Análise da realização da cirurgia ambulatorial na perspectiva da qualificação e resolutividade do cuidado prestado pelo médico de família e comunidade na Atenção Primária à Saúde na cidade do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc14(41)1864Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Estratégia Saúde da Família, Procedimentos Cirúrgicos AmbulatóriosResumo
Introdução: A Estratégia de Saúde da Família, a partir de 1998, representa o modelo de organização e de qualificação da Atenção Primária à Saúde no Brasil. No município do Rio de Janeiro, nos últimos anos, ocorreu um incremento rápido na cobertura da população pelas equipes de saúde da família, com a perspectiva de desenvolvimento de uma Atenção Primária à Saúde abrangente. Nesta perspectiva surge a cirurgia ambulatorial, que tem sido incorporada muito timidamente às práticas das Unidades Básicas. Objetivos: Este artigo analisa a incorporação da cirurgia ambulatorial pelas Equipes de Saúde da Família como um dos aspectos envolvidos na ampliação da coordenação do cuidado e da resolutividade da Atenção Primária à Saúde. Métodos: Foi realizado um estudo exploratório descritivo, utilizando-se da análise dos dados da produção dos procedimentos cirúrgicos na rede de atenção básica da cidade. O estudo analisou as informações disponíveis no banco de dados denominado Carteirômetro no período de outubro de 2015 a março de 2017, além de entrevistas online com médicos de família atuantes na Estratégia de Saúde da Família. A expansão das equipes de saúde da família neste período foi acompanhada do aumento percentual dos procedimentos de cirurgia ambulatorial (63,8%). Resultados: Contudo, esta evolução representa, ainda, um tímido quantitativo de cirurgias realizadas pelo número de equipes implantadas, ou seja, cerca de 1,5 procedimento/equipe no último trimestre pesquisado. Conclusão: Entre os fatores limitadores destas intervenções, identificou-se a ausência de capacitação profissional para a execução destes procedimentos, além de estrutura física e processual inadequada das unidades de saúde.
Downloads
Métricas
Referências
Giovanella L, Escorel S, Lobato LVC, Noronha JC, Carvalho AI. Políticas e sistemas de Saúde no Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2012. DOI: https://doi.org/10.7476/9788575413494
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Memórias da Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde; 2010 [Internet]. [acesso 2016 Ago 15] Disponível em: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/memorias_saude_familia_brasil.pdf
Mendes EV. As Redes de Atenção à Saúde. 2ª ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2011.
Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO/Ministério da Saúde; 2002 [Internet]. [acesso 2016 Jul 17]. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/0253.pdf
Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde do Município do Rio de Janeiro. Subsecretária de Atenção Primária. Vigilância e Promoção da Saúde. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro; 2014. [Internet] [acesso 2017 Fev 24]. Disponível em: https://subpav.org/index.php
Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde do Município do Rio de Janeiro. Plano Municipal de Saúde do Rio de Janeiro 2014-2017. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro; 2017 [Internet]. [acesso 2016 Abr 26]. Disponível em: www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/3700816/4128745/PMS_20142017.pdf
Rio de Janeiro. Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil (SMSDC). Superintendência de Atenção Primária. Carteira de serviços prestados na Atenção Primária. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro; 2011 [Internet]. [acesso 2016 Abr 26]. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/137240/DLFE-228987.pdf/1.0
Brasil. Ministério da Saúde. Sistema Nacional de Regulação. 2017 [Internet]. [acesso 2016 Ago 14]. Disponível em: http://sisregiii.saude.gov.br/
Piovesan A, Temporini ER. Pesquisa exploratória: procedimento metodológico para o estudo de fatores humanos no campo da saúde pública. Rev Saúde Pública. 1995;29(4):318-25. [acesso 2016 Jul 5]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89101995000400010&script=sci_abstract&tlng=pt DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89101995000400010
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Procedimentos. Cadernos de Atenção Primária n. 30. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. [Internet]. [acesso 2016 Mar 15]. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab30
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Currículo Baseado em Competências para Medicina de Família e Comunidade. 2015 [Internet]. [acesso 2016 Abr 23]. Disponível em: https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/biblioteca_em_saude/006_material_saude_curriculo_competencias_mfc.pdf
Rio de Janeiro. Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro. Plataforma SUBPAV. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro; 2017 [Internet]. [acesso 2017 Fev 2]. Disponível em: https://subpav.org/logar.php
Freitas H, Janissek-Muniz R, Moscarola J. Dinâmica do processo de coleta e análise de dados via web. Congresso Internacional de Pesquisa Qualitativa (CIBRAPEQ). Taubaté: Congresso Internacional de Pesquisa Qualitativa; 2004. Disponível em: http://gianti.ea.ufrgs.br/files/artigos/2004/2004_157_CIBRAPEQ.pdf
Bardin L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2016.
Williams RB, Burdge AH, Jones SL. Skin biopsy in general practice. BMJ. 1991;303(6811):1179-80. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.303.6811.1179 DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.303.6811.1179
George S, Pockney P, Primrose J, Smith H, Little P, Kinley H, et al. A prospective randomised comparison of minor surgery in primary and secondary care. The MiSTIC trial. Health Technol Assess. 2008;12(23):iii-iv,ix-38.
Gérvas J, Starfield B, Violán C, Minué S. GPs with special interests: unanswered questions. Br J Gen Pract. 2007;57(544):912-7. http://dx.doi.org/10.3399/096016407782317865 DOI: https://doi.org/10.3399/096016407782317865
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeterem um manuscrito à RBMFC, os autores mantêm a titularidade dos direitos autorais sobre o artigo, e autorizam a RBMFC a publicar esse manuscrito sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 e identificar-se como veículo de sua publicação original.