Avaliação da assistência a diabéticos e ou hipertensos em uma unidade de Atenção Primária à Saúde
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc4(16)232Palavras-chave:
Doença Crônica - prevenção e controle, Atenção Primária à Saúde, Estudos Transversais, Diabetes Mellitus, HipertensãoResumo
Este trabalho tem como objetivo geral realizar uma avaliação da assistência a hipertensos e/ou diabéticos em uma unidade de saúde de Atenção Primária à Saúde, levando-se em conta a importância das doenças crônicas não transmissíveis, sendo as doenças cardiovasculares como a primeira causa da mortalidade no Brasil - a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes melittus são os principais fatores de risco populacionais, potencialmente controláveis. Realizou-se estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa em uma população de 462 pacientes hipertensos e diabéticos, cadastrados na unidade de saúde da Planalto, Santa Rosa (RS), as informações coletadas se referem ao período de setembro de 2006 a setembro de 2007. Observamos que, de modo geral, a estrutura para atendimento, conforme recomenda o Ministério da Saúde, é adequada. Encontramos, na unidade de saúde, 431 hipertensos cadastrados, correspondendo a uma taxa de cobertura de 59,6% e 83 diabéticos, correspondendo a uma taxa de cobertura de 64,8%. A maior concentração dos cadastrados está entre a faixa de idade de 50 a 69 anos (56,9%). Constatamos que 87,4% dos cadastrados apresentava uma consulta ou mais com o Médico de Família e Comunidade (MFC), 75,5% compareceram em dia a data de retorno de consulta, 52,2% de adesão ao tratamento, 16,7% eram tabagistas, 39,6% sedentários e 49,8%, obesos. O aumento do ventrículo esquerdo foi a complicação de maior frequência. Metformina, hidroclorotiazida e captopril não estão sendo oferecidos aos cadastrados de forma regular. A glibenclamida está sobrando no estoque. A estratificação de alto risco cardiovascular encontrada neste estudo corresponde a 23,1% por meio da estratégia britânica e 37,3% na americana, trazendo à tona a discussão do custo-benefício no tratamento com o uso das estatinas. Os pacientes em alto risco cardiovascular que se encontram com o colesterol LDL abaixo de 100mg/dI correspondem a 16,3% pela escola britânica e 12,3% pela americana, índices muito abaixo quando comparados aos estudos americanos. Constatamos que as taxas de colesterol estão elevadas e a obesidade é muito prevalente, necessitando avaliar como está se dando intervenção multiprofissional e a adesão e disponibilidade das estatinas. Destacamos, por fim, a importância da atualização constante dos cadastros nas consultas, o qual facilitou a coleta de dados.
Downloads
Métricas
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeterem um manuscrito à RBMFC, os autores mantêm a titularidade dos direitos autorais sobre o artigo, e autorizam a RBMFC a publicar esse manuscrito sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 e identificar-se como veículo de sua publicação original.