Práticas integrativas e complementares na residência em Medicina de Família e Comunidade
um relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc15(42)2087Palavras-chave:
Medicina de Família e Comunidade, Internato e Residência, Atenção Primária à SaúdeResumo
Problema: Ao utilizar as práticas integrativas e complementares (PICs), em seu processo de trabalho, o profissional de saúde tem outras ferramentas que podem ajudar a responder e explicar de forma rápida e menos iatrogênica os sintomas não explicáveis para a biomedicina. Entretanto, o ensino destas práticas nos Programas de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade tem sido difusa e escassa. Métodos: Trata-se de um relato de experiência de uma equipe de Saúde da Família, na periferia de uma capital do Nordeste/Brasil, que utilizou a auriculoterapia nos usuários acompanhados entre os meses de agosto a dezembro de 2016. Resultados: A oferta da auriculoterapia traz vários aprendizados e desafios. O processo iniciado com apoio da RMFC evidenciou, o que já se observava em outros espaços, grande aceitação da população, fruto também, da demanda reprimida por outras formas de cuidado. Percebeu-se grande acolhimento de profissionais e usuários que, superando preconceitos, viram a oportunidade de ampliar sua caixa de ferramentas no cuidado ao usuário e a si mesmo. Como limites para a oferta da auriculoterapia na USF, destacamos: falta de espaços adequados, materiais insuficientes para as sessões, baixo investimento da gestão local em educação permanente para trabalhadores em PICs. Conclusão: Acredita-se que as PICs vêm contribuindo para a qualificação e ampliação do cuidado no PRMFC, sobretudo, nos serviços de Atenção Básica.
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