https://rbmfc.org.br/rbmfc/issue/feedRevista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade2024-11-02T10:27:24-03:00Secretaria da RBMFCrbmfc@rbmfc.org.brOpen Journal Systems<p>A Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (RBMFC) é um periódico revisado por pares publicado pela <a href="https://www.sbmfc.org.br/" target="_blank" rel="noopener">Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade</a>. Os artigos são publicados de forma contínua ao longo do ano, e podem ser lidos e redistribuídos gratuitamente. Autores em potencial devem tomar conhecimento das <a href="/rbmfc/about/editorialPolicies">políticas editorias</a> da RBMFC, começando pelo <a href="/rbmfc/about/editorialPolicies#focusAndScope">foco e escopo</a> do periódico e a <a href="/rbmfc/about/submissions#sectionPolicies">política da seção pretendida</a>, facilitando a adesão às <a href="https://rbmfc.org.br/rbmfc/about/submissions#authorGuidelines">diretrizes para autores</a>.</p>https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3758Instruções em bulas destinadas ao uso de medicamentos para dispepsia e constipação durante a lactação2024-06-14T11:44:31-03:00Danillo Alencar Rosenodanillo-alencar@hotmail.comTatiana da Silva Sempésempetati@gmail.comThanyse de Oliveira Schmalfusstoschmalfuss@hcpa.edu.brCamila Giuglianicgiugliani@hcpa.edu.brTatiane da Silva Dal Pizzoltatiane.silva@ufrgs.br<p><strong>Introdução:</strong> A segurança e eficácia do uso de medicamentos durante a lactação são preocupações para mães e profissionais de saúde. Esta pesquisa analisa as orientações das bulas de medicamentos comumente prescritos para dispepsia e constipação, que visa fornecer informações essenciais para orientar as decisões terapêuticas durante esse período crucial da maternidade. <strong>Objetivos:</strong> Analisar as informações das bulas sobre contraindicações de medicamentos para dispepsia e constipação durante a amamentação, verificando se estão de acordo com as evidências científicas. <strong>Métodos:</strong> Medicamentos para dispepsia e constipação foram selecionados de acordo com a classificação da Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) e o registro ativo no Brasil. A presença de contraindicações para o uso de medicamentos nas bulas do profissional de saúde e do paciente foi comparada com as informações contidas no manual técnico do Ministério da Saúde, Medicamentos e Leite Materno, LactMed, UptoDate, Micromedex, Documento Científico da Sociedade Brasileira de Pediatria e Reprotox. <strong>Resultados:</strong> Nenhuma informação sobre o uso durante a amamentação foi encontrada em 20,0 e 24,3% das bulas para dispepsia e constipação, respectivamente. A concordância entre as bulas dos medicamentos para dispepsia e as fontes consultadas foi baixa (27,2% das bulas contraindicavam o medicamento na lactação, enquanto nas fontes o percentual de contraindicação variou de 0 a 8,3%). Com relação a medicamentos para constipação, 26,3% das bulas os contraindicavam, enquanto nas fontes o percentual variou de 0 a 4,8%. <strong>Conclusões:</strong> O estudo mostrou que pelo menos duas em cada dez bulas para dispepsia e constipação não fornecem informações adequadas sobre o uso desses medicamentos em lactentes, e também que houve baixa concordância entre o texto das bulas e as fontes de referência quanto à compatibilidade do medicamento com a amamentação.</p>2024-06-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Danillo Alencar Roseno, Tatiana da Silva Sempé, Thanyse de Oliveira Schmalfuss, Camila Giugliani, Tatiane da Silva Dal Pizzolhttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/4195Prevalência de sintomas de doenças musculoesqueléticas na área de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde2024-10-19T19:40:42-03:00Marcia Midori Shinzatomarciashinzato@ufgd.edu.brMarcelo Kinashimkinashi@gamil.com<p><strong>Introdução:</strong> As doenças musculoesqueléticas (DMSQ) são causas importantes de incapacidade física que tem como consequências a redução da qualidade de vida e o aumento dos custos em saúde. <strong>Objetivo: </strong>Este estudo teve o objetivo de descrever a prevalência de sintomas de DMSQ e da incapacidade física associada a esses sintomas em uma área de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da família em área periurbana, além de analisar a associação da presença desses sintomas com características demográficas e doenças crônicas mais frequentes. <strong>Métodos: </strong>Estudo transversal realizado na área de cobertura de uma UBS periurbana entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019 na qual pessoas com mais de 15 anos, selecionadas ao acaso, foram entrevistadas com o questionário da primeira fase do <em>Community Oriented Program for Control of Rheumatic Diseases </em>(COPOCORD), traduzido e validado para a língua portuguesa. Essas pessoas também foram questionadas quanto à presença de outras doenças diagnosticadas e a medicações em uso. Além disso, foram realizadas medidas de peso, altura e circunferência da cintura de cada participante — os dois primeiros foram utilizados para cálculo do índice de massa corporal (IMC). <strong>Resultados:</strong> Neste estudo foram entrevistadas 372 pessoas com média de idade de 46,5 (±18,3) anos, sendo 212 (57%) do sexo feminino. A prevalência de indivíduos que apresentaram sintomas de DMSQ nos últimos sete dias foi de 66,4% (IC95% 61,6–71,2). Cerca da metade (48,6%) e quase um quarto (24,2%) dos participantes relataram sintomas de intensidade moderada e severa, respectivamente. Os locais mais afetados foram as costas (50,27%), o pescoço (34,9%) e os joelhos (30,64%). A maioria, 209/247 (84,6%), relatou dor em mais de um local e 129/247 (52.2%) relataram limitação física para atividades da vida diária. Das 247 pessoas, 102 (41,3%) procuraram assistência médica, a maioria, 70 (68,6%), na UBS. Indivíduos com sintomas de DMSQ tinham média de idade e de IMC significativamente mais elevada que indivíduos sem esses sintomas, além de apresentarem maior frequência de diabetes e ansiedade e/ou depressão. No entanto, em análise multivariada, nenhuma variável foi preditora independente de sintomas de DMSQ. <strong>Conclusões:</strong> Sintomas de DMSQ são prevalentes nessa comunidade e a atenção básica deve estar preparada para manejo e reabilitação das pessoas com essas doenças.</p>2024-10-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Marcia Midori Shinzato, Marcelo Kinashihttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/4149DIU no morro2024-11-02T10:27:24-03:00Carolina Gomes Teixeira Cabralgtc.carolina@gmail.comMayara Flossmayarafloss@hotmail.comEduarda Desconsidudamjp2@gmail.com<p><strong>Introdução:</strong> O dispositivo intrauterino de cobre (DIU) é um método contraceptivo eficaz, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas pouco usado pelas mulheres brasileiras. Alguns motivos são: poucas profissionais habilitadas para inseri-lo, muitas etapas entre o desejo de usá-lo e a inserção e desconhecimento sobre o método. <strong>Objetivo:</strong> O objetivo deste estudo foi compreender o acesso e a vivência de mulheres que inseriram o DIU fora do espaço do centro de saúde (CS), no espaço da escola/creche de sua comunidade em Florianópolis, Santa Catarina. <strong>Métodos:</strong> As profissionais de saúde do CS Agronômica em Florianópolis organizaram ações “extramuros” dentro do território, aos sábados, durante os anos de 2022 e 2023. As ações aconteceram nas escolas/creches nos territórios menos privilegiados de cobertura do CS Agronômica nas comunidades do Morro do 25/Nova Trento, do Morro do Horácio e do Morro do Macaco. Essas ações objetivaram facilitar o acesso de toda a população a alguns serviços disponibilizados pela Atenção Primária à Saúde, entre eles a inserção do DIU. Esta é uma pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados a partir de entrevistas semiestruturadas. As participantes do estudo foram mulheres que inseriram o DIU durante alguma das ações e voluntariamente demonstraram interesse em participar da pesquisa. Das 40 mulheres que acessaram a inserção do DIU, nove fizeram a entrevista, tendo seu áudio gravado e transcrito. Foi realizada uma análise temática em quatro fases: pré-análise; exploração do material; tratamento dos resultados; e elaboração de diagrama dos achados. <strong>Resultados: </strong>Todas as mulheres entrevistadas inseriram o DIU como segunda ou terceira opção de método contraceptivo por má adaptação aos outros, como pílula e injetáveis. Algumas apresentaram medo quanto à higiene e à privacidade do local, porém após visitarem as salas adaptadas, consideraram-nas limpas e adequadas. Também referiram que o espaço era mais acolhedor se comparado ao CS. Todas elas afirmaram que o acesso para a inserção do DIU foi facilitado pela ação, e isso ocorreu por vários motivos, como: horário de folga do trabalho; proximidade com suas casas; possibilidade de levar seus filhos; e não necessidade de agendamento. <strong>Conclusões: </strong>A inserção do DIU fora do local convencional, por ser mais próximo das casas e em horário alternativo ao de trabalho, favoreceu o acesso ao procedimento. Portanto, essas ações podem ser um caminho para a garantia do planejamento familiar e do direito reprodutivo no Brasil.