Formação médica no contexto da atenção primária rural no Chile
contrastes com experiências em espaços hospitalares e urbanos
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc17(44)3072Palavras-chave:
Educação médica, População rural, Atenção primária à saúde.Resumo
Introdução: O internato é uma fase fundamental da formação médica. No contexto rural, promove o uso racional de recursos e o contato dos alunos com realidades diversas, que contrastan com sua experiência nos espaços clínicos urbanos. Objetivo: Caracterizar as percepções de estudantes de Medicina em relação à contribuição do internato rural em sua formação profissional de saúde. Métodos: Pesquisa qualitativa baseada em 15 entrevistas semiestruturadas, realizadas em 2016 com estudantes de Medicina da Sede Norte da Universidade do Chile que estavam no último ano de seus cursos. Foi realizada uma análise narrativa do conteúdo das entrevistas. Resultados: Identificaram-se três áreas nas quais os alunos atribuem importância ao internato rural para sua formação profissional: (1) na dimensão pessoal, no reforço das competências clínicas, na autonomia e no papel social como médico. Eles também visualizam seu trabalho futuro e identificam outras formas de vida e suas necessidades pessoais; (2) em relação aos pacientes e familiares, destacam-se o valor da relação médico-paciente e o reconhecimento dos determinantes sociais; (3) na dimensão comunitária, eles mencionam a maior valorização da organização comunitária e dos vínculos entre o paciente e seu ambiente e motivações atribuíveis à função médica e não ao contexto rural. Conclusões: A vivência do internato rural contribui para a formação pessoal e para a relação médico-paciente-família-comunidade, revelando uma visão crítica da prática medica e do sistema de saúde.
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