Qualidade de vida, perfil sociodemográfico e autopercepção de saúde em idosos assistidos na atenção primária à saúde
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc20(47)4747Palavras-chave:
Qualidade de vida, Idoso, Saúde do idoso, Fatores socioeconômicosResumo
Introdução: À medida que o indivíduo envelhece, a qualidade de vida (QV) está intimamente relacionada às características pessoais, ao meio em que está inserido, à capacidade de manter relacionamentos, à habitação, à segurança financeira e a uma autopercepção positiva de saúde. Objetivo: Analisar a associação entre o perfil sociodemográfico, a autopercepção de saúde e a QV entre idosos atendidos na atenção primária à saúde. Metódos: Trata-se de um inquérito domiciliar conduzido em 2024 com uma amostra de 306 idosos usuários de uma unidade básica de saúde (UBS), no estado do Paraná, Brasil. Variáveis sociodemográficas (sexo, estado civil, renda e ocupação) foram avaliadas por meio de questionário estruturado, além das escalas WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD. A análise dos dados foi realizada por meio do software Statistical Package for the Social Sciences, versão 25.0. Para a análise inferencial, utilizaram-se os testes t de Student (para dois grupos) e one-way analysis of variance (ANOVA), seguidos do teste post hoc de Tukey (para mais de dois grupos). Adotou-se nível de significância de p<0,05. Resultados: Dos 306 idosos participantes, 53,6% relataram ter saúde regular. As mulheres apresentaram pior percepção de saúde, enquanto os homens obtiveram maior média na faceta de funcionamento sensorial. Em relação ao estado civil, aqueles com companheiros apresentaram melhores escores no domínio psicológico. A boa autopercepção de saúde esteve positivamente associada a todas as facetas e domínios da qualidade de vida. Conclusões: Idosos do sexo masculino, casados ou com companheiro, com renda superior a dois salários mínimos, ativos no mercado de trabalho, independentes e com boa autopercepção de saúde apresentaram melhor QV.
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