Interface saúde da família & saúde mental: uma estratégia para o cuidado

Autores

  • André Luiz Binotto
  • Luciane Loures dos Santos Universidade de São Paulo -USP
  • Quitéria de Lourdes Lourosa Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP
  • Sonia Camila Sant’Anna
  • Ana Carolina Guidorizzi Zanetti
  • João Mazzoncini de Azevedo Marques Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - HCFMRP-USP

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc7(23)132

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Saúde Mental, Saúde da Família

Resumo

Estudos internacionais mostram que a Atenção Primária à Saúde (APS) realiza a maioria dos atendimentos psiquiátricos, pois, mesmo nos países que mais investem em saúde mental, existe uma lacuna entre a oferta e a demanda por serviços especializados. No Brasil, preconiza-se que a Estratégia de Saúde da Família (ESF) assista aos pacientes com problemas de saúde mental e o apoio matricial é uma ferramenta para qualificar esse trabalho. Objetivamos conhecer o perfil epidemiológico dos usuários atendidos conjuntamente por uma equipe de ESF e sua equipe matriciadora de Saúde Mental, durante dois anos, por meio da revisão dos prontuários desses pacientes. De um total de 203 atendimentos realizados nesse período, 74% eram de mulheres entre 50 a 59 anos (33%); os diagnósticos mais comuns foram Episódio Depressivo Maior (61%), Transtorno de Ansiedade Generalizada (33%), Esquizofrenia e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (11% cada). Trinta e cinco por cento dos pacientes foram encaminhados, sendo a maioria para psicoterapia (94%) e o restante para um ambulatório secundário de Saúde Mental (6%). Os psicofármacos mais prescritos foram os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (76%), anti-histamínicos (37%), benzodiazepínicos (37%) e antipsicóticos típicos (26%). Esta interface representou um acesso facilitado e eficaz para o usuário com transtorno mental de maior gravidade/complexidade e abriu portas para a integralidade da atenção e a interdisciplinaridade no trabalho cotidiano.

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Biografia do Autor

André Luiz Binotto

Residente de Medicina de Família e Comunidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

Luciane Loures dos Santos, Universidade de São Paulo -USP

Coordenadora do Núcleo de Saúde da Família I do Centro de Atenção Primária e Docente Colaboradora do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

Quitéria de Lourdes Lourosa, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP

Médica de Família contratada do Núcleo de Saúde da Família I do Centro de Atenção Primária da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo.

Sonia Camila Sant’Anna

Enfermeira contratada do Núcleo de Saúde da Família I do Centro de Atenção Primária da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo.

Ana Carolina Guidorizzi Zanetti

Enfermeira especialista em Saúde Mental e Psiquiatria e Mestre em Enfermagem Psiquiátrica.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

João Mazzoncini de Azevedo Marques, Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - HCFMRP-USP

Consultor em Saúde Mental dos Núcleos de Saúde da Família e Coordenador do Estágio de Psiquiatria do Programa de Residência de Medicina de Família e Comunidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

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Publicado

2012-04-14

Como Citar

1.
Binotto AL, Santos LL dos, Lourosa Q de L, Sant’Anna SC, Zanetti ACG, Marques JM de A. Interface saúde da família & saúde mental: uma estratégia para o cuidado. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 14º de abril de 2012 [citado 22º de dezembro de 2024];7(23):83-9. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/132

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit

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