Um dos maiores programa de práticas integrativas e complementares da América Latina: São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc7(1)507Resumo
No Município de São Paulo se desenvolve um amplo programa de recuperação da saúde e promoção da saúde com praticas integrativas e medicinas tradicionais. Estas práticas têm sido incorporadas pela SMS/SUS do município de São Paulo, desde 1991, com interrupção da implantação do programa em 1993 e retomada do programa em 2001. Desde então o programa vem sendo construído sempre com caráter multiprofissional, objetivando o enfrentamento de problemas de saúde pública de grande relevância, com ênfase na questão das doenças crônico-degenerativas incluindo os transtornos mentais e reforçando as políticas de humanização dos serviços de saúde. Atualmente o programa incorpora as modalidades de homeopatia, acupuntura, fitoterapia, plantas medicinais, práticas corporais e meditativas das medicinas tradicionais e atividades físicas. Existem ainda algumas atividades no âmbito da alimentação saudável e a possibilidade de incluirmos outras modalidades. O Programa se estrutura com base em legislação e recomendações internacionais (Organização Mundial da Saúde), nacionais (Ministério da Saúde) e municipal. As modalidades mais difundidas estão agrupadas no subprograma práticas corporais, meditativas e atividades físicas com cerca de 2.600 atividades grupais semanais e 1.500 instrutores. Os grupos de práticas corporais e meditativas das medicinas tradicionais e de atividades físicas são desenvolvidas em cerca de 447 unidades de saúde. Abaixo um resumos com os dados numéricos das Praticas Corporais, Meditativas e Atividades Físicas realizadas atualmente na SMS:
Unidades de saúde com processos grupais na semana com PCM e AF: 499 (85%)
- Nº de Instrutores: 1.575
- Nº de Grupos: 2.610
- Nº de participantes: 46.706
Na sequencia a caracterização dos referidos grupos:
Os dados acima expressam a alta adesão, tanto dos profissionais de saúde, como dos usuários do serviço às referidas modalidades de promoção da saúde. As pesquisas, inclusive aquelas realizadas no âmbito da SMS/SP (ver a publicação “Caderno Técnico DANT/CAEPS Pesquisa em serviço”), apontam que os resultados dos grupos das práticas em questão são amplamente favoráveis, com melhora na qualidade de vida, de sintomas e sinais, redução do uso de medicamentos, contribuição para a adoção de outros hábitos saudáveis e grande segurança quanto à ocorrência de reações adversas. A concretização de políticas públicas que possam contribuir para a redução dos efeitos adversos dos tratamentos e da dependência de fármacos, assim como compor o leque de ações de promoção da saúde e prevenção, particularmente no âmbito das Doenças e Agravos não Transmissíveis por meio do auto-conhecimento, redução do sedentarismo, incentivo da alimentação saudável e outros hábitos, para sua consolidação e garantia de qualidade dos serviços, requer um forte empenho político, técnico e organizacional e uma efetiva responsabilidade compartilhada pelas áreas afins.
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Referências
Ministério da Saúde. Portaria 971 de 03 de maio de 2006.in: Diário Oficial da União.p. 20-25, seção 1. Brasília: O4 de maio de 2006.
Organização Mundial da Saúde.Estrategia de la OMS sobre medicina tradicional 2002–2005. Genebra:2002.
Organização Mundial de Saúde. Estratégia Global em Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde(aprovado pela resolução wha57.17). 57ª Assembléia Mundial de Saúdede 22 de maio de 2004.
Prefeitura do Município de São Paulo: Secretaria Municipal da Saúde. Capacitação em avaliação da efetividade das ações de promoção da saúde em doenças e agravos não transmissíveis.In:Caderno Técnico CAEPS – DANT. São Paulo: COVISA; set. de 2009.
Prefeitura do Município de São Paulo. Lei Nº 14.682 de 30 de janeiro de 2008. In: Diário Oficial da Cidade de São Paulo, ano 53, n. 20, fl1. São Paulo: 31 de Janeiro de 2008.
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