Acurácia de testes diagnósticos e de rastreio de depressão na Atenção Primária à Saúde

Autores

  • Mariana Faleiros Carvalho Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Uberaba (MG), Brasil. https://orcid.org/0009-0005-2081-6140
  • Pedro Henrique Gontijo de Souza Universidade de Uberaba – Uberaba (MG), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1471-4106
  • Henrique Brito Arantes Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Uberaba (MG), Brasil.
  • Marcela Ferreira Fernandes Universidade de Uberaba – Uberaba (MG), Brasil.
  • Vinicius dos Santos Sguerri Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Uberaba (MG), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3239-2825

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc19(46)4235

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Epidemiologia, Depressão, Rastreamento.

Resumo

Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS), no primeiro nível da Rede de Atenção à Saúde (RAS), é fundamental para a promoção da saúde e da reabilitação. Dada a prevalência crescente do transtorno depressivo maior, um desafio significativo na APS é o seu diagnóstico precoce e eficaz. Objetivo: Este estudo visou avaliar a acurácia de ferramentas de rastreamento para depressão, aprovadas na APS do Brasil, destacando sua importância na identificação precoce do transtorno depressivo maior com maior precisão, um passo crucial para intervenções efetivas e melhor qualidade de vida dos pacientes. Métodos: Este estudo descritivo utilizou-se de uma revisão de escopo em bases como a da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed e Scientific Eletronic Library Online (SciELO), de agosto a dezembro de 2023. Foram selecionadas pesquisas desde 2010, direcionadas a adultos, excluindo estudos hospitalares, oncológicos ou sem validação no Brasil. Os critérios de inclusão e exclusão foram rigorosamente aplicados para garantir a relevância e a qualidade dos estudos analisados, com uma avaliação especial para a validade e a confiabilidade dos dados reportados. Resultados: A análise revelou que os questionários de rastreamento para depressão são aplicáveis tanto em estratégias populacionais quanto individuais na APS. As ferramentas variaram em sensibilidade e especificidade, indicando a necessidade de seleção cuidadosa do instrumento conforme o contexto clínico. O diagnóstico precoce de transtornos depressivos permite a implementação de intervenções preventivas e tratamentos ajustados à gravidade do transtorno. Essa abordagem personalizada promove um manejo mais eficaz da depressão, contribuindo para a remissão precoce e a redução da gravidade dos sintomas. Conclusões: Os questionários validados, como o Patient Health Questionaire-2 (PHQ-2), o Patient Health Questionaire-9 (PHQ-9), o Beck Depression Inventory II (BDI-II) e o Major Depression Inventory (MDI), mostraram eficácia no diagnóstico oportuno de sintomas depressivos na APS brasileira. Sua aplicabilidade prática otimiza consultas e facilita o trabalho dos profissionais de saúde. A detecção de sintomas subclínicos permite intervenções precoces e personalizadas, destacando a importância do diagnóstico precoce e do cuidado centrado no paciente. Esses resultados reforçam a necessidade de contínuo desenvolvimento e validação de ferramentas de rastreio na APS, abrindo caminho para futuras pesquisas e melhorias na saúde mental pública.

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Publicado

2024-12-10

Como Citar

1.
Carvalho MF, Souza PHG de, Arantes HB, Fernandes MF, Sguerri V dos S. Acurácia de testes diagnósticos e de rastreio de depressão na Atenção Primária à Saúde. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 10º de dezembro de 2024 [citado 15º de dezembro de 2024];19(46):4235. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/4235

Edição

Seção

Especial Residência Médica

Plaudit