Telessaúde como eixo organizacional dos sistemas universais de saúde do século XXI

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc14(41)1881

Palavras-chave:

Telessaúde, Sistemas de Saúde, Inovação

Resumo

Novos desafios epidemiológicos e demográficos demandam novas formas de organizar os sistemas de saúde. O presente ensaio propõe a telessaúde como ferramenta organizativa, capaz de suavizar o triângulo de ferro da atenção à saúde e de facilitar a busca pelo triple aim, pelo seu potencial de aumento do acesso e qualidade com redução de custo. A integração da telessaúde ao processo de referência e transição entre serviços assistenciais aumenta a resolutividade da Atenção Primária à Saúde (APS), favorece a coordenação do cuidado, promove adesão terapêutica, diminui reinternações e estimula a prevenção quaternária. Este ensaio propõe a telessaúde como metasserviço que confere densidade tecnológica à APS e permite que ela se torne coordenadora efetiva do cuidado, passando a organizar o fluxo de informações, pessoas e insumos. Frente às inovações propostas, é essencial avaliar o impacto de ações já existentes de telessaúde para viabilizar a sua aplicação como metasserviço de saúde.

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Biografia do Autor

Erno Harzheim, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Tem graduação em Medicina, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e doutorado em Medicina Preventiva e Saúde Pública pela Universidad de Alicante, da Espanha. Atualmente é Secretário de Saúde de Porto Alegre e Professor associado da Faculdade de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Coordenou, durante dez anos, o TelessaúdeRS-UFRS. Acumula experiência em Medicina de Família e Comunidade, Epidemiologia, Atenção Primária, Avaliação de Serviços de Saúde, Telemedicina e Telessaúde.

Patrícia Sampaio Chueiri, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

É Médica de Família e Comunidade, mestre em epidemiologia pela UFRGS e professora substituta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Roberto Nunes Umpierre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Possui graduação em Medicina (2002) e especialização em Sáude Pública (2003) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e residência médica em Medicina de Família e Comunidade pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição (2005). É mestre em Epidemiologia - Avaliação de Tecnologias em Saúde pelo PPG Epidemiologia da UFRGS (2009). Foi Consultor da UNESCO para Atenção Básica no Rio Grande do Sul (2005) e Médico de Família e Comunidade da Prefeitura Municipal de Charqueadas e Coordenador da Estratégia de Saúde da Família neste município (2005-2007). Foi membro do Projeto Telessaúde/RS (Telemática e Telemedicina em Apoio à Atenção Primária no Brasil: Núcleo Rio Grande do Sul, como regulador e consultor (2007-2010). Atuou como Médico de Família e Comunidade do Hospital Nossa Senhora da Conceição (GHC-POA/RS), no Programa de Assitência Domiciliar deste hopital e no Serviço de Saúde Comunitária, tendo sido Preceptor do Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (2007-2012). Atualmente é Professor da Faculdade de Medicina da UFRGS, Preceptor de PRMMFC do HCPA e coordenador de expansão do Projeto TelessaúdeRS. É diretor de graduação e pós-graduação stricto sensu da SBMFC.

 

Marcelo Rodrigues Gonçalves, Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Pelotas (2000), tem mestrado (2007) e doutorado (2013) em Epidemiologia pela UFRGS. É professor adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Chefe do Serviço de Atenção Primária à Saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Vice-coordenador do Projeto TelessaúdeRS-UFRGS.

Ana Célia da Silva Siqueira, TelessaúdeRS-UFRGS

É graduada em Contabilidade e especialista em Gestão de Pessoas atua como Gerente de Projeto do TelessaúdeRS-UFRGS.

Otávio Pereira D’Avila, Universidade Federal de Pelotas

Dentista, especialista em saúde pública, mestre em odontologia, doutor em odontologia. É professor da Faculdade de Odontologia da Universidade da Universidade Federal de Pelotas.

Cynthia Goulart Molina Bastos, Universidade Luterana do Brasil

Mestre em epidemiologia pela UFRGS, médica de Família e Comunidade do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, professora da Faculdade de Medicina da Ulbra e consultora do TelessaúdeRS-UFRGS.

Natan Katz, TelessaúdeRS-UFRGS

Médico de Família e Comunidade, doutor em Epidemiologia. É coordenador de Telessaúde/Telemedicina da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e coordenador equipe TIC do TelessaúdeRS-UFRGS.

Rafael Gustavo Dal Moro

Graduado em Odontologia e mestre em Saúde Bucal.

Luiz Felipe Telles, Universidade Luterana do Brasil

Graduado em Design pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), tem Pós Graduação em Design, Produto e Informação pela Universitário Ritter dos Reis (UniRITTER). É Designer Gráfico pela 2LDesign.

Carlos André Aita Schmitz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Médico de Família e Comunidade, especialista em Saúde Pública, mestre em Geomática, doutor em Epidemiologia. É professor adjunto da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e consultor em tecnologia de informação e comunicação do TelessaúdeRS-UFRGS.

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Publicado

2019-02-23

Como Citar

1.
Harzheim E, Chueiri PS, Umpierre RN, Gonçalves MR, Siqueira AC da S, D’Avila OP, Molina Bastos CG, Katz N, Dal Moro RG, Telles LF, Schmitz CAA. Telessaúde como eixo organizacional dos sistemas universais de saúde do século XXI. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 23º de fevereiro de 2019 [citado 21º de novembro de 2024];14(41):1881. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1881

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