Nova etapa da RBMFC
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)297Abstract
Nesse primeiro número de 2011, comemoramos uma nova etapa da Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (RBMFC). O que estamos chamando de “nova etapa” compreende algumas mudanças importantes que vinham sendo gestadas nos últimos anos e que foram efetivamente implantadas neste ano: uma renovação da Política Editorial e, principalmente, o lançamento do portal virtual da Revista (www.rbmfc.org.br).
Todas essas mudanças, que detalharemos um pouco mais a seguir, visam basicamente melhorar a qualidade editorial e o alcance da RBMFC, pensando sempre nos seus principais protagonistas: leitores, autores e revisores de artigos. O objetivo da RBMFC continua o mesmo desde sua criação em 2004: ser veículo de divulgação do conhecimento científico produzido nacional e internacionalmente na área da Medicina de Família e Comunidade (MFC) e da Atenção Primária à Saúde (APS), incluindo todos os seus aspectos, de forma interdisciplinar: prática clínica, formação profissional, organização dos serviços e políticas públicas de saúde.
Quanto às inovações da Política Editorial, podemos destacar a criação de novas Seções na Revista, que visam ampliar as possibilidades de submissão para os autores para além das já tradicionais, tornando potencialmente mais interessante e dinâmica a leitura da RBMFC. Podemos citar alguns exemplos:
As seções Debate e Perspectiva têm a ideia de promover um espaço permanente para as opiniões qualificadas de nossos leitores e autores frente a temas atuais da MFC e APS. Visam também estimular a discussão e “oxigenar” controvérsias sobre aspectos relevantes dessas áreas do conhecimento. Nesta edição, estamos inaugurando um espaço permanente de debate intitulado “A APS que Queremos”, inicialmente com alguns textos encomendados1-5. O objetivo é fomentar a discussão aberta, colaborativa e ética sobre um tema extremamente atual; e, nesse sentido, estamos esperançosos de que novos autores nos enviarão novas contribuições com diferentes opiniões e pontos-de-vista. Propostas de novos assuntos ou temas para debate também são bem-vindas.
A seção Casos Clínicos visa estimular a publicação das experiências clínicas singulares que envolvem o trabalho do médico de família e dos profissionais da APS. Tem o objetivo também de estimular o relato de casos que explorem os componentes do Método Clínico Centrado na Pessoa, ferramenta fundamental para a abordagem clínica na MFC e APS. Nesta edição, inauguramos essa seção com o interessante artigo de um colega de Portugal6, que nos relata sua experiência clínica e de coordenação de cuidados frente a uma pessoa em estágio terminal de vida.
A seção Memória inclui textos sobre profissionais ou fatos históricos que tiveram destacada contribuição para a MFC e a APS no Brasil e no mundo. Nesta edição, abrimos esse espaço com uma homenagem a Cecil Helman7, um dos ícones internacionais da Antropologia Médica, cujas ideias e textos exerceram e ainda exercem grande influência sobre a MFC e APS brasileiras.
Outras seções também foram criadas, mas ainda não inauguradas, como, por exemplo, a seção Atualização – que estimula a submissão de apresentações sucintas e comentadas de artigos de impacto publicados recentemente na área da MFC e APS – e a seção Espaço Aberto, que incentiva o envio de textos de reflexão pessoal com maior liberdade formal, incluindo lingua-gens poéticas ou literárias, ou ainda a publicação de entrevistas com depoimentos de pessoas ou profissionais, cujas histórias de vida ou realizações sejam relevantes para a MFC ou APS.
Nesta edição, trazemos ainda outros artigos originais e de revisão, como também um relato de experiência e resumos de trabalhos do 2º Salão de Pesquisa em Medicina de Família e Comunidade do Rio Grande do Sul8. Assim, a RBMFC também tem se consolidado como veículo de comunicação científica das entidades de excelência em MFC, por meio das parcerias estabelecidas ao longo de sua existência.
Em relação à criação do nosso portal virtual, o mesmo possibilitará uma evolução sem precedentes para a RBMFC, permitindo, dentre diversos benefícios, maior facilidade de acesso ao conteúdo atual e pregresso da Revista, a implantação da submissão online (já em funcionamento) e a progressiva ampliação do número de artigos publicados por ano. Também está em andamento a implementação dos registros de DOI (Digital Object Identifier) para cada artigo publicado, que é um padrão internacional para identificação de documentos na rede de computadores, garantindo meios de acesso permanente aos links e facilitando a citação cruzada de artigos com outras publicações no Brasil e no mundo. Todos esses aspectos suportarão uma evolução quantitativa e qualitativa natural da RBMFC, que culminará, num futuro próximo, com a sua indexação nas grandes bases de dados nacionais e internacionais, como Lilacs, SciELO, Scopus e Medline.
Outros aspectos a se comemorar são o crescimento e a diversificação do número de revisores colaboradores da RBMFC (hoje, aproximadamente, 80 conselheiros e pareceristas com formação científica sólida), além do remodelamento da Revista impressa, mais moderna, repaginada, com nova capa, seguindo a tendência editorial dos mais conceituados Journals.
Desta maneira, a RBMFC continuará trazendo e publicando questões emergentes e fundamentais na área da MFC e APS, agora com um incremento considerável de qualidade e visibilidade, cumprindo seu papel de uma revista científica de relevância e espelhando uma prática de ciência plural, acessível e facilitadora na divulgação das contribuições intelectuais brasileiras e internacionais.
Downloads
Metrics
References
Silva FD. 40 horas na ESF? Rev bras med fam comunidade. 2011; 6(18): 15-6. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)242
Lopes JMC. 40 horas na ESF? Rev bras med fam comunidade. 2011; 6(18): 17-8. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)244
Anderson MIP, Rodrigues RD. Formação de especialistas em Medicina de Família e Comunidade no Brasil: dilemas e perspectivas. Rev bras med fam comunidade. 2011; 6(18): 19-20. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)246
Rodrigues RD, Anderson MIP. Saúde da Família: uma estratégia necessária. Rev bras med fam comunidade. 2011; 6(18): 21-4. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)247
Rodrigues RD. Estratégia Saúde da Família: bode expiatório? Rev bras med fam comunidade. 2011; 6(18): 25-6. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)245
Cavadas LF. Articulação de cuidados pelo médico de Medicina Geral e Familiar: promovendo a melhoria da qualidade de vida em doente terminal. Rev bras med fam comunidade. 2011; 6(18): 63-70. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)96
Oliveira FA. Em memória de Cecil Helman. Rev bras med fam comunidade. 2011; 6(18): 9-10. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)109
Oliveira FA, Giugliani C, Kolling JHG. 2º Salão de Pesquisa em Medicina de Família e Comunidade do Rio Grande do Sul. Rev bras med fam comunidade. 2011; 6(18): 71-2. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc6(18)108
Downloads
How to Cite
Issue
Section
License
By submitting a manuscript to the RBMFC, authors retain ownership of the copyright in the article, and authorize RBMFC to publish that manuscript under the Creative Commons Attribution 4.0 license and identify itself as the vehicle of its original publication.