Tendência de classificação no Capítulo Z da CIAP-2 entre 2006 e 2011 em um centro de saúde de Medicina Familiar em Coimbra, Portugal
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc8(27)639Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Medicina de Família e Comunidade, Classificação, Cuidado Periódico, Iniquidade Social, Classificação Internacional de Doenças, CIAP, Classificação Internacional de Atenção PrimáriaResumo
Objetivo: Estudar a tendência evolutiva da classificação com a CIAP-2 no Capítulo Z, no período de 2006 a 2011 quanto a: variação de frequência do número total de componentes de sinais e sintomas; volume de “classificação ajustada à população” e, através da coleta de informação SOAP, quais dos seus componentes foram mais frequentemente registrados nos campos Subjetivo (S) e Avaliação (A). Métodos: Estudo transversal, observacional e descritivo dos registros eletrônicos efetuados por todos os médicos na plataforma Serviço de Apoio ao Médico (SAM) utilizando a ferramenta de coleta de dados (SAM-Estatísticas) em agosto de 2012 em um centro de saúde em Coimbra, região central de Portugal. O volume de codificação foi estudado em código/1.000 hab./dia, tendo como base de cálculo a metade de cada ano estudado. Foram selecionados os seis códigos mais frequentes de cada ano. Resultados: Verificou-se uma dinâmica de crescimento positivo nos componentes registrados nos campos Subjetivo e Avaliação entre 2006 e 2011, tanto no número total de códigos (S:+4,83 e A:+6,44) e volume de codificação – código/1.000 hab./dia (S:+4,40 e A:+6,44) como na percentagem de diferentes componentes de sinais e sintomas do Capítulo Z (S:+0,30; A:+0,56). Conclusão: Entre 2006 e 2011 verificou-se uma dinâmica de crescimento positivo na classificação no Capítulo Z da CIAP-2 que foi mais importante no campo Avaliação e nos tipos de componente. O desenvolvimento profissional e a educação médica continuada são necessários para melhorar o desempenho na tarefa de classificar e registrar adequadamente, bem como no criterioso registro das anotações clínicas feitas na consulta, evitando perda de informação clínica.
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