Avaliação da satisfação e resolubilidade da plataforma telessaúde redes no estado do Pará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc16(43)2411Palavras-chave:
Telemedicina, Telemonitoramento, Atenção Primária à SaúdeResumo
Introdução: As tecnologias da informação modernizaram diversos ramos de atuação humana, inclusive a medicina. Nesse contexto, surge a telemedicina como um avanço das tecnologias de comunicação aplicadas nessa área. No Brasil, o Telessaúde é uma ferramenta da telemedicina a serviço da saúde pública e funciona com o propósito de elevar a resolubilidade da Atenção Primária à Saúde (APS). No Pará, Norte do Brasil, o núcleo Telessaúde presta assistência aos 144 municípios do estado. Objetivo: Avaliar a resolubilidade dos casos enviados por teleconsultorias e a satisfação dos profissionais solicitantes no Telessaúde Redes Núcleo Pará, de 2015 a 2019. Métodos: Foi realizado um estudo observacional, transversal e quantitativo de série histórica, no qual se consultou a plataforma Telessaúde para verificação dos dados sobre resolubilidade, satisfação profissional e status de utilização do serviço, com base em perguntas geradas automaticamente na plataforma. Resultados: Verificou-se que a resolubilidade variou ao longo dos anos com 45,6 a 70% de referenciamentos evitados, demonstrando-se relativamente pouco variável. Já a satisfação dos profissionais usuários demonstrou-se elevada, variando de 77,9 a 95,45%, estando os solicitantes majoritariamente “satisfeitos” ou “muito satisfeitos” com o serviço. Conclusões: Os dados sugerem a relevância do programa no que tange ao apoio à APS, com efeitos diversos na saúde pública.
Downloads
Métricas
Referências
(1) Organização Mundial de Saúde. Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde. Declaração de Alma-Ata. Alma-Ata, URSS, 6-12 de setembro de 1978. Disponível em: https://web.archive.org/web/20090419121612/http://www.opas.org.br/coletiva/uploadArq/Alma-Ata.pdf
(2) Brasil. Ministério da Saúde. 8a Conferência Nacional de Saúde. Brasília: Centro de Documentação do Ministério da Saúde; 1986. Disponível em: http://www.ccs.saude.gov.br/cns/pdfs/8conferencia/8conf_nac_anais.pdf
(3) Mayema MA, Jasper CH, Nilson LG, Dolny LL, Cutolo LRA. Health promotion as technology for social transformation. Revista Brasileira de Tecnologias Sociais 2015;2(2):129-43. https://doi.org/10.14210/rbts.v2.n2.p129-143 DOI: https://doi.org/10.14210/rbts.v2n2.p129-143
(4) Whitten P, Holtz B. Provider utilization of telemedicine: the elephant in the room. Telemed J E Health 2008;14(9):995-7. https://doi.org/10.1089/tmj.2008.0126 DOI: https://doi.org/10.1089/tmj.2008.0126
(5) Wootton R. Telemedicine support for the developing world. J Telemed Telecare 2008;14 (3):109-14. https://doi.org/10.1258/jtt.2008.003001 DOI: https://doi.org/10.1258/jtt.2008.003001
(6) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Telessaúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2007.
(7) Brasil. Ministério da Saúde. Programa Telessaúde Brasil para apoio à Estratégia de Saúde da Família no Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.
(8) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Apresentação da produção de atividades dos Núcleos de Telessaúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.
(9) Forbes RC, Rybacki DB, Johnson TB, Hannah-Gillis A, Shaffer D, Hale DA. A cost comparison for telehealth utilization in the kidney transplant waitlist evaluation process. Transplantation 2018;102(2):279-83. https://doi.org/10.1097/TP.0000000000001903 DOI: https://doi.org/10.1097/TP.0000000000001903
(10) Fragidis LL, Chatzoglou PD. Implementation of a nationwide electronic health record (EHR). Int J Health Care Qual Assur 2018;31(2):116-30. https://doi.org/10.1108/IJHCQA-09-2016-0136 DOI: https://doi.org/10.1108/IJHCQA-09-2016-0136
(11) Hofmeyer J, Leider JP, Satorius J, Tanenbaum E, Basel D, Knudson A. Implementation of telemedicine consultation to assess unplanned transfers in rural long-term care facilities, 2012–2015: a pilot study. J Am Med Dir Assoc 2016;17(11):1006-10. https://doi.org/10.1016/j.jamda.2016.06.014 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jamda.2016.06.014
(12) Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de informática do Sistema Único de Saúde. Informações de saúde, epidemiológicas e morbidade: banco de dados. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.
(13) Organizacion Panamericana de la Salud. Informe Dawson sobre el futuro de los servicios médicos y afines, 1920. Washington: Organizacion Panamericana de la Salud; 1964. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/1133/42178.pdf?sequence=1&isAllowed=y
(14) Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde; 2002. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/0253.pdf
(15) Brasil. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Asuntos Jurídicos. Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
(16) Harzheim E, Gonçalves MR, Umpierre RN, Siqueira ACS, Katz N, Agostinho MR, et al. Telehealth in Rio Grande do Sul, Brazil: bridging the gaps. Telemed J E Health 2016;22(11):938-44. https://doi.org/10.1089/tmj.2015.0210 DOI: https://doi.org/10.1089/tmj.2015.0210
(17) Godoy SCB, Guimarães EMP, Assis DSS. Avaliação da capacitação dos enfermeiros em unidades básicas de saúde por meio da telenfermagem. Esc Anna Nery 2014;18(1):148-55. http://doi.org/10.5935/1414-8145.20140022 DOI: https://doi.org/10.5935/1414-8145.20140022
(18) Castro Filho ED, Harzheim E, Schmitz CAA, Siqueira AC. Telessaúde para atenção primária. In: Gusso G, Lopes, JMC (orgs.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed; 2012. p. 395-403.
(19) Schmitz CAA. Telessaúde como suporte assistencial para a Atenção Primária à Saúde no Brasil [tese de doutorado]. Rio Grande do Sul: Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2015.
(20) Barbosa AF. Banda larga no Brasil: um estudo sobre a evolução do acesso e da qualidade das conexões à internet. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil; 2018.
(21) Fernandes MM. Desenvolvimento de modelo de gestão de tecnologias no Instituto Nacional de Câncer [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; 2009.
(22) Maeyama MA, Calvo MCM. The Integration of telehealth in regulation centrals: the teleconsulting as a mediator between primary care and specialized care. Rev Bras Educ Med 2018;42(2):63-72. http://doi.org/10.1590/1981-52712015v42n2rb20170125 DOI: https://doi.org/10.1590/1981-52712015v42n2rb20170125
(23) Mendes EV. A construção social da atenção da Atenção Primária à saúde. Brasília: Conselho Nacional de Secretários de Saúde; 2015.
(24) Cifuentes C, Romero E, Godoy J. Design and implementation of a telemedicine primary-level hospital and low-cost system to reduce unnecessary patient transfers. Telemed J E Health 2017;23(6):521-6. https://doi.org/10.1089/tmj.2016.0180 DOI: https://doi.org/10.1089/tmj.2016.0180
(25) Spaulding R, Belz N, DeLurgio S, Williams AR. Cost savings of telemedicine utilization for child psychiatry in a rural Kansas community. Telemed J E Health 2010;16(8):867-71. https://doi.org/10.1089/tmj.2010.0054 DOI: https://doi.org/10.1089/tmj.2010.0054
(26) Department of Health & Human Services. Telehealth services. Rural health fact sheet series. Centers for Medicare & Medicaid Services; 2014. Disponível em: https://telepsychiatry.ecu.edu/wp-content/pv-uploads/sites/350/2020/09/telehealth-services-fact-sheet.pdf
(27) Kahn JM, Le TQ, Barnato AE, Hravnak M, Kuza CC, Pike F, et al. ICU telemedicine and critical care mortality: a national effectiveness study. Med Care 2016;54(3):319-25. https://doi.org/10.1097/MLR.0000000000000485 DOI: https://doi.org/10.1097/MLR.0000000000000485
(28) Ferreira IG, Godoi DF, Perugini ER, Lancini AB, Zonta R. Teledermatologia: uma interface entre a atenção primária e atenção especializada em Florianópolis. Rev Bras Med Fam Comunidade 2019;14(41):e2003. https://doi.org/10.5712/rbmfc14(41)2003 DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc14(41)2003
(29) Morley JE. Telemedicine: coming to nursing homes in the near future. J Am Med Dir Assoc 2016;17(1):1-3. https://doi.org/10.1016/j.jamda.2015.10.012 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jamda.2015.10.012
