Programa Médicos pelo Brasil: inovação ou continuidade?
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc14(41)2162Palavras-chave:
Política de Saúde, Atenção Primária à Saúde, Consórcios de Saúde, Reorganização de Recursos HumanosResumo
Apesar do lançamento do Programa Médicos pelo Brasil (PMB) alardear a ideia de inovação, este artigo evidencia o processo de continuidade do programa atual em relação ao Programa Mais Médicos (PMM). O PMB se estrutura nos acertos do PMM para montar o seu arcabouço de funcionamento e tenta superar problemas existentes no programa anterior. A principal proposta do PMB é a carreira médica para atuação na Atenção Primária à Saúde (APS), sem, no entanto, apresentar outros elementos importantes para a fixação profissional. Desta forma, apresenta-se como uma política mais frágil que seu antecessor, com foco apenas no provimento de médicos, correndo o risco de não atingir os objetivos a que se propôs enquanto política pública. Além disso, através da proposta de criação da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), o programa abre margem para a privatização dos serviços de APS e do Sistema Único de Saúde como um todo.
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