Programa de controle do tabagismo em Mato Grosso do Sul

oferta, adesão e efetividade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc19(46)3565

Palavras-chave:

Prevenção do hábito de fumar, Atenção primária à saúde, Saúde da família, Abandono do hábito de fumar, Controle do tabagismo.

Resumo

Objetivo: O estudo teve por objetivo avaliar o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) em Mato Grosso do Sul, taxas de cobertura, abandono, cessação, uso de medicamentos, rede de serviços de saúde e as razões pelas quais algumas Equipes de Saúde da Família de Campo Grande ainda não aderiram ao programa. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, baseada em dados primários e secundários sobre o PNCT em Mato Grosso do Sul. Os dados primários foram obtidos por meio de questionário aplicado aos profissionais das Equipes de Saúde da Família (ESF) de Campo Grande, sem oferta do programa e avaliados quanto à frequência e presença de correlação entre as variáveis analisadas utilizando V de Cramer e teste de χ2. Os dados secundários foram obtidos do consolidado do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva com os registros produzidos pelos serviços. Resultados: As taxas de adesão, efetividade e apoio farmacológico na capital e interior foram: 66,80 e 59,79%; 20,58 e 34,91%; 32,14 e 99,86%, respectivamente. A oferta do programa ocorreu em 49,37% municípios e 43,85% das Unidades Básicas de Saúde (UBS) estimadas. Houve correlações entre ser capacitado e implantar o programa; treinamento de ingresso e oferta na UBS. As dificuldades relatadas pelos profissionais foram a pandemia de COVID-19, a sobrecarga e/ou equipe pequena e/ou falta de tempo e a ausência de capacitação/treinamento. Conclusões: O PNCT em Mato Grosso do Sul apresenta baixa cobertura e oferta restrita na rede de saúde, além do desempenho mediano de assistência aos tabagistas. Evidencia-se a necessidade de investimento em capacitação/treinamento, prioritariamente para as ESF de Campo Grande, dando-lhes condições de responder às necessidades de promoção da saúde, reconhecendo o programa como de maior custo-efetividade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Portaria Conjunta nº 10, de 16 de abril de 2020. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Tabagismo. Diário Oficial da União. 2020.

Drope J, Schluger NW, Cahn Z, Drope J, Hamill S, Islami F, et al. The tobacco atlas. American Cancer Society and Vital Strategies; 2018.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde. Percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal: Brasil e grandes regiões. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2020.

Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Abordagem e tratamento do fumante: consenso 2001. Rio de Janeiro: INCA; 2001.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 1.575, de 29 de agosto de 2002. Consolida o Programa Nacional de Controle de Tabagismo, e dá outras providências. Diário Oficial da União. 2002.

Portes LH, Machado CV, Turci SRB, Figueiredo VC, Cavalcante TM, Silva VLC. A política de controle do tabaco no Brasil: um balanço de 30 anos. Ciênc Saúde Colet. 2018;23(6):1837-48. https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.05202018 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.05202018

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 908, de 20 de abril de 2022. Dispõe sobre as diretrizes para a organização dos serviços e do cuidado à pessoa tabagista no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da alteração do Capítulo IV do Anexo IV da Portaria de Consolidação GM/MS nº 3, de 28 de setembro de 2017. Diário Oficial da União. 2022.

Cramér H. Mathematical methods of statistics. Princeton: Princeton University Press; 1946. 575 p.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030. Brasília: Ministério da Saúde; 2021.

Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Programa Nacional de Controle do Tabagismo. Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Câncer; 2019.

Meier DA, Vannuchi MT, Secco IA. Análise de indicadores de programa de controle do tabagismo em município do norte do paraná. Ciênc Cuidado Saúde. 2012;11(5):129-37. https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v11i5.17064 DOI: https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v11i5.17064

Mesquita AA. Avaliação de um programa de tratamento do tabagismo. Rev Bras Ter Comport Cogn. 2013;15(2):35-44. https://doi.org/10.31505/rbtcc.v15i2.601 DOI: https://doi.org/10.31505/rbtcc.v15i2.601

National Institute for Health and Clinical Excelence. National public health guidance 10: Smoking cessation services [Internet]. National Institute for Health and Clinical Excelence; 2008 [acessado em 4 ago. 2020]. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/ph10

Garcia LPRR, Borges MASR, Tavares SAO. Programa de Controle do Tabagismo em Goiás: Resultados do 3º Quadrimestre de 2017. Bol Epidemiol. 2019;20(1).

Wittkowski L, Dias CR. Avaliação dos resultados obtidos nos grupos de controle do tabagismo realizados numa unidade de saúde de Curitiba-PR. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2018;12(39):1-11. https://doi.org/10.5712/rbmfc12(39)1463 DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc12(39)1463

Paiva MR, Souza WA, Goyatá SL, Siqueira Júnior LM, Podestá MH, Ferreira EB. Grupo de apoio ao tabagista na estratégia de saúde da família: fatores de sucesso. Rev Univers Vale Rio Verde. 2017;15(2):436-48. https://doi.org/10.5892/ruvrd.v15i2.3249 DOI: https://doi.org/10.5892/ruvrd.v15i2.3249

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação na Saúde; 2018.

Carvalho CR. O Instituto Nacional do Câncer e o controle do tabagismo: uma análise da gestão federal do tratamento do tabagismo no SUS [Internet]. FIOCRUZ; 2009 [acessado em 4 ago. 2020]. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2323

Sarti TD, Lazarini WS, Fontenelle LF, Almeida AP. Qual o papel da Atenção Primária à Saúde diante da pandemia provocada pela COVID-19? Epidemiol Serv Saúde. 2020;29(2):e2020166. https://doi.org/10.5123/s1679-49742020000200024 DOI: https://doi.org/10.5123/S1679-49742020000200024

Medina MG, Giovanella L, Bousquat A, Mendonça MH, Aquino R. Atenção primária à saúde em tempos de COVID-19: o que fazer? Cad Saúde Pública. 2020;36(8):e00149720. https://doi.org/10.1590/0102-311x00149720 DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00149720

Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Minivídeos do Programa Nacional de Controle do Tabagismo [Internet]. Brasil: Ministério da Saúde; 2020 [acessado em 4 mar. 2022]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/programa-nacional-de-controle-do-tabagismo/tabagismo-e-coronavirus.

Trindade LD. Implicações de dois modelos assistenciais nas cargas de trabalho dos profissionais de saúde da atenção básica [tese online]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2011 [acessado em 20 ago. 2020]. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/130862

Publicado

2024-08-04

Como Citar

1.
Cordeiro NC de S, Marques M, Portes LH, Souza AS de. Programa de controle do tabagismo em Mato Grosso do Sul: oferta, adesão e efetividade. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 4º de agosto de 2024 [citado 21º de dezembro de 2024];19(46):3565. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3565

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit