Prevalência de burnout em médicos residentes de Medicina Geral e Familiar em Portugal

Autores

  • Sara Cristina Robalo dos Santos Unidade de Saúde Familiar S. Julião, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras
  • Ana Isabel Francisco Viegas Unidade de Saúde Familiar Conde de Oeiras, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras
  • Catarina Isabel de Magalhães Oliveira Morgado Unidade de Saúde Familiar S. Julião, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras
  • Carla Sofia Varela Ramos Unidade de Saúde Familiar S. Julião, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras
  • Christina Nunes Delgado Soares Unidade de Saúde Familiar Travessa da Saúde, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Loures Odivelas
  • Helena Mafalda da Conceição João Roxo Unidade de Saúde Familiar Cova da Piedade, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Almada-Seixal
  • Mafalda Cleto da Silva Santos Unidade de Saúde Familiar S. Julião, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras
  • Sara Nunes Pires Nabais Unidade de Saúde Familiar Conde de Oeiras, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc12(39)1430

Palavras-chave:

Esgotamento Profissional. Internato e Residência. Medicina de Família e Comunidade. Atenção Primária à Saúde.

Resumo

Objetivo: Determinar a prevalência de burnout nos residentes de Medicina Geral e Familiar (MGF) em Portugal e analisar variáveis que possam influenciar os níveis de burnout nas suas três dimensões (Exaustão Emocional - EE; Despersonalização - DP e Realização Pessoal - RP). Métodos: Estudo transversal, observacional; aplicados questionários de novembro a dezembro de 2015 constituídos pelo Maslach Burnout Inventory e por variáveis sociodemográficas e da residência. Tamanho da amostra estimado de 327 residentes (IC 95%; erro amostral de 5%). Resultados: Amostra representativa composta por 431 residentes (média de 28,7 anos, 80,7% do gênero feminino). A prevalência de burnout global (níveis de burnout elevado na dimensão da EE e/ou DP) foi 46,9%; 38,1% dos residentes apresentava burnout elevado na EE, 45,2% na RP e 26,5% na DP. Verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre níveis de burnout elevado e residentes medicados com ansiolíticos/hipnóticos – EE (p<0,001); RP (p=0,001) e DP (p<0,001) e também nos residentes medicados com antidepressivos, na EE e RP (p=0,01). Nos residentes com intenção de desistir da residência/carreira médica verificaram-se níveis elevados de burnout na EE (p<0,001 para ambas), na RP (p=0,003 e p=0,01, respectivamente) e na DP (p=0,005 e p<0,001, respectivamente). Nos residentes que não escolheram MGF como primeira opção, verificaram-se níveis de burnout elevados na dimensão da DP (p<0,001) e da RP (p=0,04). Conclusão: Dada a elevada prevalência de burnout nos residentes de MGF em Portugal, torna-se fundamental desenvolver novos estudos a nível internacional e desenvolver estratégias que previnam e minimizem o impacto negativo desta síndrome.

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Biografia do Autor

Sara Cristina Robalo dos Santos, Unidade de Saúde Familiar S. Julião, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras

Médica Interna de 4º ano de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar S. Julião

Ana Isabel Francisco Viegas, Unidade de Saúde Familiar Conde de Oeiras, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras

Médica Interna de 4º ano de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar Conde de Oeiras

Catarina Isabel de Magalhães Oliveira Morgado, Unidade de Saúde Familiar S. Julião, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras

Médica Interna de 4º ano de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar S. Julião

Carla Sofia Varela Ramos, Unidade de Saúde Familiar S. Julião, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras

Médica Interna de 3º ano de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar S. Julião

Christina Nunes Delgado Soares, Unidade de Saúde Familiar Travessa da Saúde, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Loures Odivelas

Médica Interna de 4º ano de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar Travessa da Saúde

Helena Mafalda da Conceição João Roxo, Unidade de Saúde Familiar Cova da Piedade, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Almada-Seixal

Médica Interna de 4º ano de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar Cova da Piedade

Mafalda Cleto da Silva Santos, Unidade de Saúde Familiar S. Julião, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras

Médica Interna de 4º ano de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar de S. Julião

Sara Nunes Pires Nabais, Unidade de Saúde Familiar Conde de Oeiras, Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Lisboa Ocidental e Oeiras

Médica Interna de 4º ano de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar Conde de Oeiras

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Publicado

2017-06-22

Como Citar

1.
dos Santos SCR, Viegas AIF, Morgado CI de MO, Ramos CSV, Soares CND, Roxo HM da CJ, Santos MC da S, Nabais SNP. Prevalência de burnout em médicos residentes de Medicina Geral e Familiar em Portugal. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 22º de junho de 2017 [citado 29º de março de 2024];12(39):1-9. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1430

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit