Violência obstétrica e prevenção quaternária: o que é e o que fazer

Autores

  • Charles Dalcanale Tesser Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Saúde Pública.
  • Roxana Knobel Departamento de Tocoginecologia. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis, SC, Brasil
  • Halana Faria de Aguiar Andrezzo Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, SP, Brasil.
  • Simone Grilo Diniz Departamento de Saúde Materno-Infantil. Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo (USP). São Paulo, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc10(35)1013

Palavras-chave:

Violência contra a Mulher, Doença Iatrogênica, Prevenção Quaternária, Autonomia Pessoal, Parto Obstétrico.

Resumo

O objetivo deste artigo é justificar a necessidade de prevenção quaternária frente à 'violência obstétrica' (VO), terminologia que agrupa todas as formas de violência e danos originados no cuidado obstétrico profissional, bem como discutir estratégias e ações de prevenção quaternária a serem realizadas pelos médicos de família e comunidade (MFC), pelas equipes de atenção primária à saúde (APS) e suas entidades associativas. A prevalência de violência obstétrica no Brasil é alta: ¼ das mulheres relata terem sofrido maus-tratos durante o atendimento ao parto, além de excesso de intervenções desnecessárias (como venóclise, ocitocina de rotina e episiotomia) e privação de uma assistência baseada em boas práticas, tais como parto em posição vertical, possibilidade de se alimentar e de se movimentar durante o trabalho de parto e presença de um acompanhante. Destaca-se o excesso crônico de cesarianas (55,6% do total de nascimentos) no Brasil, mais prevalente no setor privado (85%) do que no público (40%). Ações de prevenção quaternária dirigidas à VO são propostas e discutidas, como: (1) a elaboração (individual e coletiva) de planos de parto orientados pelas equipes de APS no pré-natal (para os quais se oferece um roteiro); (2) a introdução de outros profissionais qualificados no cuidado ao parto de risco habitual (incluindo MFC capacitados); e (3) a participação dos MFC e profissionais da APS e suas associações no movimento social e político pela “humanização” do parto, com apoio às mudanças nas maternidades já em funcionamento e às novas iniciativas de serviços de cuidado ao parto. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Charles Dalcanale Tesser, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Saúde Pública.

Médico pela Universidade Estadual de Campinas- UNICAMP (1991), com residência em Medicina Preventiva e Social pela UNICAMP (1993), especialização em Homeopatia pela Associação Paulista de Homeopatia (1997), mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (1999) e doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Trabalhou 9 anos como médico generalista e sanitarista na atenção básica no interior paulista (zona rural) e 3 anos como generalista da Saúde da Família em Campinas/SP. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (desde 2006). Tem experiência na área de medicina, atenção primária e organização de serviços de atenção primária à saúde, especialmente na Estratégia Saúde da Família, com ênfase em gestão do trabalho de equipes de Saúde da Família, prática médica na atenção primária e medicinas alternativas e complementares nesse contexto. Tem trabalho de pesquisa e ensino na áreas de modelos assistenciais, organização de serviços e acolhimento na atenção primária, práticas e medicinas alternativas e complementares na atenção primária, prática médica e educação médica na atenção primária. Atualmente é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, docente da Residência em Medicina de Família e Comunidade da UFSC e preceptor do Internato Médico em Interação Comunitária da UFSC (estágios na atenção primária à saúde). Mais informações: Currículo Lattes

Referências

Entrevista com Adelir Carmen Lemos de Góes [Internet]. Cientista que virou mãe; 2012 [acesso em 2015 Jun 17]. Disponível em: http://www.cientistaqueviroumae.com.br/2014/04/entrevista-com-adelir-carmen-lemos-de.html

Justiça do RS manda grávida fazer cesariana contra sua vontade [Internet]. São Paulo: Folha de São Paulo; 2014 [acesso em 2015 Jun 17]. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/04/1434570-justica-do-rs-manda-gravida-fazer-cesariana-contra-sua-vontade.shtml

Rattner D. Humanização na atenção a nascimentos e partos: ponderações sobre políticas públicas. Interface (Botucatu). 2009;13(1 supl):759-768. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832009000500027. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-32832009000500027

Venturi G, Godinho T. Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado: uma década de mudanças na opinião pública. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo/SESC-SP; 2013.

Bentzen N, editor. Wonca dictionary of general/family practice.

Copenhagen: Maanedsskrift for Praktisk Laegegerning; 2003.

Ministério da Saúde do Brasil (BR). DATASUS: Sistema de Informações de Nascidos Vivos [Internet]. Ano [acesso em 2014 July 1]. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nv

Ley Orgánica sobre el Derecho de las Mujeres a una Vida Libre de Violencia [Internet]. Gaceta Oficial 38.647. [Acesso em 2015 Jun 17]. Disponível em: http://venezuela.unfpa.org/doumentos/Ley_mujer.pdf.

Bowser D, Hill K. Exploring evidence for disrespect and abuse in facility-based childbirth: report of a landscape analysis. Bethesda, Maryland: USAID-TRAction Project; 2010.

D’Oliveira AF, Diniz SG, Schraiber LB. Violence against women in health-care institutions: an emerging problem. Lancet. 2002;359(9318):1681- 1685. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(02)08592-6. PMid:12020546. DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(02)08592-6

Goer H. Cruelty in maternity wards: fifty years later. J Perinat Educ. 2010;19(3):33-42. http://dx.doi.org/10.1624/105812410X514413. PMid:21629381. DOI: https://doi.org/10.1624/105812410X514413

Comité de América Latina y el Caribe para la Defensa de los Derechos de la Mujer (CLADEM); Centro Legal para Derechos Reproductivos y Políticas Públicas (CRLP). Silencio y cumplicidad: violencia contra la mujer em los servicios de salud em el Peru Lima. Lima: CLADEM; 1998.

National Health Service (NHS). NHS Safety Thermometer [internet]. 2013 [acesso em 2015 Jun 17]. Disponível em: http://www.safetythermometer.nhs.uk/index.php?option=com_content&view=article&id=11:maternity-homepage&catid=2:uncategorised&Itemid=285

Souza JP, Pileggi-Castro C. Sobre o parto e o nascer: a importância da prevenção quaternária. Cad Saude Publica. 2014;30(Supl):S11-S13. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311XPE02S114. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311XPE02S114

Organização Mundial da Saúde (OMS). Assistência ao parto normal: um guia prático: relatório de um grupo técnico. Genebra: OMS; 1996.

Ministério da Saúde (BR). Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2001 [acesso em 2015 Jun 17]. 93 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf

Dawood F, Dowswell T, Quenby S. Intravenous fluids for reducing the duration of labour in low risk nulliparous women. Cochrane Database Syst Rev. 2013;6(6):CD007715. http://dx.doi.org/10.1002/14651858. PMid:23780639.

Costley PL, East CE. Oxytocin augmentation of labour in women with epidural analgesia for reducing operative deliveries. Cochrane Database Syst Rev. 2012;5(5):CD009241. http://dx.doi.org/10.1002/14651858. PMid:22592738. DOI: https://doi.org/10.1002/14651858

Fraser WD, Turcot L, Krauss I, Brisson-Carrol G. Amniotomy for shortening spontaneous labour. Cochrane Database Syst Rev. 2013;(6). http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD006167.pub4. DOI: https://doi.org/10.1002/14651858.CD006167.pub4

Lawrence A, Lewis L, Hofmeyr GJ, Dowswell T, Styles C. Maternal positions and mobility during first stage labour. Cochrane Database Syst Rev. 2009;(2):CD003934. PMid:19370591. DOI: https://doi.org/10.1002/14651858.CD003934.pub2

