Sinais e sintomas relacionados à baixa acuidade visual em escolares do nordeste do Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc3(9)81Palavras-chave:
Acuidade visual, Saúde Escolar, Manifestações OcularesResumo
O objetivo do estudo foi associar os principais sinais e sintomas oculares da infância com a baixa acuidade visual em escolares do nordeste do Rio Grande do Sul. Durante o Projeto Saúde é Cidadania/Ação Comunitária, do período de março a setembro de 2006, foi realizado com 338 escolares de quatro a 15 anos, os quais chegaram ao serviço de forma livre e espontânea o teste de acuidade visual com a tabela de Snellen e um questionário indagando: a presença de dificuldade para ver o quadro; cefaléia; dor; vermelhidão ou prurido ocular. Foi considerado parâmetro para a baixa acuidade visual aquela menor ou igual a 20/20 em ambos os olhos. A estatística foi realizada pelo teste do qui-quadrado e o cálculo da sensibilidade (s), especificidade (e), valor preditivo positivo (vpp) e likelihood ratio + (lr+). Foi estatisticamente significativa a relação entre a baixa acuidade visual com a dificuldade para enxergar o quadro na escola (p<0,001, s=26%, e=93%, vpp=51%, lr+=3,7) e com a dor ocular (p=0,002, s=23%, e= 90%, vpp=38%, lr+=2,3). Não foi estatisticamente significativa a relação entre a baixa acuidade visual e a cefaléia (p=0,3, s=26%, e=79%, vpp=24%, lr+=1,2), prurido ocular (p=0,06, s=26%, e=83%, vpp=28%, lr+=1,5) e vermelhidão ocular (p=0,8, s=11%, e=88%, vpp=21%, lr+=0,9). A relação da presença de pelo menos uma dessas queixas com a baixa acuidade visual foi significativa (p=0,004, s=58%, e=60%, vpp=27%, lr+=1,4). Crianças em idade escolar com dificuldade em enxergar o quadro ou dor ocular têm uma probabilidade maior de possuírem baixa acuidade visual, enquanto crianças com cefaléia, vermelhidão ou prurido ocular não fazem parte dessa associação.
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