Análise da realização da cirurgia ambulatorial na perspectiva da qualificação e resolutividade do cuidado prestado pelo médico de família e comunidade na Atenção Primária à Saúde na cidade do Rio de Janeiro

Autores

  • Philipp Rosa Oliveira Secretátia Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
  • Cesar Augusto Orazem Favoreto Universidade Estadual do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc14(41)1864

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Estratégia Saúde da Família, Procedimentos Cirúrgicos Ambulatórios

Resumo

Introdução: A Estratégia de Saúde da Família, a partir de 1998, representa o modelo de organização e de qualificação da Atenção Primária à Saúde no Brasil. No município do Rio de Janeiro, nos últimos anos, ocorreu um incremento rápido na cobertura da população pelas equipes de saúde da família, com a perspectiva de desenvolvimento de uma Atenção Primária à Saúde abrangente. Nesta perspectiva surge a cirurgia ambulatorial, que tem sido incorporada muito timidamente às práticas das Unidades Básicas. Objetivos: Este artigo analisa a incorporação da cirurgia ambulatorial pelas Equipes de Saúde da Família como um dos aspectos envolvidos na ampliação da coordenação do cuidado e da resolutividade da Atenção Primária à Saúde. Métodos: Foi realizado um estudo exploratório descritivo, utilizando-se da análise dos dados da produção dos procedimentos cirúrgicos na rede de atenção básica da cidade. O estudo analisou as informações disponíveis no banco de dados denominado Carteirômetro no período de outubro de 2015 a março de 2017, além de entrevistas online com médicos de família atuantes na Estratégia de Saúde da Família. A expansão das equipes de saúde da família neste período foi acompanhada do aumento percentual dos procedimentos de cirurgia ambulatorial (63,8%). Resultados: Contudo, esta evolução representa, ainda, um tímido quantitativo de cirurgias realizadas pelo número de equipes implantadas, ou seja, cerca de 1,5 procedimento/equipe no último trimestre pesquisado. Conclusão: Entre os fatores limitadores destas intervenções, identificou-se a ausência de capacitação profissional para a execução destes procedimentos, além de estrutura física e processual inadequada das unidades de saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Philipp Rosa Oliveira, Secretátia Municipal de Saúde do Rio de Janeiro

Médico de família e comunidade, preceptor da residencia de MFC UERJ, Metre em APS.

Cesar Augusto Orazem Favoreto, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Professor Adjunto do Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Coordenador da Comissão Acadêmica Local do Mestrado PROFSAUDE da Faculdade de Ciência Médicas. Doutor em Saúde Coletiva

Referências

Giovanella L, Escorel S, Lobato LVC, Noronha JC, Carvalho AI. Políticas e sistemas de Saúde no Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2012. DOI: https://doi.org/10.7476/9788575413494

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Memórias da Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde; 2010 [Internet]. [acesso 2016 Ago 15] Disponível em: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/memorias_saude_familia_brasil.pdf

Mendes EV. As Redes de Atenção à Saúde. 2ª ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2011.

Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO/Ministério da Saúde; 2002 [Internet]. [acesso 2016 Jul 17]. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/0253.pdf

Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde do Município do Rio de Janeiro. Subsecretária de Atenção Primária. Vigilância e Promoção da Saúde. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro; 2014. [Internet] [acesso 2017 Fev 24]. Disponível em: https://subpav.org/index.php

Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde do Município do Rio de Janeiro. Plano Municipal de Saúde do Rio de Janeiro 2014-2017. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro; 2017 [Internet]. [acesso 2016 Abr 26]. Disponível em: www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/3700816/4128745/PMS_20142017.pdf

Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC). Superintendência de Atenção Primária. Carteira de serviços prestados na Atenção Primária. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro; 2011 [Internet]. [acesso 2016 Abr 26]. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/137240/DLFE-228987.pdf/1.0

Brasil. Ministério da Saúde. Sistema Nacional de Regulação. 2017 [Internet]. [acesso 2016 Ago 14]. Disponível em: http://sisregiii.saude.gov.br/

Piovesan A, Temporini ER. Pesquisa exploratória: procedimento metodológico para o estudo de fatores humanos no campo da saúde pública. Rev Saúde Pública. 1995;29(4):318-25. [acesso 2016 Jul 5]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89101995000400010&script=sci_abstract&tlng=pt DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89101995000400010

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Procedimentos. Cadernos de Atenção Primária n. 30. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. [Internet]. [acesso 2016 Mar 15]. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab30

Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Currículo Baseado em Competências para Medicina de Família e Comunidade. 2015 [Internet]. [acesso 2016 Abr 23]. Disponível em: https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/biblioteca_em_saude/006_material_saude_curriculo_competencias_mfc.pdf

Rio de Janeiro. Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Plataforma SUBPAV. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro; 2017 [Internet]. [acesso 2017 Fev 2]. Disponível em: https://subpav.org/logar.php

Freitas H, Janissek-Muniz R, Moscarola J. Dinâmica do processo de coleta e análise de dados via web. Congresso Internacional de Pesquisa Qualitativa (CIBRAPEQ). Taubaté: Congresso Internacional de Pesquisa Qualitativa; 2004. Disponível em: http://gianti.ea.ufrgs.br/files/artigos/2004/2004_157_CIBRAPEQ.pdf

Bardin L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2016.

Williams RB, Burdge AH, Jones SL. Skin biopsy in general practice. BMJ. 1991;303(6811):1179-80. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.303.6811.1179 DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.303.6811.1179

George S, Pockney P, Primrose J, Smith H, Little P, Kinley H, et al. A prospective randomised comparison of minor surgery in primary and secondary care. The MiSTIC trial. Health Technol Assess. 2008;12(23):iii-iv,ix-38.

Gérvas J, Starfield B, Violán C, Minué S. GPs with special interests: unanswered questions. Br J Gen Pract. 2007;57(544):912-7. http://dx.doi.org/10.3399/096016407782317865 DOI: https://doi.org/10.3399/096016407782317865

Downloads

Publicado

2019-03-06

Como Citar

1.
Oliveira PR, Favoreto CAO. Análise da realização da cirurgia ambulatorial na perspectiva da qualificação e resolutividade do cuidado prestado pelo médico de família e comunidade na Atenção Primária à Saúde na cidade do Rio de Janeiro. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 6º de março de 2019 [citado 12º de novembro de 2024];14(41):1864. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1864

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.