Priddis H, Dahlen H, Schmied V. What are the facilitators, inhibitors, and implications of birth positioning? A review of the literature. Women Birth. 2012;25(3):100-106.

http://dx.doi.org/10.1016/j.wombi.2011.05.001. PMid:21664208. DOI: https://doi.org/10.1016/j.wombi.2011.05.001

Räisänen S, Vehviläinen-Julkunen K, Gisler M, Heinonen S. A population-based register study to determine indications for episiotomy in Finland. Int J Gynaecol Obstet. 2011;115(1):26-30. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijgo.2011.05.008. PMid:21767841. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijgo.2011.05.008

Carroli G, Mignini L. Episiotomy for vaginal birth. Cochrane Database Syst Rev. 2009;(1):CD000081. PMid:19160176. DOI: https://doi.org/10.1002/14651858.CD000081.pub2

Moiety FMS, Azzam AZ. Fundal pressure during the second stage of labor in a tertiary obstetric center: a prospective analysis. J Obstet Gynaecol Res. 2014;40(4):946-953. http://dx.doi.org/10.1111/jog.12284. PMid:24428496. DOI: https://doi.org/10.1111/jog.12284

Verheijen EC, Raven JH, Hofmeyr GJ. Fundal pressure during the second stage of labour. Cochrane Database Syst Rev. 2009;7(4):CD006067. PMid:19821352. DOI: https://doi.org/10.1002/14651858.CD006067.pub2

Singata M, Tranmer J, Gyte GM. Restricting oral fluid and food intake during labour. Cochrane Database Syst Rev. 2010;20(1):CD003930. PMid:20091553. DOI: https://doi.org/10.1002/14651858.CD003930.pub2

Lawrence A, Lewis L, Hofmeyr GJ, Styles C. Maternal positions and mobility during first stage labour. Cochrane Database Syst Rev. 2013;(10):1-158. http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD003934.pub4. DOI: https://doi.org/10.1002/14651858.CD003934.pub4

Diniz CSG, d’Orsi E, Domingues RMSM, Torres JA, Dias MAB, Schneck CA, et al. Implementação da presença de acompanhantes durante a internação para o parto: dados da pesquisa nacional Nascer no Brasil. Cad Saude Publica. 2014;30(Supl):S140-S153. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00127013. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00127013

Viellas EF, Domingues RMSM, Dias MAB, Gama SGN, Theme MM Fa, Costa JV, et al. Assistência ao pré-natal no Brasil. Cad Saude Publica. 2014;30(Supl):S85-S100. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00126013

Villar J, Carroli G, Zavaleta N, Donner A, Wojdyla D, Faundes A, et al. Maternal and neonatal individual risks and benefits associated with caesarean delivery: multicentre prospective study. BMJ. 2007;335(7628):1025. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.39363.706956.55. PMid:17977819.

Belizán JM, Althabe F, Barros FC, Alexander S, Showalter E, Griffin A, et al. Rates and implications of caesarean sections in Latin America: ecological study. BMJ. 1999;319(7222):1397-1400. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.319.7222.1397. PMid:10574855. DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.319.7222.1397

Ye J, Betrán AP, Guerrero Vela M, Souza JP, Zhang J. Searching for the optimal rate of medically necessary cesarean delivery. Birth. 2014;41(3):237-244. http://dx.doi.org/10.1111/birt.12104 PMid:24720614. DOI: https://doi.org/10.1111/birt.12104

Villar J, Valladares E, Wojdyla D, Zavaleta N, Carroli G, Velazco A, et al. Caesarean delivery rates and pregnancy outcomes: the 2005 WHO global survey on maternal and perinatal health in Latin America. Lancet. 2006;367(9525):1819-1829. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(06)68704-7. PMid:16753484. DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(06)68704-7