</p>2024-11-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Carolina Gomes Teixeira Cabral, Mayara Floss, Eduarda Desconsihttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3975Acesso ampliado ao dispositivo intrauterino2024-10-06T20:34:39-03:00Maria Olivia Lima de Mendonçamariaoliviamendonca@gmail.comErnesto Faria Netoernesto.faria.neto@gmail.comIsabel Brandão Correiaisabel.brandao@upe.brRubens Cavalcanti Freire da Silvarubens.cavalcanti@upe.br<p><strong>Introdução</strong><strong>:</strong> O dispositivo intrauterino (DIU) é uma das estratégias contraceptivas mais eficazes. Porém, apesar de ser amplamente distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS), há baixa adesão ao método. São constatadas diversas barreiras para esse quadro, tais como desconhecimento acerca do dispositivo, além da reduzida oferta para inserção do contraceptivo por parte das Equipes de Saúde da Família (eSF). Tendo em vista que a ampliação do acesso ao DIU pode contribuir para a diminuição das gravidezes não planejadas, bem como para a autonomia e para o empoderamento das mulheres, algumas estratégias foram desenvolvidas por uma eSF para facilitar o acesso ao DIU. <strong>Objetivo</strong><strong>:</strong> Refletir a respeito do impacto da incorporação de estratégias de educação em saúde para divulgar o método dentro da própria equipe, de sua área de cobertura e da diminuição de barreiras para a inserção, na ampliação do acesso ao DIU, no quantitativo de dispositivos inseridos, no número de gestações não planejadas e na possibilidade de aumento do empoderamento feminino. <strong>Métodos</strong><strong>:</strong> Os dados coletados foram extraídos das informações presentes em planilhas e relatórios produzidos pela própria eSF. Utilizou-se da estatística descritiva para apresentar e analisar os dados obtidos, a partir de ferramentas de formulação de gráficos e tabelas. <strong>Resultados</strong><strong>:</strong> Após mudança no processo de trabalho, visando ao acesso ampliado à inserção do DIU, observou-se um aumento no quantitativo do procedimento assim como na percentagem de gravidezes desejadas. <strong>Conclusões</strong><strong>:</strong> O DIU surge como um instrumento para possibilitar o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos e para alavancar atitudes emancipatórias das mulheres. Quanto menos barreiras as mulheres encontram para a inserção do DIU, maior é a escolha por este método, sendo a inserção por demanda espontânea, ou seja, no momento em que a mulher procura a eSF para fazê-la. Nesse sentido, as atividades de educação continuada tornam-se potentes ferramentas para possibilitar maior acesso ao método. Fazem-se necessários estudos de longa duração para que essas hipóteses sejam avaliadas, todavia, parece haver uma ligação positiva entre essas duas variáveis.</p>2024-10-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Maria Olivia Lima de Mendonça, Ernesto Faria Neto, Isabel Brandão Correia, Rubens Cavalcanti Freire da Silvahttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3961Invisibilização e preconceitos velados2024-07-12T01:19:27-03:00Lucas Menezeslucasmenezeshenrique@hotmail.comLarissa da Silvalarissa_carrasco@hotmail.comCamélia Murgo camelia@unoeste.brBernardo Rahebernardobrahe@gmail.com<p><strong>Introdução:</strong> No processo de edificação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT+, a Atenção Básica ganha importante destaque, pois deveria funcionar como o contato preferencial dos usuários transgênero (trans). <strong>Objetivo:</strong> Investigar quais as percepções dos profissionais da Atenção Básica quanto às situações de vulnerabilidade enfrentadas pelas pessoas trans, bem como pesquisar os impedimentos que eles consideram existir na busca dessa população por acesso a esses serviços. <strong>Métodos:</strong> Utilizou-se uma abordagem qualitativa por meio de entrevistas semiestruturadas com 38 profissionais de saúde atuantes das Estratégias Saúde da Família de dois municípios do interior do estado de São Paulo. O material obtido foi submetido à análise de conteúdo de Bardin. <strong>Resultados:</strong> Os resultados apontaram para o desconhecimento quanto aos reais empecilhos que dificultam o acesso e seguimento de pessoas trans nos serviços de saúde. Observou-se ainda a manutenção de preconceitos e ideias que reforçam estereótipos ligados ao tema e que se estendem ao exercício da profissão. Isso se relaciona diretamente com a falta da abordagem de assuntos relacionados à sexualidade humana na graduação desses profissionais, além da falta de atualização quanto ao tema, o que impacta a qualidade do serviço que é ofertado à população em estudo. <strong>Conclusões:</strong> As normativas e portarias já existentes precisam ser efetivamente postas em prática, fazendo-se imperativas a ampliação e difusão do conhecimento a respeito da temática trans no contexto dos serviços públicos de saúde, o que pode servir como base para subsidiar a formação dos profissionais que atuam nesse setor, bem como políticas públicas efetivas.</p>2024-07-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Lucas Menezes, Larissa da Silva, Camélia Murgo , Bernardo Rahehttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3922Perfil dos pacientes em cuidados paliativos na atenção domiciliar em um serviço do Sul do Brasil2024-10-06T20:00:28-03:00Victoria Alves Ehlertvictoriaehlert@hotmail.comSamantha Brandessamanthabrandes@gmail.comMaria Fernanda Mendonça Fontesmafe.fontess@gmail.comFernanda Ravache Keuneckefernandakeunecke@gmail.com<p><strong>Introdução:</strong> A Medicina de Família e Comunidade, como forma de cuidado mais próxima ao paciente, pode ofertar cuidados paliativos (CP) de modo integral e individualizado. Assim, torna-se relevante caracterizar a população atendida de modo a favorecer o desenvolvimento e implementação de estratégias para a ampliação da assistência de CP na Rede de Atenção à Saúde. <strong>Objetivo: </strong>Apresentar um panorama do perfil epidemiológico dos pacientes em CP domiciliares, no período de janeiro de 2018 a outubro de 2021, assistidos pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), vinculado ao Hospital Municipal de São José (HMSJ), na cidade de Joinville (SC). <strong>Métodos: </strong>Série de casos retrospectiva, incluindo os participantes do SAD que evoluíram a óbito no período da pesquisa. Os critérios de exclusão foram os participantes vivos no período da pesquisa; aqueles registrados, mas não atendidos pela equipe médica; os que receberam alta do programa; pacientes com prontuário incompleto; prontuários duplicados e menores de 18 anos. Os dados coletados incluíram número identificador do prontuário, idade, sexo, estado civil, diagnóstico, data de entrada no SAD, data de óbito, tempo de permanência no SAD, desfecho de óbito e via pela qual foi atestado o óbito, se recebeu analgesia com opioides e se fez uso de mais de um opioide, e se recebeu analgesia em bomba de infusão contínua (BIC) e/ou sedação paliativa. Os dados foram coletados pelos pesquisadores de prontuários médicos, codificados e conferidos duplamente. Foram realizadas então média e mediana das variáveis, bem como correlação dos dados e análise dos resultados. <strong>Resultados:</strong> Duzentos e oito pacientes foram incluídos; a média de idade foi 66,8 anos; as doenças neoplásicas foram as mais prevalentes (94,2%), destacando-se as neoplasias de trato gastrointestinal (21,1%), pulmonares (12,5%) e de mama (9,5%). A maior parte dos pacientes (37,9%) permaneceu sob os cuidados do SAD por mais de 30 dias e 75,9% da população analisada veio a óbito em ambiente domiciliar, e 45,67% desses indivíduos foram atestados via Serviço de Verificação de Óbitos e 30,2% via SAD. Quanto ao manejo da dor, 87,1% fizeram uso de opioides, mais frequentemente a morfina. Quanto à sedação paliativa, esta esteve presente em apenas 25,48%, prevalecendo o uso de midazolam. <strong>Conclusões: </strong>Neste estudo, encontrou-se maior prevalência de pacientes acometidos por doenças neoplásicas em fase final de vida, com necessidade de controle de dor adequado — contexto no qual o SAD possibilita o atendimento especializado ao paciente e seus familiares em um ambiente de maior conforto.</p>2024-10-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Victoria Alves Ehlert, Samantha Brandes, Maria Fernanda Mendonça Fontes, Fernanda Ravache Keuneckehttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3893Perfil lipídico e fatores de risco para doenças cardiovasculares em idosos acompanhados na atenção primária à saúde2024-07-12T00:56:59-03:00Guilherme Kunkel da Costaguikcosta@outlook.comIvana Loraine Lindemannivana.lindemann@uffs.edu.brGustavo Olszanski Acranigustavo.acrani@uffs.edu.brGiovana Bonessoni Felizarifelizarigiovana@gmail.comAniela Caroline Zientarski Garzellaaniela.garzella@hotmail.comAmauri Braga Simonettiamauri.simonetti@uffs.edu.br<p><strong>Introdução:</strong> As dislipidemias estão entre os fatores de riscos mais importantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV), além de estarem relacionadas a outras patologias que predispõem às DCV. Em função da elevada prevalência e da incidência de complicações associadas à cronicidade da doença, as dislipidemias representam elevados custos ao setor da saúde e da previdência social. Diante disso, ressalta-se a importância do Sistema Único de Saúde, representado pela Atenção Primária à Saúde (APS), em prover práticas de prevenção, diagnóstico e acompanhamento dos pacientes dislipidêmicos, a fim de desonerar o sistema financeiro e promover o envelhecimento saudável. <strong>Objetivo:</strong> Descrever a prevalência de perfil lipídico alterado entre os idosos. Além disso, pretendeu-se caracterizar a amostra quanto aos aspectos sociodemográficos, de saúde e de comportamento, bem como analisar os fatores associados à distribuição do perfil lipídico alterado e às características da amostra. <strong>Métodos:</strong> Estudo transversal com dados secundários, obtidos de agosto de 2021 a julho de 2022, tendo como população pacientes idosos em acompanhamento na APS do município de Marau (RS). Todos os dados foram coletados dos prontuários eletrônicos da rede de APS e, após dupla digitação e validação dos dados, a amostra foi caracterizada por meio de estatística descritiva. Foi calculada a prevalência de perfil lipídico alterado com intervalo de confiança de 95% (IC95%) e foi verificada sua distribuição conforme as variáveis de exposição, empregando-se o teste do χ<sup>2</sup> e admitindo-se erro tipo I de 5%. <strong>Resultados: </strong>A prevalência de dislipidemia proporcional entre os sexos foi maior no feminino (33%). A cor de pele predominante foi a branca (76,7%). Cerca de 20% dos pacientes apresentavam colesterol total, colesterol HDL-c e triglicerídeos alterados, enquanto cerca de 15% apresentavam o colesterol HDL-c anormal. Constatou-se que os pacientes dislipidêmicos apresentam mais diabetes e hipertensão em relação aos não dislipidêmicos, ocorrendo a sinergia de fatores de risco para as DCV. <strong>Conclusões:</strong> A caracterização exercida neste estudo serve de base científica para a compreensão da realidade local e, também, para o direcionamento de políticas públicas na atenção primária que atuem de forma efetiva na prevenção e no controle das dislipidemias e demais fatores de risco cardiovascular.</p>2024-07-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Guilherme Kunkel da Costa, Ivana Loraine Lindemann, Gustavo Olszanski Acrani, Giovana Bonessoni Felizari, Aniela Caroline Zientarski Garzella, Amauri Braga Simonettihttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3820A qualidade do sono está associada a determinantes sociodemográficos e clínicos em usuários acompanhados na Atenção Primária à Saúde durante a pandemia de COVID-192024-10-06T16:19:23-03:00Andressa dos Santos Chagasandresa.chagas@hotmail.comCândido Norberto Bronzoni de Mattoscandidobronzoni@hotmail.comThiago Dippthdipp@hotmail.com<p><strong>Introdução:</strong> O avanço da pandemia de COVID-19 acarretou alterações no sono da população. Os distúrbios do sono têm relação com as principais alterações de saúde mental e também possuem relação com os fatores psicossociais. <strong>Objetivo:</strong> Estimar a prevalência e fatores associados às alterações na qualidade do sono em usuários acompanhados na Atenção Primária à Saúde durante a pandemia de COVID-19. <strong>Métodos:</strong> Estudo do tipo transversal, com adultos (idade >18 anos) de ambos os gêneros, acompanhados por uma unidade de saúde. Foram levantadas as informações do prontuário eletrônico da unidade e, durante a visita domiciliar (entre agosto e setembro de 2021), os dados socioeconômicos, fatores de risco, sinais vitais, variáveis antropométricas, hábitos de vida, medicações em uso, uso dos serviços de saúde, internação e consultas no último ano. A qualidade de vida foi avaliada pelo questionário SF-36 e foi usado o Índice de Qualidade do sono Pittsburgh (PSQI). <strong>Resultados:</strong> A amostra foi formada predominantemente por mulheres (82,9%) com 60,5±11,7 anos de idade, da cor branca (70,7%), com companheiro (61%) e pertencentes à classe C (65,8%). 53,7% da amostra apresentou até duas comorbidades, 87,8% apresentavam sobrepeso/obesidade e 80% faziam uso de anti-hipertensivo. A prevalência de qualidade do sono ruim foi de 87,8% (IC95% 73,1–95,0). Os achados apontam para uma relação entre má qualidade do sono com consumo de álcool, presença de ≥3 comorbidades, níveis de PAS, uso de ansiolíticos, nível de escolaridade e uso de serviços de saúde durante a pandemia. <strong>Conclusões:</strong> A alta prevalência de qualidade do sono ruim na amostra estudada sugere que determinantes sociodemográficos, presença de comorbidades e hábitos de vida devem ser considerados para minimizar os efeitos das alterações do sono na pandemia.</p>2024-10-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Andressa dos Santos Chagas, Cândido Norberto Bronzoni de Mattos, Thiago Dipphttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2508Estudo longitudinal de famílias2024-07-12T00:02:30-03:00Olga Garcia Falcetoolgafalceto@gmail.comAngela Maria Polgati Diehlampdiehl@gmail.com<p><strong>Introdução:</strong> O desenvolvimento da família é influenciado por diversos fatores de sua organização interna e de ordem ambiental, social, cultural, econômica e política. Em contexto de pobreza os riscos são maiores. Fatores de proteção, como boa organização familiar e rede social de apoio podem diminuir as consequências negativas da pobreza. São escassas as pesquisas longitudinais sobre vulnerabilidade e resiliência nas famílias. <strong>Objetivo:</strong> Este artigo descreve o desenvolvimento de três famílias ao longo de 15 anos, estudadas por meio de entrevistas em casa, parte de uma coorte populacional de um bairro de Porto Alegre (RS). Buscaram-se associações entre a qualidade das relações nessas famílias e sua saúde física e mental, especialmente a do filho, foco da pesquisa. <strong>Métodos:</strong> Selecionaram-se no arquivo da pesquisa as três primeiras famílias (do total de 148) das quais se tinham os resultados completos das cinco visitas realizadas aos quatro meses e aos dois, quatro, nove e 15 anos de um filho. Realizou-se análise qualitativa dos registros em busca de categorias para compreender a vida e as relações interpessoais nas famílias. O estudo foi realizado em conjunto por duas pesquisadoras, médicas especialistas em desenvolvimento humano. As categorias identificadas na análise e estudadas nas cinco etapas foram: configuração familiar, situação socioeconômica, situações traumáticas, saúde física, saúde relacional e mental, evolução cognitiva e escolar do filho. <strong>Resultados:</strong> As três famílias, todas de classe C, com filhos sem problemas de saúde física, tiveram evolução suficientemente boa, apesar de todas enfrentarem múltiplos problemas, inclusive separações e mortes precoces. A relação com o sistema de saúde e escola era boa e similar para as três. A jovem com menos problemas de saúde mental foi aquela que sofreu perdas mais importantes: morte dos pais. Tinha uma estrutura familiar multigeracional sólida desde a primeira infância, com relações interpessoais predominantemente colaborativas e amorosas. <strong>Conclusões:</strong> O artigo busca avançar na compreensão da resiliência nas famílias em situações de vulnerabilidade. Concluímos que essas três famílias, uma delas mais que as outras, foram suficientemente saudáveis na tarefa de educar seus filhos sem desenvolverem problemas mentais graves. Propomos que o bom desenvolvimento se associa com a adequação e amorosidade dos cuidados com a etapa do ciclo vital, mesmo enfrentando situações problemáticas. Essas qualidades precisam estar associadas à estabilidade socioeconômica básica e a bons serviços de saúde e escola.</p>2024-07-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Olga Garcia Falceto, Angela Maria Polgati Diehlhttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3725Perfil epidemiológico dos acidentes por material biológico em médicos da atenção primária em Minas Gerais, de 2012 a 20212024-07-11T22:20:06-03:00Sarah Campos Ornelassarahcamposornelas@gmail.comGustavo de Almeida Afonsogustavo.afonso@estudante.ufjf.brHeloíse Saick de Paulaheloise.saick@estudante.ufjf.brGiovana Ferreira de Freitasgiovanafreitas@hotmail.com.brRachel Campos Ornelasrcamposornelas@gmail.comSarah Silva Ferrazsarahsferraz@gmail.com<p><strong>Introdução: </strong>Os acidentes ocupacionais com material biológico representam um problema de saúde pública. A exposição ocupacional dos profissionais da saúde configura-se como um risco de transmissão de diversos patógenos. Na literatura, há carência de estudos que analisem o perfil dos acidentes com material biológico nos médicos da atenção primária. <strong>Objetivo:</strong> Buscou-se compreender o perfil epidemiológico dos acidentes com material biológico em médicos da atenção primária em Minas Gerais. <strong>Métodos:</strong> Estudo epidemiológico descritivo com análise do perfil dos acidentes com material biológico em médicos da atenção primária em Minas Gerais, utilizando dados secundários. <strong>Resultados:</strong> No período analisado, foram registrados 111 acidentes com material biológico, dos quais 54% ocorreram somente em 2020 e 2021. A maioria dos casos deu-se em mulheres (59%), e os tipos mais frequentes de exposição foram mucosa (38%) e percutânea (33%). Dos médicos, 23% não possuíam esquema vacinal contra a hepatite B completo. Em média, em 36% dos acidentes os testes sorológicos foram negativos e em 61% não foram realizados ou o campo foi ignorado/deixado em branco. Em apenas 7,2% dos casos a quimioprofilaxia foi indicada, mas ressaltam-se os registros ignorados ou em branco. Mais da metade dos acidentados não emitiu a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). <strong>Conclusões: </strong>Os acidentes com material biológico predominam em médicas e nas formas de exposição mucosa e percutânea. Investimentos em medidas de biossegurança e educação permanente são necessários para prevenir casos e estimular sua notificação.</p>2024-07-11T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Sarah Campos Ornelas, Gustavo de Almeida Afonso, Heloíse Saick de Paula, Giovana Ferreira de Freitas, Rachel Campos Ornelas, Sarah Silva Ferrazhttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3697Prevalência de transtornos psiquiátricos de pessoas em situação de rua em um grande centro urbano no Brasil2024-08-04T23:37:29-03:00Luciano Magalhães Vitorinolucianoenf@yahoo.com.brRegis Rodrigues Vieira regisaiu@gmail.comMário Vicente Campos Guimarãesmarioguimaraes@usp.br<p><strong>Introdução:</strong> O presente estudo visa descrever as condições de saúde mental mais prevalentes na população de rua em um grande centro urbano brasileiro. <strong>Objetivo:</strong> Descrever as condições de saúde mental mais prevalentes na população de moradores de rua em um grande centro urbano brasileiro. <strong>Métodos:</strong> Este é um estudo transversal realizado nas regiões centrais e periferias da cidade de São Paulo (SP), Brasil. Para a descrição dos transtornos psiquiátricos utilizamos o <em>Patient Health Questionnaire-9</em> (PHQ-9) para sintomas depressivos, item 9 do Inventário de Depressão de Beck para ideação suicida, pergunta autorreferida para uso de álcool e drogas ilícitas e item 3 do PHQ-9 para qualidade do sono. <strong>Resultados:</strong> A média de idade dos participantes foi de 44,54 (desvio padrão — DP=12,63) anos, e a maioria era do sexo masculino (n=342; 75%). Quanto à frequência de transtornos psiquiátricos identificados, 49,6% (n=226) dos participantes apresentaram sintomas depressivos, 29,8% (n=136) exibiram ideação suicida, 55,7% (n=254) informaram uso de álcool semanalmente, 34,2% (n=156) informaram usar drogas ilícitas semanalmente e 62,3% (n=284) tinham problemas com sono. <strong>Conclusões:</strong> A prevalência de condições que afetam a saúde mental entre os participantes é alta. Estes resultados poderão auxiliar profissionais de saúde na elaboração de estratégias de prevenção e tratamento nessa população, pouco estudada.</p>2024-08-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Luciano Magalhães Vitorino, Regis Rodrigues Vieira , Mário Vicente Campos Guimarãeshttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3678Indicadores de qualidade da atenção a usuários com diabetes na Atenção Primária à Saúde do Brasil2024-10-19T18:06:38-03:00Elaine Tomasitomasiet@gmail.comDenise Silva da Silveiradenisilveira@uol.com.brRosália Garcia Nevesrosaliagarcianeves@gmail.comElaine Thuméelainethume@gmail.comMaria Aurora Droppa Chrestani Cesarmachrestani@uol.com.brNicole Rios Barrosnicoleborbarios55@gmail.comLuiz Augusto Facchiniluizfacchini@gmail.com<p><strong>Introdução:</strong> Diabetes <em>mellitus</em> (DM) é uma doença crônica, não transmissível, cuja prevalência tem aumentado mundialmente. Seu manejo adequado na Atenção Primária à Saúde (APS) pode reduzir suas complicações e as internações por condições sensíveis à atenção primária. <strong>Objetivo:</strong> Comparar indicadores de qualidade da atenção a pessoas com diabetes atendidas na rede básica de saúde do Brasil e suas diferenças por região. <strong>Métodos:</strong> Com delineamento transversal, utilizaram-se dados dos Ciclos I e III do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ). Os desfechos foram indicadores sintéticos, operacionalizados a partir de 24 variáveis: i) acesso; ii) disponibilidade de insumos e equipamentos em condições de uso; iii) disponibilidade de medicamentos em quantidade suficiente; iv) organização e gestão; v) cuidado clínico; e vi) relato de cuidado adequado. Foram calculadas as diferenças em pontos percentuais (p.p.) dos indicadores entre 2012 e 2018, e os dados foram estratificados por região. <strong>Resultados: </strong>No geral, houve uma melhora no cuidado à pessoa com DM na APS do Brasil e regiões entre as equipes participantes do PMAQ, entre 2012 e 2018. As prevalências de acesso, disponibilidade de insumos/equipamentos, medicamentos, oferta, organização e gestão apresentaram aumento de, no mínimo, 10 p.p. no período de 6 anos, mas podem melhorar. <strong>Conclusões:</strong> Considerando que a ocorrência de DM está aumentando no país, faz-se necessário maior investimento na estrutura dos serviços e em programas de educação permanente dos profissionais de saúde.</p>2024-10-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Elaine Tomasi, Denise Silva da Silveira, Rosália Garcia Neves, Elaine Thumé, Maria Aurora Droppa Chrestani Cesar, Nicole Rios Barros, Luiz Augusto Facchinihttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3670Grupo de mulheres2024-10-06T15:18:04-03:00Mariana Tavaresm.230694@gmail.comElisa Seminottielisa.pseminotti@gmail.comCamila Giuglianicgiugliani@hcpa.edu.brMarcelo Gonçalvesmarcelogoncalves@hcpa.edu.brNédio Seminottinedio.seminotti@gmail.com<p><strong>Introdução: </strong>A realização de grupos é uma das possibilidades de atuação das equipes da Atenção Primária à Saúde. Esse tipo de intervenção possibilita o desenvolvimento de ações de cuidado que extrapolam as consultas individuais, propiciando educação em saúde, integração, troca de experiências e ampliação da rede de apoio. Ainda que não tenham necessariamente o propósito de serem terapêuticos em termos de saúde mental, apresentam-se como espaços de promoção de saúde e prevenção de agravos. O trabalho com grupos é capaz de gerar aprimoramento para todas as pessoas envolvidas — usuários e profissionais — na medida em que possibilita colocar em evidência os saberes da comunidade, abrindo a possibilidade de que as intervenções em saúde sejam criadas em coletivo. <strong>Objetivo:</strong> Analisar o processo de desenvolvimento da habilidade de facilitação de grupos e os impactos das habilidades adquiridas na sua dinâmica, bem como na sua efetividade como ferramenta de produção de saúde, considerando as habilidades e competências da Medicina de Família e Comunidade. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de pesquisa qualitativa desenvolvida na UBS Santa Cecília. Os encontros aconteceram semanalmente pelo período de uma hora durante seis meses. A ferramenta utilizada para acompanhamento do desenvolvimento da habilidade de facilitação se deu pela observação estruturada, baseada em cinco competências básicas para facilitação de grupos. A dinâmica estabelecida consistiu na determinação de uma profissional facilitadora e outra observadora, que registrou as intervenções realizadas, sendo esses papéis invertidos a cada encontro. Quinzenalmente os dados eram analisados, gerando reflexões e sugestões para melhoria das intervenções. <strong>Resultados:</strong> Cada competência descrita na ferramenta utilizada teve como resultado o desenvolvimento de habilidades primordiais para o funcionamento do grupo. Um dos maiores indicadores do êxito em alcançar as habilidades desejadas ocorreu pela observação de intervenções cada vez menos necessárias, tomando as participantes os papéis de protagonistas e responsáveis pelo desenvolvimento do grupo, questionando, produzindo e obtendo saúde. <strong>Conclusões:</strong> A utilização de um instrumento de observação e reflexão das competências do agente atuante como facilitador de um grupo permitiu que a dinâmica se estabelecesse de forma fluida com rápido entendimento das participantes sobre seus papéis no contexto geral do grupo. Observou-se também que a relação estabelecida entre elas resultou na formação de rede de apoio, melhoria do autocuidado e conhecimento, informação em saúde e apoio social às envolvidas.</p>2024-10-06T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Mariana Tavares, Elisa Seminotti, Camila Giugliani, Marcelo Gonçalves, Nédio Seminottihttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3594Barreiras no acesso à Atenção Básica pela população LGBTQIA+2024-09-29T23:30:33-03:00Luan Moraes Ferreiramoraesferreiraluan@gmail.comGisela Gomes Batistagisela.batista@aluno.uepa.brLeoneide Érica Maduro Boilletleoneide.boillet@uepa.br<p><strong>Introdução</strong><strong>: </strong>A população LGBT constitui um grupo cujo acesso à saúde é historicamente limitado e ainda hoje é atravessado por questões complexas que envolvem desde a formação dos profissionais de saúde à própria estrutura organizacional do sistema assistencial. Apesar disso, a literatura científica acerca dos entraves que estes indivíduos enfrentam na Atenção Primária à Saúde (APS), porta de entrada e coordenadora do cuidado, é particularmente escassa.<strong> Objetivo: </strong>Caracterizar as barreiras envolvidas no acesso da população LGBTQIA+ à APS. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de uma revisão integrativa de estudos científicos selecionados nas plataformas de busca PubMed e Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sendo utilizados como descritores de busca os termos Minorias Sexuais e de Gênero, LGBTQIA+, APS e Acesso aos Serviços de Saúde. Foram incluídos artigos completos sem restrição de período nos idiomas inglês, português e espanhol. Foram excluídos textos do tipo: revisão bibliográfica; editorial; protocolos de estudo; opinião de especialistas e relato de experiência. <strong>Resultados: </strong>Foram selecionados 14 artigos, sendo seus conteúdos atribuídos a três eixos de discussão: barreiras físicas/organizacionais, barreiras sociais e barreiras relacionadas à educação/formação dos profissionais da saúde. <strong>Conclusões: </strong>É essencial expandir as discussões sociais acerca da temática de diversidade sexual e de gênero de modo a desconstruir os preconceitos instituídos; ademais, faz-se fundamental a revisão da estrutura física e organizacional — bem como da formação dos profissionais da saúde — para criar um ambiente assistencial inclusivo na atenção básica à população LGBTQIA+.</p>2024-09-29T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Luan Moraes Ferreira, Gisela Gomes Batista, Leoneide Érica Maduro Boillethttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3565Programa de controle do tabagismo em Mato Grosso do Sul2024-08-04T23:15:12-03:00Nádia Cristina de Souza Cordeironadiabiomed@yahoo.com.brMarli Marquesmarli.marques2008@gmail.comLeonardo Henriques Portes leo.portes@yahoo.com.brAlbert Schiaveto de Souzaalbert.souza@ufms.br<p><strong>Objetivo:</strong> O estudo teve por objetivo avaliar o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) em Mato Grosso do Sul, taxas de cobertura, abandono, cessação, uso de medicamentos, rede de serviços de saúde e as razões pelas quais algumas Equipes de Saúde da Família de Campo Grande ainda não aderiram ao programa. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, baseada em dados primários e secundários sobre o PNCT em Mato Grosso do Sul. Os dados primários foram obtidos por meio de questionário aplicado aos profissionais das Equipes de Saúde da Família (ESF) de Campo Grande, sem oferta do programa e avaliados quanto à frequência e presença de correlação entre as variáveis analisadas utilizando V de Cramer e teste de χ<sup>2</sup>. Os dados secundários foram obtidos do consolidado do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva com os registros produzidos pelos serviços. <strong>Resultados: </strong>As taxas de adesão, efetividade e apoio farmacológico na capital e interior foram: 66,80 e 59,79%; 20,58 e 34,91%; 32,14 e 99,86%, respectivamente. A oferta do programa ocorreu em 49,37% municípios e 43,85% das Unidades Básicas de Saúde (UBS) estimadas. Houve correlações entre ser capacitado e implantar o programa; treinamento de ingresso e oferta na UBS. As dificuldades relatadas pelos profissionais foram a pandemia de COVID-19, a sobrecarga e/ou equipe pequena e/ou falta de tempo e a ausência de capacitação/treinamento. <strong>Conclusões:</strong> O PNCT em Mato Grosso do Sul apresenta baixa cobertura e oferta restrita na rede de saúde, além do desempenho mediano de assistência aos tabagistas. Evidencia-se a necessidade de investimento em capacitação/treinamento, prioritariamente para as ESF de Campo Grande, dando-lhes condições de responder às necessidades de promoção da saúde, reconhecendo o programa como de maior custo-efetividade.</p>2024-08-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Nádia Cristina de Souza Cordeiro, Marli Marques, Leonardo Henriques Portes , Albert Schiaveto de Souzahttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3398Empatia (parte I)2024-07-12T02:07:00-03:00Beatriz Yumi Ueharabiauehara.fmj@gmail.comArmando Henrique Normanahnorman@hotmail.comThaís de Almeida Morgadothaistam4@gmail.com<p><strong>Introdução: </strong>Este artigo explora o tema da empatia na relação médico-paciente. <strong>Objetivo:</strong> Contribuir para o aperfeiçoamento das habilidades de comunicação clínica ao revisar o entendimento e a aplicação da empatia na prática clínica. <strong>Métodos:</strong> Trata-se de uma revisão não sistemática dos principais livros utilizados na comunicação clínica sobre o tema da empatia. O recorte metodológico compreendeu as seguintes etapas: (1) amostra intencional da literatura; (2) coleta e leitura de dados — i.e., extração de fragmentos dos textos; (3) análise do conteúdo, com o foco na definição, importância e instrumentalização para a aplicação prática; (4) seleção e síntese, para facilitar a compreensão e a contextualização sobre o tema; e (5) comparação e ponderação do conteúdo selecionado. <strong>Resultados:</strong> A abrangência com que a empatia foi trabalhada na literatura selecionada resultou em três níveis de densidade empática: baixa, moderada e alta. Assim, a baixa densidade empática limitou-se mais à definição e importância do tema; a densidade moderada incorporou algum exemplo de como aplicar a empatia, porém de forma fragmentada; e a alta densidade empática abordou o tema de modo mais completo, facilitando a instrumentalização na prática clínica. Há concordância na literatura analisada de que a prática da empatia reflete-se na melhoria do cuidado médico, entretanto seu exercício permanece no campo racional. Ao exemplificar a aplicação prática da empatia, os autores sugerem que o médico adote uma postura isenta de julgamentos, ao mesmo tempo que propõem um exercício imaginativo, de adivinhação dos sentimentos/emoções do paciente. Apesar de os autores de alta densidade empática compreenderem a importância das emoções e nomeá-las no processo, percebe-se a necessidade de um desdobramento e aprofundamento a partir desse ponto. <strong>Conclusões:</strong> Por se tratar de um assunto complexo, com vários matizes, a empatia é abordada de diferentes formas na literatura selecionada. Isso evidencia sua riqueza e originalidade, ao mesmo tempo que apresenta lacunas para sua aplicação na prática clínica.