Perfil das mulheres submetidas à inserção do dispositivo intrauterino de cobre na Atenção Primária à Saúde de municípios da Paraíba
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc16(43)2649Palavras-chave:
Perfil de Saúde, Dispositivos Intrauterinos, Atenção Primária à Saúde.Resumo
Introdução: Dentre os contraceptivos reversíveis de longa ação disponíveis no mercado, o dispositivo intrauterino (DIU) de cobre é o método oferecido pelo Ministério da Saúde para ser disponibilizado na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar de ser uma forma de contracepção com alta eficácia e segurança, inclusive em adolescentes e nulíparas, o DIU ainda é subutilizado no Brasil. Objetivo: Traçar o perfil das mulheres submetidas à inserção de DIU de cobre na Atenção Primária à Saúde (APS) de municípios da Paraíba. Métodos: Estudo transversal, descritivo, com amostra de 246 mulheres submetidas à inserção de DIU de cobre em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de municípios da Paraíba entre 2016 e 2019. Informações sobre idade, ocupação, escolaridade, estado civil e paridade dessas mulheres foram coletadas de prontuários médicos e registros do procedimento. As variáveis nominais foram apresentadas por meio de suas frequências absolutas e relativas e as variáveis contínuas por meio de suas médias, medianas e modas. Resultados: A idade das mulheres variou de 15 a 50 anos, sendo a idade média de 27,4 anos, 158 (64,2%) usuárias eram casadas ou estavam em união consensual e 150 (61%) mulheres apresentavam pelo menos o ensino médio completo. Na amostra, 110 (44,7%) mulheres exerciam alguma atividade remunerada e 97 (39,4%) declararam-se do lar. Foram observadas 27 (11%) nulíparas e 215 (87,4%) mulheres com pelo menos um filho, sendo uma média de 1,6 filhos por mulher. Dentre as adolescentes do estudo, 15 (75%) tinham pelo menos um filho. Conclusão: A maioria das mulheres que inseriram DIU na APS de municípios da Paraíba apresentava entre 20 e 29 anos, possuía ensino médio completo, exercia atividade remunerada e continha de 1 a 2 filhos. As baixas porcentagens de mulheres com baixa escolaridade, adolescentes e nulíparas encontradas na amostra apontam para a necessidade de traçar estratégias específicas de incentivo ao dispositivo intrauterino na Atenção Primária à Saúde.
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