As bordas teóricas da Abordagem Comunitária
uma revisão de escopo
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc19(46)4222Palavras-chave:
Revisão de Literatura, Atenção primária à saúde, Medicina de Família e Comunidade, Planejamento em Saúde Comunitária, Relações Comunidade-Instituição.Resumo
Introdução: Tanto a atenção primária enquanto nível de atenção em saúde como a medicina de família e comunidade (MFC) enquanto especialidade médica produzem cuidado direcionado ao indivíduo e orientado para família e comunidade. Apesar disso, o conceito de abordagem comunitária não possui um escopo definido e não é apresentado como área de produção do saber. Objetivo: O objetivo deste trabalho é revisar as variadas definições acerca da natureza deste conceito e definir as suas fronteiras teóricas. Métodos: Através da revisão de escopo utilizando o roteiro PRISMA for Scoping Reviews, pesquisou-se o termo “abordagem comunitária” na literatura. Após a leitura dos textos contendo este conceito, analisou-se os diversos significados empregados à expressão “abordagem comunitária”. Os resultados foram organizados de acordo com suas semelhanças semânticas. Resultados: Foram selecionados 25 trabalhos, e nestes, o conceito estudado é apresentado como semelhante a: modelo de assistência à saúde; ferramentas de trabalho na APS; modelo de organização do processo de trabalho; competência da APS; competência da MFC; educação em saúde; atributo da APS. Além disso, somente cinco trabalhos trazem uma definição direta do termo. Conclusões: Podemos reconhecer que a abordagem comunitária é estruturante da MFC e não se atém ao paradigma biotécnico. É uma tecnologia relacional de aproximação do profissional de saúde com a pessoa, família ou comunidade que está sob sua responsabilidade sanitária, e que, com ferramentas próprias desta tecnologia, intervém como facilitador da promoção de saúde e cidadania e da garantia de direitos, cooperando para que a comunidade tenha capacidade de intervir criativamente em si mesma com o objetivo de emancipação comunitária.
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