</p>2024-07-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Beatriz Yumi Uehara, Armando Henrique Norman, Thaís de Almeida Morgadohttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3378Disfunção sexual em mulheres na atenção primária de Florianópolis2024-10-19T17:38:36-03:00Marília Vieira Bonsfieldmvbonsfield@outlook.comWilliam de Oliveira Duailibiwilliamduailibi@hotmail.comDonavan de Souza Luciodonavanlucio@gmail.com<p><strong>Introdução:</strong> A disfunção sexual é mais frequente entre as mulheres, com prevalências entre 25 e 63% naquelas acima de 18 anos. Por meio do questionário Female Sexual Function Index, este estudo busca estimar a frequência de disfunções sexuais em mulheres adultas de duas Equipes de Saúde da Família em Florianópolis, Santa Catarina. <strong>Objetivo:</strong> O objetivo deste estudo é avaliar a prevalência de disfunção sexual feminina (DSF) nessas populações e investigar a relação entre variáveis sociodemográficas e os domínios representados no escore FSFI. <strong>Métodos:</strong> Utilizamos o questionário FSFI para avaliar a frequência de disfunções sexuais e realizamos uma análise das variáveis sociodemográficas entre as unidades de saúde. Foram incluídas mulheres adultas atendidas em duas Equipes de Saúde da Família em Florianópolis. <strong>Resultados:</strong> A prevalência geral de DSF encontrada foi de 67,8%, com uma distribuição homogênea entre as diferentes unidades de saúde e variáveis sociodemográficas. Observamos associações entre anos de estudo e maiores índices de DSF, especialmente nos domínios de desejo, excitação e lubrificação, e entre maior idade e melhor desempenho nos domínios de desejo e excitação. <strong>Conclusões:</strong> A alta prevalência de distúrbios sexuais femininos em Florianópolis, distribuída de maneira homogênea entre as variáveis sociodemográficas estudadas, destaca a importância da capacitação dos profissionais de saúde na abordagem dessas questões na Atenção Primária.</p>2024-10-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Marília Vieira Bonsfield, William de Oliveira Duailibi, Donavan de Souza Luciohttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3598Prevalência de tabagismo e morbimortalidade por câncer de pulmão nos estados brasileiros2024-04-18T13:20:54-03:00Silvya de Freitas Nunessilvyafnunes@gmail.comKelser de Souza Kockkelserkock@yahoo.com.br<p><strong>Introdução:</strong> O câncer de pulmão é uma doença grave, sendo a segunda maior causa de morte em todo o mundo, entretanto, em alguns países desenvolvidos, tornou-se já a primeira causa de morte. Cerca de 90% dos casos de neoplasia pulmonares são causados pela inalação da fumaça do cigarro. <strong>Objetivo:</strong> Correlacionar a prevalência de tabagismo e morbimortalidade por câncer de pulmão nos estados brasileiros, além de demonstrar a associação destes com sexo e faixa etária. <strong>Métodos:</strong> Estudo de caráter ecológico acerca da prevalência de tabagismo e morbimortalidade por câncer de pulmão nos estados brasileiros, nos períodos de 2013 e 2019, dividida por sexo e faixa etária. Foram utilizados bancos de coleta de dados como o Tabnet e Pesquisa Nacional de Saúde. <strong>Resultados:</strong> As maiores taxas de mortalidade e internações hospitalares foram do público masculino, em 2013, com taxa de 2,7 e 10, respectivamente, e em 2019 com 3,3 e 11,9, respectivamente. Ademais, a maior prevalência de tabagismo foi encontrada nos homens; entretanto seu índice tem caído, enquanto a quantidade de mulheres tabagistas tem aumentado. A Região Sul demonstrou maiores números de mortalidade em ambos os períodos estudados, com taxas de 4,9 e 5,8 por 100 mil habitantes, e morbidade hospitalar com 19,9 e 23,5 por 100 mil habitantes. Já a Região Norte se configurou com as menores prevalências: em 2013 apresentou taxa de óbito por câncer de pulmão de 1,0 e morbidade hospitalar de 3,5/100 mil habitantes, em 2019 apresentou taxa de mortalidade de 4,6 e internações de 1,6/100 mil habitantes. Os coeficientes de correlação de morbidade hospitalar e prevalência de tabagismo foram R<sup>2</sup>=0,0628, r=0,251 e p=0,042, enquanto os de mortalidade e prevalência de tabagismo foram R<sup>2=</sup>0,0337, r=0,183 e p=0,140. <strong>Conclusões:</strong> Na presente pesquisa, pode-se inferir que houve associação positiva na comparação entre taxa de morbidade hospitalar e prevalência de tabagismo; em contrapartida, não foi possível observar associação positiva na correlação da taxa de mortalidade por câncer de pulmão e prevalência de tabagismo.</p>2024-04-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Silvya de Freitas Nunes, Kelser de Souza Kockhttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3763Informação e prevenção não farmacológica da COVID-19 no território de uma unidade de saúde da família em Pernambuco2024-05-12T23:20:06-03:00Lilyanne Valériolilyannevalerio@gmail.comRilva Lopes de Sousa-Muñozrilvamunoz@gmail.comIsaunir Veríssimo Lopesisaunir.v@gmail.com<p><strong>Introdução:</strong> O conhecimento da magnitude em que a população implementa medidas de proteção emitidas pelas autoridades de saúde pública é essencial na prevenção da doença do novo coronavírus (COVID-19). A eficácia de medidas não farmacológicas de prevenção e das políticas públicas destinadas a reduzir o contágio pela COVID-19 depende de quão bem os indivíduos são informados sobre as consequências da infecção e as medidas que devem adotar para reduzir sua propagação. O entendimento, as atitudes e as práticas das pessoas em relação à COVID-19 e sua prevenção são basilares para a compreensão da dinâmica epidemiológica, demandando a realização de pesquisas sobre o cumprimento de medidas não farmacológicas de prevenção do contágio em diversos territórios. Para isso, em 2020, medidas não farmacológicas contra a COVID-19 foram divulgadas por fontes diversas, estatais e privadas, para a maior parte da população brasileira, com a finalidade de orientar comportamentos para conter a crise sanitária. As equipes da Estratégia Saúde da Família têm um papel fundamental neste processo de educação em saúde, pois compreendem elementos socioculturais das suas comunidades, alcançando-as tanto em capilaridade quanto em adequação local da informação técnico-científica. Este artigo abrange uma pesquisa de campo, parte de um projeto multicêntrico nacional. <strong>Objetivo:</strong> Avaliar se a população do território de uma unidade da Estratégia Saúde da Família da cidade de Condado-PE entende e aplica as informações que recebeu sobre medidas não farmacológicas de prevenção em suas práticas de proteção contra a COVID-19. Mais especificamente, a pesquisa visou determinar que informações foram recebidas pelos respondentes, quais as suas fontes, o grau de confiabilidade atribuído a estas, além da adesão deles às medidas não farmacológicas e sua relação com variáveis sociodemográficas. <strong>Métodos:</strong> O modelo do estudo foi observacional e descritivo, com abordagem quantitativa, a partir da coleta de dados primários com 70 usuários por entrevista presencial com questionário estruturado. <strong>Resultados:</strong> Os resultados mostraram que a população recebeu vasta informação sobre prevenção da doença. <strong>Conclusão:</strong> Com níveis variados de confiabilidade das fontes, atribuindo importância relevante às medidas de prevenção e adotou a maioria delas, com exceção do isolamento social total.</p>2024-05-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Lilyanne Valério, Rilva Lopes de Sousa-Muñoz, Isaunir Veríssimo Lopeshttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3928Você está pensando, refletindo, analisando o que você vê e o que você faz o tempo todo2024-04-18T13:20:47-03:00Carlos Frederico Confort Camposcarloscampos@alumni.usp.brNicolle Taissunntaissun@gmail.com<p><strong>Introdução:</strong> A comunicação é reconhecida como uma habilidade central por vários órgãos reguladores internacionais da educação médica. O ensino específico de habilidades de comunicação é fundamental para melhorar a comunicação dos médicos. As técnicas experienciais mostraram superioridade em comparação com os modelos tradicionais. A utilização de consultas reais ajuda os estudantes a visualizar melhor as suas competências de entrevista e a refletir sobre elas. Com os avanços da tecnologia, o uso de consultas médicas gravadas em vídeo tornou-se a abordagem padrão para o ensino da comunicação. No entanto, a eficácia dessa técnica depende do envolvimento ativo dos estudantes. As suas contribuições e comentários dos pares sobre a consulta gravada são essenciais para a aprendizagem. Contudo, a perspectiva do estudante sobre a utilidade dessa abordagem educativa recebeu pouca atenção. <strong>Objetivos: </strong>Compreender a percepção da aprendizagem dos residentes de medicina de família e comunidade resultante da atividade de vídeo <em>feedback</em> na sua formação profissional. <strong>Métodos: </strong>Estudo exploratório, qualitativo, realizado com residentes do primeiro ano de medicina de família e comunidade de um programa de residência estabelecido em São Paulo, Brasil. Os participantes foram entrevistados após as sessões educativas, que foram analisadas por meio de análise temática reflexiva. <strong>Resultados: </strong>A autopercepção de sua prática, o aprendizado de habilidades de comunicação e os ganhos afetivos foram identificados pelos participantes como pontos de aprendizado derivados da atividade de vídeo <em>feedback</em>. Além disso, sobre o aprendizado de habilidades específicas de comunicação, eles mencionaram comunicação não-verbal e verbal, conexões entre teoria e prática, estrutura de consulta e oportunidades para cristalizar conhecimentos. Os ganhos afetivos incluíram sentir-se parte de um grupo, melhora da autoestima, superação de inseguranças, percepção de consultas mais efetivas, reforço do gosto pelo trabalho e reconhecer a necessidade de mais aprendizado. <strong>Conclusões: </strong>Os ganhos de aprendizagem identificados em nosso estudo levaram a uma experiência de humanidade compartilhada, que permite aos participantes serem mais efetivos técnica e afetivamente com seus pacientes. Além disso, identificamos que a atividade educativa de vídeo <em>feedback</em> pode ser utilizada para outros possíveis fins educacionais além do ensino da comunicação.</p>2024-04-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Carlos Frederico Confort Campos, Nicolle Taissunhttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/4402Resposta a2024-11-02T09:33:28-03:00Jéssica Medeirosjemedeiros.432@gmail.comChaiana Esmeraldino Mendes Marconchaianamarcon@gmail.com<p>O estudo de Nogueira e colaboradores analisou as barreiras de aceitação do Dispositivo Intrauterino (DIU) como método contraceptivo e seu impacto na saúde reprodutiva e sexual feminina. Destacaram a importância de discutir a política de incentivo do Sistema Único de Saúde (SUS) ao uso do DIU....</p>2024-11-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Jéssica Medeiros, Chaiana Esmeraldino Mendes Marconhttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3901Vivência de grupo de apoio em saúde mental na atenção primária2024-11-02T09:07:06-03:00Renato Soleiman Francorenato.soleiman@pucpr.brEvellyn de Souza Jose Sabinoevellynsabino@yahoo.com.brAlice Cioni de Toledo Barrosalicecioni@hotmail.comIsadora Roberto Mesadriisadora.r.mesadri@gmail.comMaiara Raíssa dos Santosraissa.santos11@gmail.comNahuana Alves Borbanahuanaborba1@gmail.com<p><strong>Problema</strong><strong>:</strong> Entre os desafios enfrentados na temática de transtornos mentais no Brasil, é pertinente destacar a escassez de recursos e serviços, sua integração e o estigma em torno da doença mental. Apesar das dificuldades, alguns progressos significativos estão sendo inseridos nesse cuidado, como é o exemplo das intervenções em grupo na atenção básica. <strong>Método</strong><strong>:</strong> Este relato de experiência descreve e analisa a implementação de um grupo terapêutico em uma Unidade Básica de Saúde para contribuir com o enriquecimento da intervenção coletiva em pacientes com queixas de saúde mental. A proposta foi trabalhar em conjunto com pacientes com queixa de ansiedade ou depressão após analisar a grande demanda da população adscrita na área por esse cuidado. <strong>Resultados</strong><strong>:</strong> Após dois meses de encontros semanais, foi possível ir além das práticas convencionais oferecidas nos grupos, proporcionando às equipes de saúde a oportunidade de refletir sobre alternativas para promover mudanças nas formas de atenção à saúde mental. <strong>Conclusão</strong><strong>:</strong> Além de estimular a troca de saberes entre universitários, profissionais e comunidade, a implementação de grupos terapêuticos se mostrou promissora no cuidado aos transtornos mentais e como forma de reabilitação psicossocial na atenção básica.</p>2024-11-02T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Renato Soleiman Franco, Evellyn de Souza Jose Sabino, Alice Cioni de Toledo Barros, Isadora Roberto Mesadri, Maiara Raíssa dos Santos, Nahuana Alves Borbahttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3410Experiência no uso das ferramentas de abordagem familiar por uma equipe da Estratégia Saúde da Família2024-06-14T11:41:06-03:00Anne Karoline Santos Magalhãesannekarolsm@gmail.comIanaiê Cardoso Lopesianalopes2010@hotmail.comPriscila Martins Santospri_martins91@hotmail.comBárbara Quadros Tonellibabi-tonelli@hotmail.comAna Paula dos Reis Lealanapaula.drl2011@hotmail.comSamuel Trezenasamueltrezena@gmail.com<p><strong>Problema:</strong> Experiência da intervenção de uma equipe multiprofissional da Estratégia Saúde da Família (ESF) em uma família por meio das ferramentas de abordagem familiar. Entre os problemas identificados no caso estão a sobrecarga de trabalho da paciente índice, diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos filhos dela, etilismo crônico do esposo e relacionamento hostil no ciclo familiar. <strong>Método:</strong> Estudo descritivo, qualitativo, de relato de experiência, desenvolvido em uma família da área de abrangência da equipe da ESF no segundo semestre de 2019, escolhida em razão da hiperutilização do serviço pela paciente índice. As ferramentas aplicadas foram o genograma, ecomapa, <em>Fundamental Interpersonal Relations Outcome </em>(FIRO), <em>problem, roles, affect, communication, time in life, illness, coping with stress, environment/ecology</em> (PRACTICE) e ciclo de vida familiar. <strong>Resultados:</strong> Com a aplicação das ferramentas foram identificadas as estruturas e modos de compartilhamento das relações familiares, os problemas de saúde presentes, os possíveis vínculos identificados e o estágio no ciclo de vida. Como modos de intervenção, a equipe propôs consultas de cuidado em saúde, assistência psicológica e escutas qualificadas. Além disso, por meio de reuniões intersetoriais, foi solucionado o problema escolar que afetava a condição de saúde da paciente. <strong>Conclusão:</strong> A aplicação das ferramentas foi um excelente método para realizar o estudo, pois permitiu uma visão global da família, além de identificar fragilidades a serem corrigidas ou minimizadas com recurso a intervenções pela equipe de saúde.</p>2024-06-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Anne Karoline Santos Magalhães, Ianaiê Cardoso Lopes, Priscila Martins Santos, Bárbara Quadros Tonelli, Ana Paula dos Reis Leal, Samuel Trezenahttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3772Aprendizagem baseada em projeto e a formação médica2024-04-18T13:20:51-03:00Thais Morgana Mendes Santosthais.morgana@ufvjm.edu.brClarisse Melo Franco Neves Costaclamelofranco@gmail.comLauriany Livia Costalaurianylivia@hotmail.comDarlene da Silvadarlenesilva10@hotmail.comDelba Fonseca Santosdelba.fonseca@ufvjm.edu.br<p>A aprendizagem baseada em projeto orientada pelos fundamentos da educação interprofissional é um modelo que pode contribuir para a formação de relacionamentos interpessoais, criatividade, empatia e colaboração na educação médica, por meio de uma colaboração mútua com profissionais de saúde da rede. Muito se fala da efetividade desse método no campo do ensino e aprendizagem médica, mas há a necessidade de incluir a importância do desenvolvimento de habilidades interprofissionais, com equipes colaborativas, em ações extensionistas, diante das necessidades locais no contexto da atenção primária, pensando na melhoria dos resultados de saúde. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de experiência de aprendizagem baseada em projeto de estudantes de Medicina no contexto da Estratégia Saúde da Família. Participaram deste trabalho estudantes do Módulo Integração Ensino, Serviço e Comunidade da Faculdade de Medicina da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri que executaram, em colaboração com uma equipe interprofissional o projeto sobre a saúde do homem. Como resultado da análise qualitativa do <em>feedback</em> entre os integrantes, observaram-se mudanças no comportamento dos estudantes, com melhorias na comunicação, empatia e nas relações interpessoais, por meio do trabalho colaborativo com a equipe interprofissional. Esta experiência poderá ser adaptada para implementar o ensino e aprendizagem no projeto pedagógico orientado pela educação interprofissional na atenção primária.</p>2024-04-18T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Thais Morgana Mendes Santos, Clarisse Melo Franco Neves Costa, Lauriany Livia Costa, Darlene da Silva, Delba Fonseca Santoshttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3739Relato de caso de lombalgia inflamatória com extenso comprometimento anatômico-funcional2024-07-12T01:43:09-03:00Lavínia Ayumi Borges Ribeirolaviniaayumibr@gmail.comMateus Fernandes Alves dos Reismateusfernandes58@gmail.comMariana dos Santos Teixeira marianasantostx@outlook.comCamila Ribeiro Milagrescamilarmilagres@yahoo.com.brGabriella Stefenoni Krugergabriella.kruger@uftm.edu.br<p><strong>Introdução:</strong> A lombalgia é uma condição prevalente e que apresenta importante impacto na capacidade funcional e na qualidade de vida, sendo a sua correta abordagem na Atenção Primária à Saúde fundamental para a identificação e o estabelecimento de um diagnóstico etiológico precoce de possíveis patologias que possam estar relacionadas a desfechos mórbidos e a graves limitações funcionais. <strong>Apresentação do caso:</strong> Paciente de 56 anos, sexo masculino, hipertenso, foi encaminhado para serviço especializado de reumatologia com histórico de lombalgia havia mais de 20 anos. Ao exame físico foi constatada presença de deformidades da coluna vertebral e extensa limitação de movimentos. Exames radiográficos mostravam esclerose de articulações sacroilíacas, osteopenia difusa e coluna vertebral em aspecto de “bambu”. <strong>Conclusões:</strong> Constata-se a importância de que na abordagem das lombalgias na atenção primária se busque o reconhecimento de possíveis etiologias graves e potencialmente incapacitantes que possam estar subjacentes à queixa de dor lombar. Com esse objetivo, é fundamental o reconhecimento das chamadas <em>red flags</em> relacionadas às lombalgias, além de sua caracterização como mecânica ou inflamatória. Perante a atuação da atenção primária no oferecimento de um cuidado pautado na integralidade e na prevenção de agravos, reafirma-se a importância de uma avaliação clínica pormenorizada das lombalgias nesse nível de atenção à saúde.</p>2024-07-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Lavínia Ayumi Borges Ribeiro, Mateus Fernandes Alves dos Reis, Mariana dos Santos Teixeira , Camila Ribeiro Milagres, Gabriella Stefenoni Krugerhttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3609Acidente crotálico seguido por primeiro episódio psicótico2024-05-12T22:32:38-03:00Rafael Fernandes de Almeidarafael.fdealmeida@gmail.comRégis Eric Maia Barrosregis.eric.maia.barros@gmail.com<p><em><strong>Introdução</strong></em><strong>:</strong> Acidentes ofídicos são doenças negligenciadas e constituem uma parcela importante da morbidade de pessoas em idade produtiva que vivem em zonas rurais. A maior parte dos seus efeitos a curto prazo é amplamente conhecida, especialmente aqueles de natureza clínica; no entanto, ainda se observa lacuna importante do conhecimento das consequências a longo prazo de tais agravos, notadamente as de ordem psíquica. Este artigo relata um caso de adoecimento mental subsequente a um acidente crotálico e gera reflexões de âmbito cultural e fisiopatológico a respeito das sequelas de tais eventos. <em><strong>Apresentação do caso</strong></em><strong>:</strong> Trata-se de adolescente residente no interior baiano que foi vítima de mordedura por cascavel e teve necessidade de hospitalização em unidade de terapia intensiva. Observou-se que, mesmo após melhora clínica, iniciou com sintomas psicóticos prodrômicos e progrediu para piora mental grave, que culminou em internação psiquiátrica e diagnóstico de esquizofrenia no decorrer dos meses seguintes. <em><strong>Conclusões</strong></em><strong>:</strong> Nota-se, neste caso, correlação direta entre esses dois eventos; mas, em razão da escassez de trabalhos científicos que abordem tais questões, depreende-se que é preciso investigar e estudar com maior profundidade possíveis associações entre acidentes crotálicos e psicoses.</p>2024-05-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Rafael Fernandes de Almeida, Régis Eric Maia Barroshttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3416A importância dos cuidados paliativos exercidos por médicos de família e comunidade na Atenção Primária à Saúde2024-08-04T22:21:36-03:00Mariana Fernandes Diasmarianafernandesdias@gmail.comMariana Mauricio Silva Costamariana_mauricio@yahoo.com.brNatalino Cezar Clausenclausen123@gmail.com<p><strong>Introdução: </strong>A terminalidade é uma situação cada vez mais vivenciada nos serviços de saúde em razão da progressão da expectativa de vida da população e, consequentemente, do incremento de pacientes com doenças crônicas graves. No Brasil, os serviços de cuidados paliativos ainda se encontram centralizados nos serviços de atenção terciária. Entretanto, em diversos países, a Atenção Primária à Saúde tem sido a grande prestadora e coordenadora de cuidados paliativos dos usuários, em prol da descentralização dessa assistência e da promoção do cuidado integral. <strong>Objetivo: </strong>Realizar uma revisão narrativa da literatura, a fim de identificar a relação dos médicos de família e comunidade na atuação de cuidados paliativos na Atenção Primária à Saúde. <strong>Métodos: </strong>Revisão bibliográfica por meio do acesso às bases de dados: Portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e PubMed. Foram selecionados 16 artigos, os quais foram submetidos a análise temática e posterior discussão das principais características que colaboram para a maior atuação dos médicos de família e comunidade em cuidados paliativos. <strong>Resultados:</strong> Observou-se a importância da atuação dos médicos de família e comunidade em cuidados paliativos no âmbito da Atenção Primária à Saúde, bem como a interligação entre as duas especialidades, os desafios existentes nesse caminho e os benefícios dessa prática. <strong>Conclusões: </strong>A oferta de cuidados paliativos pelos médicos de família e comunidade na atenção primária favorece o acesso e acompanhamento dos pacientes. Entretanto, a atuação dos profissionais das Equipes de Saúde da Família nessa linha de cuidado ainda é insuficiente em razão da escassa capacitação na área.</p>2024-08-04T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Mariana Fernandes Dias, Mariana Mauricio Silva Costa, Natalino Cezar Clausenhttps://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/4070Crise global da atenção primária à saúde2024-05-12T23:44:53-03:00Thiago Dias Sartitdsarti@gmail.comAna Paula Santana Coelho Almeidaapscoelhor@gmail.comLeonardo Ferreira Fontenelleleonardof@leonardof.med.br<p class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph; line-height: 150%;"><span style="font-family: 'Arial',sans-serif;">Enquanto no Norte Global se discute uma crise na Atenção Primária à Saúde, a maioria dos países nunca chegou a constituir sistemas de saúde baseados propriamente numa atenção primária robusta. Nesse cenário, o Brasil apresenta uma tendência mais favorável, com conquistas importantes para a atenção primária e a medicina de família e comunidade nos últimos dez anos. Restam desafios a serem superados para que o Sistema Único de Saúde alcance níveis satisfatórios de acesso a seus serviços, com profissionais adequadamente formados e valorizados pela população.</span></p>2024-05-12T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Thiago Dias Sarti, Ana Paula Santana Coelho Almeida, Leonardo Ferreira Fontenelle