Villar J, Carroli G, Zavaleta N, Donner A, Wojdyla D, Faundes A, et al. Maternal and neonatal individual risks and benefits associated with caesarean delivery: multicentre prospective study. BMJ. 2007;335(7628):1025. http://dx.doi.org/10.1136/bmj.39363.706956.55. PMid:17977819. DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.39363.706956.55

Morlando M, Sarno L, Napolitano R, Capone A, Tessitore G, Maruotti GM, et al. Placenta accreta: incidence and risk factors in an area with a particularly high rate of cesarean section. Acta Obstet Gynecol Scand. 2013;92(4):457-460. http://dx.doi.org/10.1111/aogs.12080. PMid:23347183. DOI: https://doi.org/10.1111/aogs.12080

Hansen AK, Wisborg K, Uldbjerg N, Henriksen TB. Risk of respiratory morbidity in term infants delivered by elective caesarean section: cohort study. BMJ. 2008;336(7635):85-87.

http://dx.doi.org/10.1136/bmj.39405.539282.BE. PMid:18077440. DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.39405.539282.BE

Tita AT, Landon MB, Spong CY, Lai Y, Leveno KJ, Varner MW, et al. Timing of elective repeat cesarean delivery at term and neonatal outcomes. N Engl J Med. 2009;360(2):111-120. http://dx.doi.org/10.1056/NEJMoa0803267. PMid:19129525. DOI: https://doi.org/10.1056/NEJMoa0803267

Gyamfi-Bannerman C, Fuchs KM, Young OM, Hoffman MK. Nonspontaneous late preterm birth: etiology and outcomes. Am J Obstet Gynecol. 2011;205(5):456.e1-456.e6. http://dx.doi.org/10.1016/j.ajog.2011.08.007. PMid:22035950. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ajog.2011.08.007

Bettiol H, Rona RJ, Chinn S, Goldani M, Barbieri MA. Factors associated with preterm births in southeast Brazil: a comparison of two birth cohorts born 15 years apart. Paediatr Perinat Epidemiol. 2000;14(1):30-38. http://dx.doi.org/10.1046/j.1365-3016.2000.00222.x. PMid:10703032. DOI: https://doi.org/10.1046/j.1365-3016.2000.00222.x

Leal M, Silva AAM, Dias MAB, Gama SGN, Rattner D, Moreira ME, et al. Birth in Brazil: national survey into labour and birth. Reprod Health. 2012;15(9):1-8. http://dx.doi.org/10.1186/1742-4755-9-15. PMid: 22913663. DOI: https://doi.org/10.1186/1742-4755-9-15

Hyde MJ, Modi N. The long-term effects of birth by caesarean section: the case for a randomised controlled trial. Early Hum Dev. 2012;88(12):943-949. http://dx.doi.org/10.1016/j.earlhumdev.2012.09.006. PMid:23036493. DOI: https://doi.org/10.1016/j.earlhumdev.2012.09.006

Darmasseelane K, Hyde MJ, Santhakumaran S, Gale C, Modi N. Mode of delivery and offspring body mass index, overweight and obesity in adult life: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2014;9(2):e878-e896. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0087896. PMid:24586295. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0087896

Bager P, Wohlfahrt J, Westergaard T. Caesarean delivery and risk of atopy and allergic disease: meta-analyses. Clin Exp Allergy. 2008;38(4):634-642. http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2222.2008.02939.x. PMid:18266879. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1365-2222.2008.02939.x

Cho CE, Norman M. Cesarean section and development of the immune system in the offspring. Am J Obstet Gynecol. 2013;208(4):249-254. http://dx.doi.org/10.1016/j.ajog.2012.08.009. PMid:22939691. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ajog.2012.08.009

Barros AJ, Santos IS, Matijasevich A, Domingues MR, Silveira M, Barros FC, et al. Patterns of deliveries in a Brazilian birth cohort: almost universal cesarean sections for the better-off. Rev Saude Publica. 2011;45(4):635-643. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102011005000039. PMid:21670862. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000039

