Associação do risco familiar com saúde bucal, qualidade de vida e variáveis socioeconômicas

Autores

  • Fabio Antonio Villa Nova Secretaria Municipal de Saúde de Tatuí. Tatuí, SP
  • Gláucia Maria Bovi Ambrosano Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-UNICAMP). Piracicaba, SP
  • Stela Márcia Pereira Universidade Federal de Lavras (UFLA). Lavras, MG
  • Antonio Carlos Pereira Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-UNICAMP). Piracicaba, SP
  • Marcelo de Castro Meneghin Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-UNICAMP). Piracicaba, SP

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc10(34)970

Palavras-chave:

Saúde Bucal, Qualidade de Vida, Fatores Socioeconômicos, Estratégia Saúde da Família

Resumo

Objetivo: avaliar a relação do risco familiar com saúde bucal, qualidade de vida e variáveis socioeconômicas. Métodos: estudo observacional transversal com 311 indivíduos com idade entre 18 e 71 anos, residentes na área de abrangência de quatro unidades de saúde da família (USF), localizadas em dois municípios do estado de São Paulo. Os voluntários foram avaliados de acordo com: (1) situação clínica (CPO-D e necessidade de tratamento), (2) autopercepção de saúde bucal (OHIP-14), (3) qualidade de vida (WHOQOL-BREF), e (4) condição socioeconômica. Para avaliar o risco familiar, utilizou-se a Escala de Coelho. Os dados foram analisados por meio de modelo multinível formado por componentes fixos (representados pelas variáveis estudadas) e componentes aleatórios (representados pelos bairros e pelas variâncias nos diferentes níveis). Resultados: a média de idade dos participantes foi de 36,7 anos (dp=13), com CPO-D médio de 12,9 (dp=7,0). A média da Escala de Risco de Coelho entre os voluntários foi de 2,67 com erro padrão de 0,32. Apresentaram maior escore de risco total os indivíduos de maior idade (p=0,0486), que moravam em casas com mais residentes (p<0,001), com menos anos de escolaridade (p=0,0137), que não possuíam automóvel (p=0,0048) e com maior escore de OHIP-14 (p=0,0130). Conclusão: a escala de risco familiar associou-se positivamente às variáveis socioeconômicas, e os indivíduos com maior risco familiar apresentaram pior autopercepção da saúde bucal, mas não percebiam uma pior qualidade de vida em geral.

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Biografia do Autor

Fabio Antonio Villa Nova, Secretaria Municipal de Saúde de Tatuí. Tatuí, SP

Cirurgião Dentista

Especialista em periodontia, saúde coletiva e implantes

Mestre em saúde coletiva

Gláucia Maria Bovi Ambrosano, Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-UNICAMP). Piracicaba, SP

Engenheira agrônoma

Profª Titular de Bioestatística FOP-UNICAMP do departamento de odontologia social

Stela Márcia Pereira, Universidade Federal de Lavras (UFLA). Lavras, MG

Cirurgiã Dentista

Pesquisadora Colaboradora FOP-UNICAMP

Profª Adjunta da Universidade Federal de Lavras

Antonio Carlos Pereira, Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-UNICAMP). Piracicaba, SP

Cirurgião dentista

Professor Titular da FOP-UNICAMP do departamento de Odontologia Social

Marcelo de Castro Meneghin, Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-UNICAMP). Piracicaba, SP

Cirurgião dentista

Professor Associado da FOP-UNICAMP do departamento de Odontologia Social.

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Publicado

2015-03-31

Como Citar

1.
Villa Nova FA, Ambrosano GMB, Pereira SM, Pereira AC, Meneghin M de C. Associação do risco familiar com saúde bucal, qualidade de vida e variáveis socioeconômicas. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 31º de março de 2015 [citado 16º de abril de 2024];10(34):1-9. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/970

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit