Zika Vírus

Autores

  • Cynthia Molina Bastos TelessaúdeRS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós Graduação em Epidemiologia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Otávio Pereira D'Avila TelessaúdeRS. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Odontologia. Programa de Pós Graduação em Odontologia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Roberto Nunes Umpierre Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Marcelo Goncalves Rodrigues Faculdade de Medicina.Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Erno Harzheim Faculdade de Medicina. Programa de Pós Graduação em Epidemiologia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc11(38)1299

Palavras-chave:

Zika Vírus, Dengue, Chikungunya

Resumo

Michele, 32 anos, procura a Unidade de Saúde por manchas na pele, há 24 horas, levemente pruriginosas. A paciente retornou de uma viagem há dois dias. Viajou por cidades do nordeste brasileiro durante dez dias. Ela suspeita de que a reação alérgica se deve ao protetor solar, que pode ter causado a irritação na sua pele. Conforme relata, no último dia das férias, precisou comprar um produto novo, de uma marca que  nunca havia utilizado. Além disso, refere que o quadro alérgico está tão importante que não colocou as lentes de contato, devido ao olho levemente vermelho, sem prurido e com discreto lacrimejamento e já iniciou o colírio para conjuntivite alérgica, corticoide tópico nasal e loratadina 10 mg.

Quando questionada em relação a outros sintomas associados, refere cansaço, dizendo que adorou a viagem, mas que retornar de férias é sempre mais cansativo. Afirma que não se alimentou direito nos últimos dois dias, o voo durou mais de 12 horas devido as conexões aéreas e que ela está com dor no corpo, mais importantes nas articulações, “toda dolorida”. Cefaleia e sensação de peso na cabeça e malestar.  Não sabe se teve febre, pois não aferiu, entretanto, quando questionada acha possível. Nega alterações no hábito intestinal ou urinárias. Refere tosse e discreta secreção hialina nasal, após ter chegado ao seu apartamento, que ficou fechado por dez dias.

Michele é  professora universitária, natural de Mossoró, no Rio Grande do Norte, católica, casada.  Foi morar na região Sul do país,  com seu esposo, após assumir um cargo na universidade local. Eles planejam engravidar no ano de 2016, inclusive realizaram sorologias e esclareceram dúvidas na última consulta na unidade de saúde.

Segundo anotações do prontuário médico, a paciente apresenta diversas atopias, com quadros de exacerbação de conjuntivite alérgica, dermatite atópica e rinossinusite alérgica mais importantes no inverno e na primavera. Entretanto, tem bom controle dos sintomas com uso de corticoide tópicos nos meses de inverno e primavera. Uso de anticoncepcional oral.

Ao exame físico, a paciente apresenta bom estado geral, eutrófica, temperatura axilar de 37,4 graus, sinais vitais sem alteração. Pele com exantema maculopapular, distribuído por todo corpo, sem descamação, sem preservar áreas específicas. Olhos com hiperemia de conjuntiva, sem secreção aparente. Rinoscopia e oroscopia sem alterações. Ausculta pulmonar limpa. Extremidades perfundidas, aquecidas e sem edema.

PERGUNTA

Baseado na história e exame físico, qual o diagnóstico mais provável?

a)    Zika Vírus.

b)    Reação alérgica aguda de etiologia ainda desconhecida.

c)    Parvovirose.

d)    Exacerbação da dermatite atópica e da conjuntivite alérgica.

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Referências

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Publicado

2016-10-04

Como Citar

1.
Bastos CM, D’Avila OP, Umpierre RN, Rodrigues MG, Harzheim E. Zika Vírus. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 4º de outubro de 2016 [citado 28º de março de 2024];11(38):1-3. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1299

Edição

Seção

DESAFIO (QUIZ)

Plaudit