Mulher mãe, mãe mulher: compreendendo experiências maternas no processo da amamentação

Maria Luiza Silva Percídio; Vivianny Carvalho Mendes de Macedo; Pedro Henrique Gonçalves Ferreira; Anne Caroline Rodrigues Queiroz; Willian Douglas Souza Faria; Pâmela Scarlatt Durães Oliveira

doi:10.5712/rbmfc20(47)3831

Autores

Maria Luiza Silva Percídio Universidade Estadual de Montes Claros – Montes Claros (MG), Brazil. https://orcid.org/0000-0003-2444-7096
Vivianny Carvalho Mendes de Macedo Universidade Estadual de Montes Claros – Montes Claros (MG), Brazil.
Pedro Henrique Gonçalves Ferreira Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brazil. https://orcid.org/0000-0003-4480-0061
Anne Caroline Rodrigues Queiroz Universidade Estadual de Montes Claros – Montes Claros (MG), Brazil.
Willian Douglas Souza Faria Universidade Estadual de Montes Claros – Montes Claros (MG), Brazil. https://orcid.org/0000-0003-3139-5837
Pâmela Scarlatt Durães Oliveira Universidade Estadual de Montes Claros – Montes Claros (MG), Brazil.

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc20(47)3831

Palavras-chave:

Poder familiar, Identidade de gênero, Aleitamento materno

Resumo

Introdução: A elaboração da identidade materna é um processo social de reconstrução da individualidade diante dos processos e das demandas sociais envolvidos no papel de mãe. A maternidade na sociedade contemporânea confere à mulher uma vocação a ser mãe e ao aleitamento, criando uma expectativa social de habilidade nata para esse desenvolvimento, sendo um processo intersubjetivo com potenciais desdobramentos psíquicos e sociais. Objetivo: Conhecer o processo de amamentar no contexto da maternidade contemporânea. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo realizado em um município de médio porte de Minas Gerais. A população foram mulheres com filhos menores de 2 anos de idade. A amostragem deu-se pela técnica de snowball. Para a coleta de dados, foi utilizado um roteiro de questões norteadas confeccionado pelas pesquisadoras, aplicado por meio de uma entrevista gravada. Resultados: A amostra avaliada neste estudo foi de 15 mães com idades de 26 a 35 anos. Em relação à escolaridade, a maioria apresentou ensino superior completo, mais que a metade expôs que possui renda acima de três salários mínimos, e pequena parcela teve parto cesariano, sendo na sua maioria parto vaginal. No geral as entrevistadas relataram ter uma prática positiva no processo de amamentar, apesar das dificuldades. As declarações mostram que alguns parceiros acompanharam o processo de amamentação e ajudaram de forma passiva ou ativa, porém o mais comum é a responsabilidade estar voltada para a mulher. Conclusões: As preocupações, tristezas e dificuldades na amamentação quando superadas geram sentimentos de satisfação e sucesso. É importante a mulher conhecer sobre aleitamento materno, além de terem o apoio e a compreensão de que precisam nesse processo. O estudo possibilitou aos profissionais repensarem sua prática a fim de desfocar os discursos do tecnicismo e voltar para o empoderamento feminino materno sobre a amamentação e seu próprio corpo.

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