Perfil epidemiológico de gestantes e qualidade do pré-natal em unidade básica de saúde em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc8(27)241Palavras-chave:
Cuidado Pré-natal, Centros de Saúde, Avaliação de Serviços de Saúde, Qualidade da Assistência à SaúdeResumo
Objetivo: Conhecer o perfil e avaliar a qualidade do pré-natal de gestantes que deram à luz em 2008 atendidas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Panorama em Porto Alegre, RS, Brasil. Método: estudo transversal com questionário aplicado às gestantes no domicílio e na UBS, buscando informações sobre características demográficas, reprodutivas e sobre o tipo de assistência recebida durante a gestação e o parto. A análise consistiu de listagem de frequência e obtenção de medidas de tendência central e dispersão. Resultados: Dentre as 238 gestantes entrevistadas, 20% eram adolescentes, 38% possuía nove ou mais anos de estudo, três quartos viviam com companheiro e 40% trabalharam fora de casa durante a gravidez; um quarto das famílias possuía renda mensal inferior a um salário mínimo (SM), com mediana de R$ 700,00. Com relação à saúde reprodutiva: em média, a menarca ocorreu aos 13 anos e a primeira relação sexual aos 16, 25% referiram ter sofrido pelo menos um aborto e, aos 19 anos, 60% já eram mães. No pré-natal, 87% consultaram seis ou mais vezes, cerca de três quartos o iniciaram no primeiro trimestre e 85% receberam vacina antitetânica e suplementação com sulfato ferroso. De acordo com o Índice de Kessner modificado por Takeda e Silveira, o cuidado pré-natal foi considerado adequado em 80% e 49% dos casos, respectivamente. Conclusões: a UBS Panorama atende gestantes carentes socioeconomicamente mas que iniciam o pré-natal cedo, realizando elevado número de consultas de pré-natal, porém, em termos qualitativos, recebem serviço insatisfatório quanto à assistência à gestação e ao parto.
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