Rastreamento do câncer de mama: as três luzes do semáforo
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc8(26)677Palavras-chave:
Neoplasias da Mama, Programas de Rastreamento, Análise Custo-benefício, Prevenção QuaternáriaResumo
A interpretação do rastreamento do câncer de mama como um semáforo com três luzes convida a uma revisão rápida da evidência científica e à retenção dos principais pontos que esse procedimento revela. As recomendações a favor do rastreamento são produzidas por autores que conferem a ele uma luz verde, de avanço, porque acreditam que o saldo risco/benefício é favorável a sua aplicação em mulheres em idades-alvo e com risco médio. Mas, tal como a própria expressão risco/benefício sugere, existe um risco que deverá ser levado em conta no início do rastreamento, um alerta que assume a luz vermelha. É notório, pela evidência avaliada por autores independentes, que existe uma relação entre prós e contras (luz amarela). O papel de salvaguardar o equilíbrio dessa balança pertencerá, talvez, ao médico de família, cabendo, então, em última instância, à mulher em idade-alvo colocar o último peso sobre um dos dois pratos.
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