Rattner D. Sobre a hipótese de estabilização das taxas de cesárea do Estado de São Paulo, Brasil. Rev Saude Publica. 1996;30(1):19-33. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89101996000100004. PMid:9008919. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89101996000100004

Faúndes A, Pádua KS, Osis MJD, Cecatti JG, Sousa MH. Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de parto. Rev Saude Publica. 2004;38(4):488-494. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102004000400002. PMid:15311287. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000400002

Mandarino NR, Chein MB, Monteiro F Jr, Brito LM, Lamy ZC, Nina VJ, et al. Aspectos relacionados à escolha do tipo de parto: um estudo comparativo entre uma maternidade pública e outra privada, em São Luís, Maranhão, Brasil. Cad Saude Publica. 2009;25(7):1587-1596. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2009000700017. PMid:19578580. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009000700017

Pang MW, Leung TN, Lau TK, Hang Chung TK. Impact of first childbirth on changes in women’s preference for mode of delivery: follow-up of a longitudinal observational study. Birth. 2008;35(2):121-128. http://dx.doi.org/10.1111/j.1523-536X.2008.00225.x. PMid:18507583. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1523-536X.2008.00225.x

Faisal-Cury A, Menezes PR. Fatores associados à preferência por cesariana. Rev Saude Publica. 2006;4(2):21-26.

Cardoso JE, Barbosa RHS. O desencontro entre desejo e realidade: a “indústria” da cesariana entre mulheres de camadas médias no Rio de Janeiro, Brasil. Physis. 2012;22(1):35-52. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312012000100003. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73312012000100003

O’Dougherty M. Plot and irony in childbirth narratives of middle-class Brazilian women. Med Anthropol Q. 2013;27(1):43-62. http://dx.doi.org/10.1111/maq.12015. PMid:23674322. DOI: https://doi.org/10.1111/maq.12015

Norman AH, Tesser CD. Obstetrizes e enfermeiras obstetras no Sistema Único de Saúde e na Atenção Primária à Saúde: por uma incorporação sistêmica e progressiva. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2015;10(34):1-7. http://dx.doi.org/10.5712/rbmfc10(34)1106. DOI: https://doi.org/10.5712/rbmfc10(34)1106

Patah LE, Malik AM. Modelos de assistência ao parto e taxa de cesária em diferentes países. Rev Saude Publica. 2011; 45(1):185-194. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102011000100021. PMid:21181056. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102011000100021

Reducción de la mortalidad materna: declaración conjunta OMS/FNUAP/UNICEF/ Banco Mundial [Internet]. Ginebra: Organización Mundial de la Salud; 1999 [acesso em 2015 Jun 17]. http://whqlibdoc.who.int/publications/1999/9243561952_spa.pdf?ua=1

Mouta RJO, Progianti JM. Estratégias de luta das enfermeiras da Maternidade Leila Diniz para implantação de um modelo humanizado de assistência ao parto. Texto & Contexto – Enfermagem. 2009;18(4):731-740. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072009000400015. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-07072009000400015

Narchi NZ. Análise do exercício de competências dos não médicos para atenção à maternidade. Saúde e Sociedade. 2010;19(1):147–158. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902010000100012 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902010000100012

Sandall J, Soltani H, Gates S, Shennan A, Devane D. Midwife-led continuity models versus other models of care for childbearing women. Cochrane Database Syst Rev. 2013;8:1-107. http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD004667.pub3. PMid:23963739. DOI: https://doi.org/10.1002/14651858.CD004667.pub3

Faúndes A, Cecatti JG. A operação cesárea no Brasil: incidência, tendências, causas, conseqüências e propostas de ação. Cad Saude Publica. 1991;7(2):150-173. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1991000200003. PMid:15830039. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X1991000200003

Tesser CD, Knobel R, Rigon T, Bavaresco GZ. Os médicos e o excesso de cesárias no Brasil. Sau & Transf Soc. 2011:2(1):4-12. [acesso em 2015 Jun 17]. Disponível em: http://periodicos.incubadora.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view/1088

Klein MC, Kaczorowski J, Tomkinson J, Hearps S, Baradaran N, Brant R. Family physicians who provide intrapartum care and those who do not: very different ways of viewing childbirth. Can Fam Physician. 2011;57(4):e139-e147. PMid:21490345.

