A filosofia da Medicina de Família e Comunidade segundo Ian McWhinney e Roger Neighbour
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc15(42)1991Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Filosofia, Medicina de Família e Comunidade, Internato e Residência, Educação MédicaResumo
Introdução: O presente artigo revisita os pressupostos filosóficos da Medicina de Família e Comunidade (MFC) a partir dos escritos de Ian McWhinney e Roger Neighbour. Objetivo: Fortalecer a discussão sobre as bases teóricas da MFC na academia e nos programas de residência em MFC. Métodos: Trata-se de um ensaio reflexivo que compara e analisa dois dos principais livros da MFC: o clássico “Manual de Medicina de Família” de Ian McWhinney e “The inner physician: why and how to practise ‘Big Picture Medicine’” de Roger Neighbour. Resultados e Discussão: Ian McWhinney e Roger Neighbour utilizam a epistemologia de Thomas Kuhn para propor um paradigma diferente à medicina. Nesse processo, os autores desenvolveram propostas distintas, porém complementares, que optamos por categorizar em: (a) paradigma organísmico de McWhinney e quântico de Neighbour; (b) distinção entre a prática generalista e a do especialista focal; e (c) relação médico-paciente e consigo mesmo. Conclusão: Para navegar nas incertezas da prática generalista é necessário fomentar e refletir a respeito da essência do MFC, tanto nos cursos de graduação quanto nos programas de residência, para formar profissionais sensíveis à condição humana.
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