(30) Daras LC, Wang JM, Ingber MJ, Ormond C, Breg NW, Khatutsky G, et al. What are nursing facilities doing to reduce potentially avoidable hospitalizations? J Am Med Dir Assoc 2017;18(5):442-44. https://doi.org/10.1016/j.jamda.2017.02.007 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jamda.2017.02.007
(31) Oliveira GL, Cardoso CS, Ribeiro ALP, Caiaffa WT. Physician satisfaction with care to cardiovascular diseases in the municipalities of Minas Gerais: cardiosatis-TEAM scale. Rev Bras Epidemiol 2011;14(2):240-52. http://doi.org/10.1590/S1415-790X2011000200006 DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2011000200006
(32) Garcia-Barbero M. El valor educativo de la telemedicina. Educ Méd 2006;9(suppl 2):38-43. DOI: https://doi.org/10.33588/fem.9S02.50
(33) Andrade CSGC. Agentes comunitários de saúde e os desafios da educação permanente: reflexões sobre a experiência do programa telessaúde Brasil: núcleo Rio de Janeiro. J Bras Tele 2012;1(2):51-2. https://doi.org/10.12957/jbrastele.2012.6408 DOI: https://doi.org/10.12957/jbrastele.2012.6408
(34) Cunha IS. Educação permanente em saúde e planejamento estratégico situacional: o caso da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí [dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; 2009.
(35) Cunha NCH, Zilberman V, Sales MRM, Santucci LAC. A tecnologia audiovisual utilizada para informar e capacitar os trabalhadores da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde; 2011.
(36) Faria MGA, David HMSL. Telessaúde Brasil redes – núcleo Rio de Janeiro: a educação permanente no trabalho de enfermeiros da atenção básica. J Bras Tele 2012;1(1):23-4. https://doi.org/10.12957/jbrastele.2012.6402 DOI: https://doi.org/10.12957/jbrastele.2012.6402
(37) Rezende EJC, Melo MCB, Tavares EC, Santos AF, Souza C. Ética e telessaúde: reflexões para uma prática segura. Rev Panam Salud Pública 2010;28(1):58-65. DOI: https://doi.org/10.1590/S1020-49892010000700009
(38) Organização Pan-Americana da Saúde. Gestão do Conhecimento em Saúde no Brasil: avanços e perspectivas. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2009. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/34953/9788579670039_por.pdf?sequence=1&isAllowed=y
(39) Pessoa CG, Sousa L, Ribeiro AL, Oliveira TB, Silva JLP, Alkmim MBM, et al. Description of factors related to the use of the teleconsultation system of a large telehealth service in Brazil – the Telehealth Network of Minas Gerais. Journal of the International Society for Telemedicine and EHealth 2016;4(e4):1-9. Disponível em: https://journals.ukzn.ac.za/index.php/JISfTeH/article/view/133
(40) Oliveira DG, Frias PG, Vanderlei LCM, Vidal SA, Novaes MA, Souza WV. Análise da implantação do Programa Telessaúde Brasil em Pernambuco, Brasil: estudo de casos. Cad Saúde Pública 2015;31(11):2379-89. https://doi.org/10.1590/0102-311X00125914 DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00125914
(41) Okoroafor IJ, Chukwuneke FN, Ifebunandu N, Onyeka TC, Ekwueme CO, Agwuna KK. Telemedicine and biomedical care in Africa: prospects and challenges. Niger J Clin Pract 2017;20(1):1-5. https://doi.org/10.4103/1119-3077.180065 DOI: https://doi.org/10.4103/1119-3077.180065
(42) Santos AF, D'Agostinho M, Bouskela MS, Fernandéz A, Messina LA, Alves HJ. Uma visão panorâmica das ações de telessaúde na América Latina. Rev Panam Salud Pública 2014;35(5/6):465-70.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Taiane do Socorro Silva Natividade, Michelle Amaral Gehrke, Paola dos Santos Dias, Paula Yasmin Camilo Coelho, Patrícia Oliveira Bezerra, Ana Carla Carvalho de Magalhães, Napoleão Braun Guimarães

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeterem um manuscrito à RBMFC, os autores mantêm a titularidade dos direitos autorais sobre o artigo, e autorizam a RBMFC a publicar esse manuscrito sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 e identificar-se como veículo de sua publicação original.