Penny Simkin P. Birth plans: after 25 years, women still want to be heard. Birth. 2007;34(1):49-51. http://dx.doi.org/10.1111/j.1523-536X.2006.00126.x. PMid:17324178. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1523-536X.2006.00126.x

World Health Organization (WHO). Birth and emergency preparedness in antenatal care. Intergrated management of pregnancy and childbirth (IMPAC). Geneva: Department of Making Pregnancy Safer, WHO; 2006 [acesso em 2015 jun 17]. Disponível em: http://www.who.int/reproductivehealth/publications/maternal_perinatal_health/emergency_preparedness_antenatal_care.pdf

Bailey JM, Crane P, Nugent CE. Childbirth education and birth plans. Obstet Gynecol Clin North Am. 2008;35(3):497-509. http://dx.doi.org/10.1016/j.ogc.2008.04.005. PMid:18760232. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ogc.2008.04.005

Lothian J. Birth plans: the good, the bad, and the future. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs. 2006;35(2):295-303. http://dx.doi.org/10.1111/j.1552-6909.2006.00042.x. PMid:16620258. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1552-6909.2006.00042.x

Declercq E, Sakala C, Corry M, Applebaum S, Risher P. Listening to mothers: Report of the First National US Survey of Women’s Childbering Experiences. New York: Maternity Center Association; 2002.

Domingues RMSM, Dias MAB, Nakamura-Pereira M, Torres JA, d’Orsi E, Pereira APE, et al. Processo de decisão pelo tipo de parto no Brasil: da preferência inicial das mulheres à via de parto final. Cad Saude Publica. 2014;30(Supl):S101-S116. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00105113. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00105113

Hart JT. The inverse care law. Lancet. 1971;1(7696):405-412. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(71)92410-X. PMid:4100731. DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(71)92410-X

Gérvas J, Pérez Fernández M. El fundamento científico de la función de filtro del médico general. Rev Bras Epidemiol. 2005;8(2):205-218. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2005000200013. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2005000200013

Abenhaim HA, Welt M, Sabbah R, Audibert F. Obstetrician or family physician: are vaginal deliveries managed differently? J Obstet Gynaecol Can. 2010;29(10):801-805. DOI: https://doi.org/10.1016/S1701-2163(16)32631-7

Ministério da Saúde (BR). Portaria GM/MS no 1459, de 24 de junho de 2011. Institui no âmbito do SUS, a Rede Cegonha. Diário Oficial da União. Brasília, 2011 [acesso em 2015 jun 17]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.html

Aquino EML. Para reinventar o parto e o nascimento no Brasil: de volta ao futuro. Cad Saude Publica. 2014;30(Supl):S8-S10. http://dx.doi. org/10.1590/0102-311XPE01S114. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311XPE01S114

Brasil L. Maternidade Pública Sofia Feldman atrai clientes de planos de saúde [Internet]. Belo Horizonte: Revista VejaBH; 2013 [acesso em 2013 Feb 2]. Disponível em: http://vejabh.abril.com.br/edicoes/maternidade-publica-sofia-feldman-atrai-clientes-planos-saude-733707.shtml

Downloads

Publicado

2015-06-24

Como Citar

1.
Tesser CD, Knobel R, Andrezzo HF de A, Diniz SG. Violência obstétrica e prevenção quaternária: o que é e o que fazer. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 24º de junho de 2015 [citado 28º de março de 2024];10(35):1-12. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/1013

Plaudit