A utilização de consultas reais ajuda os estudantes a visualizar melhor as suas competências de entrevista e a refletir sobre elas. Com os avanços da tecnologia, o uso de consultas médicas gravadas em vídeo tornou-se a abordagem padrão para o ensino da comunicação. No entanto, a eficácia dessa técnica depende do envolvimento ativo dos estudantes. As suas contribuições e comentários dos pares sobre a consulta gravada são essenciais para a aprendizagem. Contudo, a perspectiva do estudante sobre a utilidade dessa abordagem educativa recebeu pouca atenção. <strong>Objetivos: </strong>Compreender a percepção da aprendizagem dos residentes de medicina de família e comunidade resultante da atividade de vídeo <em>feedback</em> na sua formação profissional. <strong>Métodos: </strong>Estudo exploratório, qualitativo, realizado com residentes do primeiro ano de medicina de família e comunidade de um programa de residência estabelecido em São Paulo, Brasil. Os participantes foram entrevistados após as sessões educativas, que foram analisadas por meio de análise temática reflexiva. <strong>Resultados: </strong>A autopercepção de sua prática, o aprendizado de habilidades de comunicação e os ganhos afetivos foram identificados pelos participantes como pontos de aprendizado derivados da atividade de vídeo <em>feedback</em>. Além disso, sobre o aprendizado de habilidades específicas de comunicação, eles mencionaram comunicação não-verbal e verbal, conexões entre teoria e prática, estrutura de consulta e oportunidades para cristalizar conhecimentos. Os ganhos afetivos incluíram sentir-se parte de um grupo, melhora da autoestima, superação de inseguranças, percepção de consultas mais efetivas, reforço do gosto pelo trabalho e reconhecer a necessidade de mais aprendizado. <strong>Conclusões: </strong>Os ganhos de aprendizagem identificados em nosso estudo levaram a uma experiência de humanidade compartilhada, que permite aos participantes serem mais efetivos técnica e afetivamente com seus pacientes. Além disso, identificamos que a atividade educativa de vídeo <em>feedback</em> pode ser utilizada para outros possíveis fins educacionais além do ensino da comunicação.</p> 2024-04-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Carlos Frederico Confort Campos, Nicolle Taissun https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3609 Acidente crotálico seguido por primeiro episódio psicótico 2024-05-12T22:32:38-03:00 Rafael Fernandes de Almeida rafael.fdealmeida@gmail.com Régis Eric Maia Barros regis.eric.maia.barros@gmail.com <p><em><strong>Introdução</strong></em><strong>:</strong> Acidentes ofídicos são doenças negligenciadas e constituem uma parcela importante da morbidade de pessoas em idade produtiva que vivem em zonas rurais. A maior parte dos seus efeitos a curto prazo é amplamente conhecida, especialmente aqueles de natureza clínica; no entanto, ainda se observa lacuna importante do conhecimento das consequências a longo prazo de tais agravos, notadamente as de ordem psíquica. Este artigo relata um caso de adoecimento mental subsequente a um acidente crotálico e gera reflexões de âmbito cultural e fisiopatológico a respeito das sequelas de tais eventos. <em><strong>Apresentação do caso</strong></em><strong>:</strong> Trata-se de adolescente residente no interior baiano que foi vítima de mordedura por cascavel e teve necessidade de hospitalização em unidade de terapia intensiva. Observou-se que, mesmo após melhora clínica, iniciou com sintomas psicóticos prodrômicos e progrediu para piora mental grave, que culminou em internação psiquiátrica e diagnóstico de esquizofrenia no decorrer dos meses seguintes. <em><strong>Conclusões</strong></em><strong>:</strong> Nota-se, neste caso, correlação direta entre esses dois eventos; mas, em razão da escassez de trabalhos científicos que abordem tais questões, depreende-se que é preciso investigar e estudar com maior profundidade possíveis associações entre acidentes crotálicos e psicoses.</p> 2024-05-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Rafael Fernandes de Almeida, Régis Eric Maia Barros https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3772 Aprendizagem baseada em projeto e a formação médica 2024-04-18T13:20:51-03:00 Thais Morgana Mendes Santos thais.morgana@ufvjm.edu.br Clarisse Melo Franco Neves Costa clamelofranco@gmail.com Lauriany Livia Costa laurianylivia@hotmail.com Darlene da Silva darlenesilva10@hotmail.com Delba Fonseca Santos delba.fonseca@ufvjm.edu.br <p>A aprendizagem baseada em projeto orientada pelos fundamentos da educação interprofissional é um modelo que pode contribuir para a formação de relacionamentos interpessoais, criatividade, empatia e colaboração na educação médica, por meio de uma colaboração mútua com profissionais de saúde da rede. Muito se fala da efetividade desse método no campo do ensino e aprendizagem médica, mas há a necessidade de incluir a importância do desenvolvimento de habilidades interprofissionais, com equipes colaborativas, em ações extensionistas, diante das necessidades locais no contexto da atenção primária, pensando na melhoria dos resultados de saúde. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de experiência de aprendizagem baseada em projeto de estudantes de Medicina no contexto da Estratégia Saúde da Família. Participaram deste trabalho estudantes do Módulo Integração Ensino, Serviço e Comunidade da Faculdade de Medicina da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri que executaram, em colaboração com uma equipe interprofissional o projeto sobre a saúde do homem. Como resultado da análise qualitativa do <em>feedback</em> entre os integrantes, observaram-se mudanças no comportamento dos estudantes, com melhorias na comunicação, empatia e nas relações interpessoais, por meio do trabalho colaborativo com a equipe interprofissional. Esta experiência poderá ser adaptada para implementar o ensino e aprendizagem no projeto pedagógico orientado pela educação interprofissional na atenção primária.</p> 2024-04-18T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Thais Morgana Mendes Santos, Clarisse Melo Franco Neves Costa, Lauriany Livia Costa, Darlene da Silva, Delba Fonseca Santos https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/4070 Crise global da atenção primária à saúde 2024-05-12T23:44:53-03:00 Thiago Dias Sarti tdsarti@gmail.com Ana Paula Santana Coelho Almeida apscoelhor@gmail.com Leonardo Ferreira Fontenelle leonardof@leonardof.med.br <p class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph; line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Arial',sans-serif;">Enquanto no Norte Global se discute uma crise na Atenção Primária à Saúde, a maioria dos países nunca chegou a constituir sistemas de saúde baseados propriamente numa atenção primária robusta. Nesse cenário, o Brasil apresenta uma tendência mais favorável, com conquistas importantes para a atenção primária e a medicina de família e comunidade nos últimos dez anos. Restam desafios a serem superados para que o Sistema Único de Saúde alcance níveis satisfatórios de acesso a seus serviços, com profissionais adequadamente formados e valorizados pela população.</span></p> 2024-05-12T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Thiago Dias Sarti, Ana Paula Santana Coelho Almeida, Leonardo Ferreira Fontenelle