Potencialidades da reunião de equipe no território
um relato de experiência de uma residente de Medicina de Família e Comunidade no Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3878Palavras-chave:
Atenção primária à saúde, Estratégia saúde da família, Participação social, Empoderamento para a saúde, Acessibilidade aos serviços de saúde.Resumo
A Estratégia Saúde da Família (ESF), modelo robusto de Atenção Primária à Saúde (APS) criado no Brasil, busca ampliar o vínculo entre a equipe e as pessoas, famílias e respectivas comunidades, bem como aumentar a capacidade resolutiva no âmbito dos problemas de saúde mais comuns, provocando significativo impacto na situação de saúde em nível local. Neste cenário, o trabalho em equipe apresenta-se como elemento fundamental para uma produção de cuidados de saúde orientada pelos atributos da ESF. Nesta perspectiva, é fundamental realizar periodicamente reuniões das respectivas equipes com o propósito de implementar um processo participativo de planejamento baseado reflexão e discussão dos desafios existentes e no delineamento de ações a serem desenvolvidas tanto no âmbito individual quanto comunitário. A reunião de equipe deve, portanto, envolver o conjunto de profissionais que a compõem com o objetivo tanto de avaliar as ações realizadas quanto de planejar e organizar o próprio processo de trabalho. Este trabalho de Conclusão de Residência pretende relatar a vivência de uma Residente de Medicina de Família e Comunidade em reuniões de equipe, com a participação de usuários, no território de uma clínica da família no Rio de Janeiro. Trata-se de um estudo qualitativo baseado no relato de experiência de reuniões de uma equipe de Saúde da Família programadas com a comunidade considerando-se a percepção da autora e respectiva equipe. Por fim, entende-se que, ao promover reuniões de equipe no território orientadas por uma lógica subjacente à ESF, é fundamental valorizar a Educação Popular em Saúde, até porque tal participação se mostra, de fato, uma força social capaz de dialogar com a equipe profissional sobre problemas e prioridades de forma equânime, democrática e participativa.
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