Uso de tecnologias de telessaúde por médicos do Programa Mais Médicos e fatores associados — Espírito Santo, 2016

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc17(44)3234

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde., Programa Mais Médicos, Telessaúde.

Resumo

Introdução: A telessaúde é uma das estratégias de qualificação da atenção primária. Não há trabalho que analise sua utilização no Programa Mais Médicos. Logo, buscou-se analisar a utilização das ferramentas de telessaúde no Mais Médicos do estado do Espírito Santo, em 2016. Objetivo: Analisar a utilização das ferramentas de telessaúde no Mais Médicos do estado do Espírito Santo em 2016. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com aplicação de questionário estruturado ao total de médicos presente em seminários regionais em telessaúde. A análise incluiu frequência absoluta e relativa e análise bivariada com teste exato de Fisher. Resultados: Como resultado, 211 médicos (48,6% do total de profissionais do Mais Médicos) participaram, na maioria cubanos que atuavam em grande centro urbano com especialização em Medicina de Família e Comunidade. A maior parte (n=130, 61,9%) já havia utilizado algum serviço de telessaúde, mas de forma descontínua, sendo a teleducação o mais utilizado (n=101; 77,7%). Conhecer o Programa Telessaúde Brasil Redes e suas ferramentas e vê-las como relevantes para a melhoria do serviço associou-se a maior uso das tecnologias. A facilidade e o tipo de dispositivo utilizado para acessar a internet não influenciam a utilização do programa. Conclusões: Conclui-se que o conhecimento das ferramentas de telessaúde e a relevância dada a elas pelos profissionais e seu entorno estão mais associados a seu uso que as condições estruturais de trabalho.

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Biografia do Autor

Thiago Dias Sarti, Universidade Federal do Espírito Santo – Vitória (ES), Brazil.

É Professor Assistente do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Espirito Santo (UFES). Possui graduação em Medicina pela Escola de Medicina da Santa Casa de Misericordia de Vitória (2004). É especialista em Medicina de Família e Comunidade e em Gestão em Saúde pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É Mestre em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-graduacão em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). É Doutor em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP).

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

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Publicado

2022-12-22

Como Citar

1.
Sarti TD, Santos KT dos, Andreão RV, Fontenelle LF, Almeida APSC. Uso de tecnologias de telessaúde por médicos do Programa Mais Médicos e fatores associados — Espírito Santo, 2016. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 22º de dezembro de 2022 [citado 17º de abril de 2024];17(44):3234. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3234

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit