Perfil dos teleatendimentos realizados pelo núcleo telessaúde-Pará de 2018 a 2019

Autores

  • Michelle Amaral Gehrke Universidade do Estado do Pará – Belém (PA), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1001-3353
  • Paola dos Santos Dias Universidade do Estado do Pará – Belém (PA), Brasil.
  • Taiane do Socorro Silva Natividade Universidade do Estado do Pará – Belém (PA), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9746-7568
  • Ana Carla Carvalho de Magalhães Universidade do Estado do Pará – Belém (PA), Brasil.
  • Napoleão Braun Universidade do Estado do Pará – Belém (PA), Brasil.
  • Monaliza dos Santos Pessoa Universidade do Estado do Pará – Belém (PA), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4163-8081

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3364

Palavras-chave:

Telessaúde, Telemedicina, Telemonitoramento, Atenção primária à saúde.

Resumo

Introdução: O Programa Telessaúde desempenha seu papel na assistência à saúde, especialmente nas regiões que não possuem estrutura ou atendimento médico especializado no Brasil No Pará esse núcleo presta assistência aos 144 municípios do estado. Objetivo: Delinear o perfil dos atendimentos realizados no estado do Pará. Métodos: O desenho do estudo foi observacional, retrospectivo e quantitativo, com análise da base de dados do programa. A fonte consultada foi a plataforma do Telessaúde-Pará com as consultorias realizadas entre 2018 e 2019. Resultados: Verificou-se que, nesse período, 208 teleconsultorias foram realizadas. Médicos foram os profissionais que mais as solicitaram. Os especialistas que responderam às solicitações com maior frequência foram médicos de família e comunidade, neurologistas e dermatologistas. As dúvidas mais frequentes foram as relacionadas a tratamento farmacológico e diagnóstico. A utilização de teleconsultorias evitou potenciais encaminhamentos em 76,9% dos casos. Entre os profissionais que utilizaram a plataforma, mais de 90% afirmaram satisfação com o serviço. Conclusões: Os dados demonstram a importância do programa na resolubilidade da Atenção Primária à Saúde, muito embora ainda haja pouca adesão e subutilização pelos usuários.

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Biografia do Autor

Paola dos Santos Dias, Universidade do Estado do Pará – Belém (PA), Brasil.

Acadêmica do Curso de Medicina na Universidade do Estado do Pará

Taiane do Socorro Silva Natividade, Universidade do Estado do Pará – Belém (PA), Brasil.

Acadêmica do curso de Medicina na Universidade do estado do Pará; Bacharel em Fisioterapia pela Universidade Federal do Pará

Ana Carla Carvalho de Magalhães, Universidade do Estado do Pará – Belém (PA), Brasil.

Professora da Universidade do Estado do Pará; Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Pará.

Napoleão Braun, Universidade do Estado do Pará – Belém (PA), Brasil.

Professor do curso de Medicina na Universidade do Estado do Pará; Graduação em Medicina.

Monaliza dos Santos Pessoa, Universidade do Estado do Pará – Belém (PA), Brasil.

Professora do curso de Medicina na Universidade do Estado do Pará. Graduação em Medicina. 

Referências

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Publicado

2023-02-12

Como Citar

1.
Gehrke MA, Dias P dos S, Natividade T do SS, Magalhães ACC de, Braun N, Pessoa M dos S. Perfil dos teleatendimentos realizados pelo núcleo telessaúde-Pará de 2018 a 2019. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 12º de fevereiro de 2023 [citado 29º de março de 2024];18(45):3364. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/3364

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit