A utilização de critérios diagnósticos de sepse na Atenção Primária à Saúde e o impacto nos desfechos clínicos
uma revisão rápida
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc19(46)4239Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Emergências, Sepse.Resumo
Introdução: O atendimento de urgências e emergências médicas está incluído na carteira de serviços da Atenção Primária à Saúde (APS), abrangendo a sepse entre as urgências. A avaliação do paciente com suspeita de sepse deve, idealmente, incluir história clínica, exame físico, sinais vitais e aplicação de critérios diagnósticos específicos. Objetivo: Sintetizar as evidências sobre a utilização dos critérios diagnósticos de sepse pelos profissionais da APS e sua repercussão nas intervenções realizadas e nos desfechos clínicos. Métodos: Foi realizada uma revisão rápida da literatura disponível nas bases de dados Embase, LILACS e SciELO, utilizando os descritores “sepsis” e “primary care” e o operador booleano AND. Resultados: Foram selecionados 6 artigos, que variaram entre estudos observacionais, projetos de melhoria de qualidade, questionários transversais e coortes retrospectivas. Observou-se que a aplicação dos critérios diagnósticos de sepse na APS influencia o tempo de transporte ao hospital, a chance de atendimento por um médico mais experiente ou especialista, o diagnóstico oportuno de sepse, o tempo de internação hospitalar, a chance de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a mortalidade. Apenas metade dos profissionais é capaz de definir sepse corretamente e menos de um terço conhece o qSOFA, um dos critérios mais utilizados. Os aspectos mais considerados para a suspeita de sepse foram o estado geral do paciente e a intuição clínica. Conclusões: A APS desempenha um papel crucial no manejo da sepse; contudo, é essencial capacitar os profissionais de saúde sobre os critérios diagnósticos para garantir a identificação oportuna e o manejo adequado dos casos suspeitos.
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