Avaliação da trajetória, no SUS, de pacientes atendidos na clínica cirúrgica de um serviço de emergência a partir de seus diagnósticos histopatológicos

Autores

  • Maria Luisa Duarte Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL
  • Victor Hugo Farias Costa
  • Lívia de Souza Mota

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc4(15)167

Palavras-chave:

Diagnóstico, Planejamento em Saúde, Serviços Médicos de Emergência, Sistema Único de Saúde (SUS)

Resumo

Assim como na maioria dos serviços de emergência do Brasil, a Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, principal hospital com este perfil de Alagoas, tem seu potencial limitado pelas lacunas no planejamento e na execução da Atenção Básica. A rede básica de atenção à saúde deveria constituir a principal porta de entrada no sistema. Afirma-se que na Atenção Básica 80% dos problemas de saúde da população sejam resolvidos. O que se verifica, contudo, é o escamoteamento de suas atribuições e potencialidades. Define-se que a Saúde da Família (SF) deve constituir equipes de saúde formadas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários, em trabalho interdisciplinar com a definição de um território de abrangência. O processo de referência e contra-referência é imprescindível para que haja uma continuidade das ações e compete ao serviço municipal definir, no âmbito municipal ou regional, os serviços disponíveis para os níveis de maior complexidade. A SF deverá, portanto, em condições especiais, indicar o encaminhamento para consultas especializadas, assim como para os serviços de diagnóstico e internações hospitalares. Na prática, porém, os serviços de atenção terciária acabam absorvendo a demanda proveniente de problemas na rede básica. É o caso da Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, na qual, mensalmente, a taxa de ocupação dos leitos é de 109,34%, absorvendo pacientes que não encontram outra referência para solucionar seus problemas de saúde. Obedecendo às normas que regem a Pesquisa em Seres Humanos, foi desenvolvido um estudo descritivo retrospectivo e prospectivo, aplicando-se questionário de perguntas estruturadas a pacientes da clínica cirúrgica da Unidade de Emergência Dr. Armando Lages que tiveram diagnósticos histopatológicos das peças cirúrgicas efetuados no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2006. A análise dos dados revelou que, na trajetória dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde, princípios doutrinários e organizativos do SUS estão desordenados, confirmando a hipótese do estudo, de que o número evidente de diagnósticos histopatológicos de neoplasias malignas e doenças infecto-parasitárias sugere falhas no planejamento em saúde da rede de Atenção Primária á Saúde.

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Biografia do Autor

Maria Luisa Duarte, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL

Doutora em Patologia pela UFF. Professora adjunta, Departamento de Patologia, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Maceió, Alagoas,
Brasil.

Victor Hugo Farias Costa

Acadêmico do quinto ano de Medicina. Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Maceió, Alagoas, Brasil.

Lívia de Souza Mota

Acadêmica do quinto ano de Medicina. Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Maceió, Alagoas, Brasil.

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Publicado

2008-11-17

Como Citar

1.
Duarte ML, Costa VHF, Mota L de S. Avaliação da trajetória, no SUS, de pacientes atendidos na clínica cirúrgica de um serviço de emergência a partir de seus diagnósticos histopatológicos. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 17º de novembro de 2008 [citado 21º de dezembro de 2024];4(15):157-64. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/167

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit