"Is your clinical encounter racially conscious?”. Bringing the racial debate into Family Practice

an experience report

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc15(42)2255

Keywords:

Primary Health Care, Family and Community Medice, Black Population, Racism.

Abstract

From the assumption of the myth of racial democracy, Primary Health Care, medicine, and especially Family Medicine has contributed to institutional racism in health. Those areas have been silencing racial health inequities. The impacts of racism in the health-illness process of the black population in Brazil have been invisible. This article presents the experience report of the construction and application of a workshop, entitled “Is your clinical encounter racially conscious?”. It aims to promote debate on the health of the black population among PHC professionals and medical students, in order to raise awareness on the ethnic/racial-relations and promote anti-racist care practice. With the workshop, it was possible to perceive the lack of knowledge of the participants on how to recognize and address situations of racism in the practice of PHC. As potentialities, the workshop has promoted awareness and critical reflection on the importance of addressing the ethnic/racial-relation aspect, has enabled the protagonism and representativeness of health professionals and black medical students in facilitating groups, has promoted institutional spaces for this theme to be debated, and also has trained new facilitators to stimulate the reproduction of the workshop in the most diverse national scenarios. As challenges, the lack of interest in the theme on the part of managers and institutions makes the approach to the theme uncertain and dependent on the will and commitment of one or the other individual. In addition, the workshop addresses multiple themes, but does not end the need to follow and deepen the discussion on the impacts of racism in the health of the Brazilian black population.

Downloads

Download data is not yet available.

Metrics

Metrics Loading ...

Author Biography

Rita Helena Borret, Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro / Universidade Estácio de Sá - Rio de Janeiro / Escola Nacional de Saúde Pública - FIOCRUZ

NegreX, GT SPN, AMFaC-RJ

References

(1) Garaeis VH. A história da escravidão negra no Brasil. Portal Geledés [Internet]. 2012 Jul. Disponível em: www.geledes.org.br

(2) Freyre G. Casa grande & senzala. Rio de Janeiro (RJ): José Olympio; 1969.

(3) Ministério da Saúde (BR). Gabinete do Ministro. Portaria nº 992, de 13 de maio de 2009. Institui a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Diário Oficial União, Brasília (DF), 13 mai 2009.

(4) Senado Federal (BR). Secretaria de Editoração e Publicações. Coordenação de Edições Técnicas. Constituição da República Federativa do Brasil. Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94, pelas Emendas Constitucionais nos 1/92 a 91/2016 e pelo Decreto Legislativo no 186/2008. Brasília (DF): Senado Federal; 2016.

(5) Lopes F. Experiências desiguais ao nascer, viver, adoecer e morrer: tópicos em saúde da população negra no brasil. In: Seminário Nacional de Saúde da População Negra. Brasília, Distrito Federal, 18-20 ago 2004. Brasília (DF): Ministério da Saúde/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; 2004.

(6) Perpétuo IHO. Raça e acesso às ações prioritárias na agenda de saúde reprodutiva. Jornal da Rede Feminista de Saúde. 2000 Jun;22:10-6.

(7) Giovanetti MR, Santos NJS, Westin CP, Darré D, Gianna MC. A implantação do quesito cor/raça nos serviços de DST/Aids no Estado de São Paulo. Saúde Soc. 2007 Ago;16(2):163-70. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902007000200016

(8) Jones CP. Confronting institutionalized racism. Phylon. 2002;50(1-2):7-22. DOI: https://doi.org/10.2307/4149999

(9) Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. Indicadores de Vigilância em Saúde, analisados segundo a variável raça/cor. Brasília (DF): Ministério da Saúde. 2015;46(10):1-35.

(10) Jaccoud L, Silva J, Soares S, Rosa W. Igualdade racial. In: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ed. Políticas sociais – acompanhamento e análise no 16, 2008. Brasília (DF): Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); 2008 Nov;(16). No prelo.

(11) Instituto da Mulher Negra (Geledés). Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA). Guia de enfrentamento do racismo institucional. São Paulo (SP): Ibraphel Gráfica; 2013.

(12) Paixão M, Rossetto I, Montovanele F, Carvano LM. Relatório anual das desigualdades raciais no Brasil; 2009-2010. Constituição cidadã, seguridade social e seus efeitos sobre as assimetrias de cor ou raça. Rio de Janeiro (RJ): Garamond Universitária; 2014.

(13) Carmichael S, Ture K, Hamilton CS. Black power: the politics of liberation. New York (NY): Vintage Books; 1967.

(14) Werneck J. Racismo institucional e saúde da população negra. Saúde Soc. 2016;25(3):535-49. DOI: https://doi.org/10.1590/s0104-129020162610

(15) Theophilo RL, Rattner D, Pereira EL. Vulnerabilidade de mulheres negras na atenção ao pré-natal e ao parto no SUS: análise da pesquisa da Ouvidoria Ativa. Ciênc Saúde Coletiva. 2018 Nov;23(11):3505-16. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-812320182311.31552016

(16) Viellas EF, Domingues RMSM, Dias MAB, Gama SGN, Theme Filha MM, Costa JV, et al. Assistência pré-natal no Brasil. Cad Saúde Pública. 2014;30(Supl 1):S85-S100. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00126013

(17) Marinho A, Cardoso SS, Almeida VV. Desigualdade de transplantes de órgãos no Brasil: análise do perfil dos receptores por sexo e raça/cor. Brasília (DF): Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); 2011.

(18) Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. Universidade de Brasília, Observatório de Saúde de Populações em Vulnerabilidade. Óbitos por suicídio entre adolescentes e jovens negros 2012 a 2016. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2018.

(19) Buss PM, Pellegrini Filho A. Iniquidades em saúde no Brasil, nossa mais grave doença: comentários sobre o documento de referência e os trabalhos da Comissão Nacional sobre determinantes sociais da saúde. Cad Saúde Pública. 2006 Set;22(9):2005-8. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2006000900033

(20) Matos CC, Tourinho FS. Saúde da população negra: percepção de residentes e preceptores de Saúde da Família e Medicina de Família e Comunidade. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2018;13(40):1-12.

(21) Hone T, Rasella D, Barreto ML, Majeed A, Millet C. Association between expansion of primary healthcare and racial inequalities in mortality amenable to primary care in Brazil: a national longitudinal analysis. PLoS Med. 2017 Mai;14(5):e1002306. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pmed.1002306

(22) Ayres JRCM. Sujeito, intersubjetividade e práticas de saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2001;6(1):63-72. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232001000100005

(23) Senna DM, Lima TF. Saúde da população negra na atenção primária à saúde: a questão da violência. In: Batista LE, Werneck J, Lopes F, orgs. Saúde da população negra. Petrópolis (RJ): DP et Alii; 2012. p. 153-71.

(24) Allen J, Gay B, Crebolder H, Heyrman J, Svab I, Ram P. Evans P, eds. A definição europeia de medicina geral e familiar (clínica geral/medicina familiar). Ljubljana, Slovenia: WONCA Europa; 2002.

(25) Lermen Junior N. Currículo baseado em competências para medicina de família e comunidade. Rio de Janeiro (RJ): Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC); 2015.

(26) Silva MF, Souza PGA. Luta, resistência e transformação na medicina: um quilombo chamado NegreX. In: Canavese D, Soares EO, Bairros F, Polidoro M, Rosado RM, orgs. Equidade étnicorracial no SUS: pesquisas, reflexões e ações em saúde da população negra e dos povos indígenas. Série: Atenção Básica e Educação na Saúde [Internet]. Porto Alegre (RS): Editora Rede Unida; 2018; [acesso em 2019 Out 12]; 15:128-37. Disponível em: http://historico.redeunida.org.br/editora/biblioteca-digital/serie-atencao-basica-e-educacao-na-saude/equidade-etnicorracial-no-sus-web

(27) Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC). Grupo de Trabalho em Saúde da População Negra (GT-SPN). Ata de fundação e eixos/objetivos [Internet]. Curitiba (PR): SBMFC/GT-SPN; 2017 Nov; [acesso em 2020 Mai 18]. Disponível em: http://www.sbmfc.org.br/wp-content/uploads/media/file/GT%20SPN%20-%20Ata%20alterada%20(2).pdf

(28) Cineclube Atlântico Negro. Anamnese [animação/vídeo]. Rio de Janeiro (RJ): Cineclube Atlântico Negro; 2016 Nov; [acesso em 2019 Out 12]. Disponível em: https://vimeo.com/193686465

(29) McWhinney IR, Freeman T. Manual de medicina de família e comunidade. 3ª ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2010.

(30) Twine FW. A white side of black Britain: the concept of racial literacy. Ethn Racial Stud. 2004;27(6):878-907. DOI: https://doi.org/10.1080/0141987042000268512

(31) Schucman LV. Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana [tese]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo (USP)/Instituto de Psicologia - Psicologia Social; 2012.

(32) Monteiro MCS. Desafios da inclusão da temática étnico-racial na educação permanente em saúde. In: Batista LE, Werneck J, Lopes F, orgs. Saúde da população negra. Coleção negras e negros: pesquisas e debates. 2ª ed. Petrópolis (RJ): Ministério da Saúde; 2012. p. 142-52.

(33) Scheffer M, Cassenote A, Guilloux AGA, Miotto BA, Mainardi GM. Demografia médica no Brasil 2018. São Paulo (SP): FMUSP/CFM/CREMESP; 2018.

Published

2020-11-18

How to Cite

1.
Borret RH, Silva MF da, Jatobá LR, Vieira RC, Oliveira DOPS de. "Is your clinical encounter racially conscious?”. Bringing the racial debate into Family Practice : an experience report. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 2020 Nov. 18 [cited 2025 Apr. 24];15(42):2255. Available from: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2255

Issue

Section

Quality Improvement

Plaudit