Perfil nutricional de usuários do Programa HIPERDIA em Ananindeua, Pará, Brasil

Autores

  • Bruna Ranyelle de Marinho Sousa Universidade Federal do Pará (UFPA). Belém, PA.
  • Domitila Pereira Blanco Vieira Universidade Federal do Pará (UFPA). Belém, PA.
  • Isameriliam Rosaúlem Pereira Silva Universidade Federal do Pará (UFPA). Belém, PA.
  • Tainá Pinheiro Braga Universidade Federal do Pará (UFPA). Belém, PA.
  • Giselle Cristina dos Santos Burçãos Prefeitura Municipal de Ananindeua. Ananindeua, PA.
  • Claudia Daniele Tavares Dutra Universidade Federal do Pará (UFPA). Belém, PA.
  • Carla Andréa Avelar Pires Universidade Federal do Pará (UFPA). Belém, PA.

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc8(28)500

Palavras-chave:

Obesidade, Nutrição em Saúde Pública, Hipertensão, Diabetes Mellitus

Resumo

Objetivo: Investigar o perfil nutricional, conhecer os hábitos alimentares de pacientes do programa HIPERDIA e contribuir para a discussão sobre medidas preventivas e a promoção da saúde na atenção primária. Métodos: Durante o período de agosto de 2011 a fevereiro de 2012, alunos e preceptores do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) da Universidade Federal do Pará entrevistaram 125 indivíduos hipertensos e/ou diabéticos, cadastrados na Estratégia Saúde da Família do “Jardim Florestal” e “Mururé”, no município de Ananindeua, Pará. Foi utilizado questionário estruturado previamente elaborado, contendo perguntas sobre o perfil socioeconômico, dados clínicos e hábitos/estilos de vida referentes à alimentação. Resultados: Entre os entrevistados, 65,6% eram diabéticos e 84,8% hipertensos. A maioria (81,6%) dos entrevistados informou estar fazendo alguma dieta ou cuidado com a alimentação para auxiliar no controle da hipertensão arterial ou do diabetes mellitus, havendo, de acordo com eles, a redução principalmente de sal, gordura e açúcar. O sobrepeso (IMC acima de 24,9kg/m²) foi um fator predominante na população, atingindo 73,6% dos entrevistados. Conclusão: Verificou-se que os entrevistados não estavam desempenhando um cuidado adequado com a alimentação. Nesse contexto, torna-se necessário melhorar o acompanhamento nutricional, bem como implementar medidas preventivas socioeducativas para controlar as doenças crônicas não transmissíveis, beneficiando assim a qualidade de vida das pessoas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Elias MC, Bolívar MSM, Fonseca FAH, Martinez TLR, Angelini J, Ferreira C, et al. Comparação do perfil lipídico, pressão arterial e aspectos nutricionais em adolescentes, filhos de hipertensos e de normotensos. Arq Bras Cardiol. 2004; 82(2): 139-42. http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2004000200005

Sichieri R, Coitinho DC, Monteiro JB, Coutinho WF. Recomendações de alimentação e nutrição saudável para a população brasileira. Arq Bras Endocrinol Metab. 2000 Jun; 44(3): 227-32. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302000000300007

Freitas OC, Carvalho FR, Neves JM, Veludo PK, Parreira RS, Gonçalves RM, et al. Prevalence of Hypertension in the urban population of Catanduva, in the state of São Paulo, Brazil. Arq Bras Cardiol. 2001 Jul; 77: 16-21. http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2001000700002

Molina MCB, Cunha RS, Herkenhoff LF, Mill JG. Hipertensão arterial e consumo de sal em população urbana. Rev Saúde Pública. 2003; 37(6): 743-50.

Portero KCC, Motta DG, Campino AAC. Abordagem econômica e fluxograma do atendimento a pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 na rede pública de saúde de um município paulista. Saúde Rev. 2003; 5(11): 35-42.

Burnet DL, Cooper AJ, Drum ML, Lipton RB. Risk factor for mortality in a diverse cohort of patients with childhood-onset diabetes in Chicago. Diabetes Care. 2007; 30(10): 2559-63. http://dx.doi.org/10.2337/dc07-0216

Brasil. Departamento de Atenção Básica, Secretaria de Políticas de Saúde. Programa Saúde da Família. Rev Saúde Pública. 2000; 34: 316.

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa - ABEP. Critério de Classificação Econômica Brasil. São Paulo; 2011 [online]. [acesso em 2011

Jun 15]. Disponível em: http://www.abep.org/novo/Content.aspx?ContentID=302

World Health Organization - WHO. Diet, nutrition, and the prevention of chronic diseases. Geneva: World Health Organization; 1990. (WHO Technical Report Series 797).

Brasil. Ministério da Saúde. Guia Alimentar da População Brasileira. Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição – CGAN. [acesso em 2011 Jun 15]. Disponível em: http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_bolso.pdf

Organização Mundial da Saúde - OMS. Prevenção de doenças crônicas: um investimento vital. Brasília: Organização Mundial da Saúde; 2005.

