Grupo LGBTQIA+ em uma unidade de saúde da família da zona norte do Rio de Janeiro
um relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3865Palavras-chave:
Serviços de saúde comunitária, Minorias sexuais e de gênero, Acesso aos serviços de saúde.Resumo
Problema: A população de lésbicas, gays, transgênero, queer, intersexo, assexuados e demais possibilidades — LGBTQIA+, apesar da existência da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, de 2011, ainda apresenta piores índices de saúde mental e vive experiências de preconceito e discriminação nas unidades de saúde. A Atenção Primária à Saúde (APS), por sua proximidade com o território, tem ferramentas para a abordagem comunitária, como grupos em saúde, espaços de troca de saberes, promoção de resiliência e identificação comunitária. Método: Estudo qualitativo, descritivo, segundo as diretrizes Standards for Quality Improvement Reporting Excellence (SQUIRE), como relato de experiência de um grupo em saúde voltado para a população LGBTQIA+ em uma unidade de saúde da Zona Norte do município do Rio de Janeiro. Coleta de dados no Google Acadêmico utilizando os termos: “serviços de saúde comunitária”, “minorias sexuais e de gênero” e “acesso aos serviços de saúde”, além de busca manual em literatura consolidada sobre o tema. Resultados: O grupo LGBTQIA+ foi criado em 2021, com base em uma demanda de um usuário transmasculino. Contou com coordenação multidisciplinar e manteve-se apesar da pandemia de COVID-19. Procedimentos de afirmação de gênero, experiências de preconceito e violência e histórico de transtornos de saúde mental eram temas abordados com frequência nos encontros. Impactos no processo de trabalho da unidade podem ser destacados com maior discussão de temas relativos à diversidade sexual e de gênero. Conclusão: Permanece sendo um desafio a manutenção de grupos no cenário atual da APS, sobretudo aqueles voltados a populações marginalizadas, ainda mais vulnerabilizadas pela pandemia de COVID-19. A qualificação dos profissionais de saúde com relação a questões de diversidade de gênero e orientação sexual com atividades de educação permanente e a luta pela existência e permanência da população LGBTQIA+ nos serviços de saúde são temas urgentes para a consolidação do SUS.
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