O tráfico de drogas responde à pandemia
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc16(43)2675Palavras-chave:
Infecções por Coronavirus, Ética Profissional, Políticas de Saúde, Atenção Primária à Saúde, Áreas de pobrezaResumo
Mais de 13,6 milhões de brasileiros vivem em grandes comunidades empobrecidas, conhecidas como favelas. Historicamente, esses territórios sofrem com a insuficiência de direitos sociais e com conflitos violentos orquestrados pela polícia e pelo tráfico de drogas. Nesse contexto, o desmonte do sistema público de saúde e a negação da pandemia pelo governo federal aumentam a vulnerabilidade das favelas durante a crise da COVID-19. Apesar da negligência do governo federal em instalar medidas para conter a transmissão do SARS-Cov-2, uma organização criminosa que domina o tráfico de drogas em várias favelas brasileiras, o Comando Vermelho, impôs certas ações protetivas. Discutimos os aspectos éticos da colaboração entre os profissionais da Atenção Primária e o comando do tráfico de drogas para promover a saúde nas favelas.
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