Instituto Brasileiro Geografia E Estatística - IBGE. POF 2008-2009: desnutrição cai e peso das crianças brasileiras ultrapassa padrão internacional. 27 Ago 2010. [acesso em 2012 Mar 14]. Disponível em: http://www.ibge.gov.br

Brasil. Ministério da Saúde. 10 passos para a alimentação saudável. [acesso em 2012 Mar 16]. Disponível em: 189.28.128.100/nutricao/docs/geral/10passosAdultos.pdf

Oliveira MC, Sichieri R. Fracionamento das refeições e colesterol sérico em mulheres com dieta adicionada de frutas ou fibras. Rev Nutr. 2004; 17(4): 449-59. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732004000400005

Stella RH. Jantar balanceado deixa seu metabolismo mais rápido. 2009 [online] [acesso em 2012 Mar 16] Disponível em: http://www.minhavida.com.br

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. [acesso em 2012 Mar 09] Disponível em: https://www.fao.org.br/

Vilarta R, Sonati JG, organizadores. Diagnóstico da Alimentação Saudável e Atividade Física na Fundação de Desenvolvimento da Unicamp. Campinas: IPES Editorial; 2007. 95 p.

Brasil. Ministério da Saúde. Ministério da Pesca e Agricultura. Inclua pescado na sua alimentação. É gostoso e faz bem para a saúde. [acesso 2012 Mar 09] Disponível em: http://portal.saude.gov.br/saude/campanha/semana_peixe_cartilha_090911.pdf

Cerdeira RGP, Ruffino ML, Isaac VJ. Consumo de Pescado e Outros Alimentos pela População Ribeirinha do Lago Grande de Monte Alegre, PA-Brasil. Acta Amazonica 1997; 27(3): 213-228.

Isaac VJ, Braga TMP. Rejeição de Pescado nas Pescarias da Região Norte do Brasil. Arq. Ciên. Mar 1999; 32: 39-54.

Silva RS. Carne vermelha não é vilã da dieta. 2007. [acesso 2012 Mar 09] Disponível em: http://cyberdiet.terra.com.br/carne-vermelha-nao-e-vila-da-dieta-2-1-1-530.html

Carne Vermelha versus Carne Branca Saúde & Qualidade de Vida - Saúde & Nutrição. RgNutri. [acesso em 2012 Mar 9] Disponível em: http://www.rgnutri.com.br/sqv/saude/cvcb.php

Frazão P, Naveira M. Fatores associados à baixa densidade mineral óssea em mulheres brancas. Rev Saúde Pública. 2007; 41(5): 740-48. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102007000500008

Martini LA, Wood RJ. Ingestão de leite e risco de diabetes melito tipo 2, hipertensão e câncer de próstata. ArqBrasEndocrinolMetab. 2009 Jul; 53(5): 688-694. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302009000500021

Rombaldi AJ, Neutzling MB, Silva MC, Azevedo MR, Hallal PC. Fatores associados ao consumo regular de refrigerante não dietético em adultos de Pelotas, RS. Rev Saúde Pública. 2011; 45(2): 382-90. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102011005000009

Mourão DM, Bressan J. Influência de Alimentos Líquidos e Sólidos no Controle do Apetite. Rev Nutr. 2009; 22(4): 537-547. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732009000400009

DiMeglio DP, Mattes RD. Liquid versus solid carbohydrate: effects on food intake and body weight. Int J Obes Relat Metab Disord. 2000; 24(6): 794-800. http://dx.doi.org/10.1038/sj.ijo.0801229

Philippi, Sônia Tucunduva. Nutrição e técnica dietética. Barueri: Manole; 2006. 402 p.

Carmo MB, Toral N, Silva MV, Slater B. Consumo de doces, refrigerantes e bebidas com adição de açúcar entre adolescentes da rede pública de ensino de Piracicaba, São Paulo. Rev Bras Epidemiol. 2006 Mar; 9(1): 121-130. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2006000100015

Piati J, Felicetti CR, Lopes AC. Perfil Nutricional de Hipertensos Acompanhados pelo Hiperdia em Unidade Básica de Saúde de Cidade Paranaense. Rev Bras Hipertens. 2009; 16(2): 123-129.

Damiani D, Carvalho DP, Oliveira RG. Obesidade na infância – um grande desafio! Pediatr Mod. 2000; 36(8).

Cabrera MAS, Jacob W Fº. Obesidade em idosos: prevalência, distribuição e associação com hábitos e co-morbidades. Arq Bras Endocrinol Metab. 2001; 45(5).

Cotta RMM, Reis RS, Batista KCS, Dias G, Alfenas RCG, Castro FAF. Hábitos e práticas alimentares de hipertensos e diabéticos: repensando o cuidado a partir da atenção primária. Rev Nutr. 2009; 22(6): 823-835.

Kac G, Velásquez-Meléndez G, Coelho MASC. Fatores associados à obesidade abdominal em mulheres em idade reprodutiva. Rev Saúde Pública. 2001; 35(1): 46-51. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102001000100007

Esteves EA, Ávila MVP, Almeida FZ. Ingestão calórica e relações entre ingestão e variáveis de adiposidade em mulheres adultas. Alim Nutr Araraquara. 2010 Out-Dez; 21(4).

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009: antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil: análise dos resultados. [acesso 2012 Mar 10] Disponível em: http://www.ibge.gov.br

Downloads

Publicado

2013-07-25

Como Citar

1.
Sousa BR de M, Vieira DPB, Silva IRP, Braga TP, Burçãos GC dos S, Dutra CDT, Pires CAA. Perfil nutricional de usuários do Programa HIPERDIA em Ananindeua, Pará, Brasil. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 25º de julho de 2013 [citado 15º de novembro de 2024];8(28):187-95. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/rbmfc8%2828%29500

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit