Disfunção sexual em mulheres na atenção primária de Florianópolis

um estudo transversal

Autores

  • Marília Vieira Bonsfield Escola de Saúde Pública de Florianópolis – Florianópolis (SC), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7219-6028
  • William de Oliveira Duailibi Escola de Saúde Pública de Florianópolis – Florianópolis (SC), Brasil.
  • Donavan de Souza Lucio Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis – Florianópolis (SC), Brazil. https://orcid.org/0000-0002-8434-9781

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc19(46)3378

Palavras-chave:

Disfunções Sexuais Fisiologicas, Disfunções Sexuais Psicologicas, Atenção primária à saúde.

Resumo

Introdução: A disfunção sexual é mais frequente entre as mulheres, com prevalências entre 25 e 63% naquelas acima de 18 anos. Por meio do questionário Female Sexual Function Index, este estudo busca estimar a frequência de disfunções sexuais em mulheres adultas de duas Equipes de Saúde da Família em Florianópolis, Santa Catarina. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar a prevalência de disfunção sexual feminina (DSF) nessas populações e investigar a relação entre variáveis sociodemográficas e os domínios representados no escore FSFI. Métodos: Utilizamos o questionário FSFI para avaliar a frequência de disfunções sexuais e realizamos uma análise das variáveis sociodemográficas entre as unidades de saúde. Foram incluídas mulheres adultas atendidas em duas Equipes de Saúde da Família em Florianópolis. Resultados: A prevalência geral de DSF encontrada foi de 67,8%, com uma distribuição homogênea entre as diferentes unidades de saúde e variáveis sociodemográficas. Observamos associações entre anos de estudo e maiores índices de DSF, especialmente nos domínios de desejo, excitação e lubrificação, e entre maior idade e melhor desempenho nos domínios de desejo e excitação. Conclusões: A alta prevalência de distúrbios sexuais femininos em Florianópolis, distribuída de maneira homogênea entre as variáveis sociodemográficas estudadas, destaca a importância da capacitação dos profissionais de saúde na abordagem dessas questões na Atenção Primária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

World Health Organization. Sexual health, human rights and the law. Geneva: World Health Organization; 2015.

Lara LAS, Silva ACJSR, Romão APMS, Junqueira FRR. Abordagem das disfunções sexuais femininas. Rev Bras Ginecol Obstet 2008;30(6):312-21. https://doi.org/10.1590/S0100-72032008000600008 DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-72032008000600008

Cerejo AC. Disfunção sexual feminina: prevalência e factores relacionados. Rev Port Med Geral Fam 2006;22(6):701-20. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v22i6.10303

Ribeiro B, Magalhães AT, Mota I. Disfunção sexual feminina em idade reprodutiva – prevalência e fatores associados. Rev Port Med Geral Fam 2013;29(1):16-24. DOI: https://doi.org/10.32385/rpmgf.v29i1.11044

Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ, Duncan MS, Giugliani C. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed; 2014.

Pacagnella RC, Martinez EZ, Vieira EM. Validade de construto de uma versão em português do Female Sexual Function Index. Cad Saúde Pública 2009;25(11):2333-44. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009001100004 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009001100004

Hentschel H, Alberton DL, Capp E, Goldim JR, Passos EP. Validação do Female Sexual Function Index (FSFI) para uso em língua portuguesa. Rev HCPA 2007;27(1):10-4.

Patil I. ggstatsplot: “ggplot2” Based Plots with Statistical Details. CRAN [Internet]. 2018 [acessado em 01 dez. 2021]. Disponível em: https://CRAN.R-project.org/package=ggstatsplot DOI: https://doi.org/10.32614/CRAN.package.ggstatsplot

Allaire JJ. RStudio: integrated development environment for R [Internet]. Boston: RStudio; 2020 [acessado em 01 dez. 2021]. Disponível em: https://www.r-project.org/conferences/useR-2011/abstracts/180111-allairejj.pdf

R Core Team. R: A language and environment for statistical computing [Internet]. Vienna: R Foundation for Statistical Computing; 2020 [acessado em 01 dez. 2021]. Disponível em: https://www.R-project.org/

Pedro AO, Pinto Neto AM, Paiva LHSC, Osis MJ, Hardy E. Idade de ocorrência da menopausa natural em mulheres brasileiras: resultados de um inquérito populacional domiciliar. Cad Saúde Pública 2003;19(1):17-25. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000100003 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000100003

Lara LAS. Sexualidade, saúde sexual e Medicina Sexual: panorama atual. Rev Bras Ginecol Obstet 2009;31(12):583-5. https://doi.org/10.1590/S0100-72032009001200001

Chen CH, Lin YC, Chiu LH, Chu YH, Ruan FF, Liu WM, et al. Female sexual dysfunction: definition, classification, and debates. Taiwan J Obstet Gynecol. 2013;52(1):3-7. https://doi.org/10.1016/j.tjog.2013.01.002 DOI: https://doi.org/10.1016/j.tjog.2013.01.002

Crema IL, Tilio R, Campos MTA. Repercussões da menopausa para a sexualidade de idosas: revisão integrativa da literatura. Psicol Ciênc Prof 2017;37(3):753-69. https://doi.org/10.1590/1982-3703003422016 DOI: https://doi.org/10.1590/1982-3703003422016

Spark S, Lewis D, Vaisey A, Smyth E, Wood A, Temple-Smith M, et al. Using computer-assisted survey instruments instead of paper and pencil increased completeness of self-administered sexual behavior questionnaires. J Clin Epidemiol. 2015;68(1):94-101. https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2014.09.011 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2014.09.011

Meneghel SN, Andrade DP. Conversas entre mulheres durante o exame citopatológico. Saúde Soc 2019;28(2):174-86. https://doi.org/10.1590/S0104-12902019180700 DOI: https://doi.org/10.1590/s0104-12902019180700

Publicado

2024-10-19

Como Citar

1.
Bonsfield MV, Duailibi W de O, Lucio D de S. Disfunção sexual em mulheres na atenção primária de Florianópolis: um estudo transversal. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 19º de outubro de 2024 [citado 25º de outubro de 2024];19(46):3378. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3378

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit