Manejo da tosse aguda
recomendações e avaliação de diretrizes clínicas segundo o AGREE II
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc20(47)3991Palavras-chave:
Qualidade dos cuidados de saúde, Prática baseada em evidências, Diretrizes de prática clínica, TosseResumo
Introdução: A tosse é uma das principais causas de procura de atendimento na atenção primária, pois afeta a qualidade de vida do paciente. A tosse aguda é considerada um problema autolimitado, por ser de baixa gravidade e ter curto período de latência. Objetivo: Avaliar a qualidade das diretrizes clínicas (DCs) para o tratamento da tosse aguda. Métodos: Foram realizadas buscas em sites de instituições e organizações nacionais e internacionais utilizando os descritores “cough”, “tos”, “practice guideline”, “guideline” e “guide of clinical practice”. As diretrizes selecionadas foram avaliadas por quatro revisores por meio do instrumento Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation (AGREEII) e, em seguida, classificadas como fortemente recomendadas, recomendadas com modificações ou não recomendadas. Resultados: Foram selecionadas onze diretrizes internacionais, publicadas entre 2006 e 2019, sendo a maioria originária dos Estados Unidos. Sete diretrizes eram específicas para o tratamento da tosse aguda, apenas uma diretriz era voltada para a atenção farmacêutica e seis eram voltadas para o tratamento de adultos e crianças. Os domínios “escopo e propósito” apresentaram as melhores pontuações; o domínio “independência editorial” (D6) teve a maior variação de pontuação (0–98%); e a “aplicabilidade” (D5) obteve a menor média de pontuação, com 46% (variação de 2–88%). Em relação às intervenções, a maioria das diretrizes considerou desnecessárias as intervenções farmacológicas, sendo o mentol (pomada) a intervenção não farmacológica mais citada. Conclusões: Torna-se necessário realizar mais estudos clínicos de boa qualidade para que as diretrizes clínicas possam ser revisadas, tornando as recomendações mais confiáveis.
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