Diminuição no uso de bebidas alcoólicas e a violência pelo parceiro íntimo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5712/rbmfc15(42)2263

Palavras-chave:

Alcoolismo, Abstinência de Álcool, Violência por Parceiro Íntimo.

Resumo

Introdução: A violência praticada por parceiro íntimo refere-se ao comportamento de parceiros ou ex-parceiros íntimos que resulta em dano físico, sexual ou psicológico, incluindo agressão física, coerção sexual, abuso psicológico e comportamento controlador. Sabe-se que o etilismo está associado ao aumento de tal violência. Objetivo: Analisar se a acompanhante do paciente em abstinência alcoólica referia menor índice de violência nesse período em relação ao tempo em que o mesmo fazia abuso de álcool. Métodos: Estudo observacional transversal no qual foram selecionados homens ex-etilistas atendidos no CAPSad de Maringá e suas parceiras. Foi utilizado um questionário para violência contra parceiro (HITS) composto de 4 perguntas objetivas, cuja pontuação varia de 4 até 20. Valores iguais ou superiores a 10 indicam violência. Resultados: Foram entrevistadas 53 mulheres de diversas faixas etárias e escolaridades. Desse total, 84,9% das participantes apresentaram pontuações menores no teste com o parceiro em abstinência em relação ao período em que o mesmo estava em uso/abuso de álcool. Das mulheres 15,1% não notaram diferença no nível de violência do acompanhante, estivesse ele em uso ou em abstinência alcoólica. Conclusões: Demonstrou-se claramente que o fato de cessar o consumo de bebidas alcoólicas reduziu o índice de violência infligida pelo parceiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Juliano Kazuo Yoshizawa, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil.

Médico da família e comunidade com graduação e residência pela Universidade Estadual de Maringá. Mestrado pela Universidade Estadual de Maringá. Docente do curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá.

Lucas Nascimento, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil.

Discente do 4 ano de Medicina da Universidade Estadual de Maringá

Pedro Iora, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil.

Discente do 4 ano de Medicina da Universidade Estadual de Maringá

Sandra Marisa Pelloso, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil.

Graduação em Enfermagem pela Universidade do Oeste Paulista (1983). Mestrado em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (1991). Doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1998).

Maria Dalva de Barros Carvalho, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil.

Graduação em Enfermagem pela Universidade do Sagrado Coração (1978). Graduação em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Jahú (1971). Mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (1991). Doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1998) Chefe do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Maringá.

Referências

(1) Netto L de A, Moura MAV, Queiroz ABA, Tyrrell MAR, Bravo M del M. Violência contra a mulher e suas consequências. Acta Paul Enferm [Internet]. 2014;27(5):458–64. Available from: http://dx.doi.org/10.1590/1982-

(2) Vieira LB, Cortes LF, Padoin SM de M, Souza IE de O, Paula CC de, Terra MG. Abuso de álcool e drogas e violência contra as mulheres: denúncias de vividos. Rev Bras Enferm. 2014;67(3):366–72.

(3) Smith PH, Homish GG, Leonard KE, Cornelius JR. Intimate partner violence and specific substance use disorders: Findings from the National Epidemiologic Survey on Alcohol and Related Conditions. Psychol Addict Behav. 2012;26(2):236–45. DOI: https://doi.org/10.1037/a0024855 DOI: https://doi.org/10.1037/a0024855

(4) Cunradi CB, Mair C, Todd M. Alcohol Outlet Density, Drinking Contexts and Intimate Partner Violence: A Review of Environmental Risk Factors. J Drug Educ. 2014;44(0):19–33. DOI: https://doi.org/10.1177/0047237915573527 DOI: https://doi.org/10.1177/0047237915573527

(5) Wilson IM, Graham K, Taft A. Alcohol interventions, alcohol policy and intimate partner violence: a systematic review [Internet]. 2014. Available from: http://www.biomedcentral.com/1471-2458/14/881 DOI: https://doi.org/10.1186/1471-2458-14-881 DOI: https://doi.org/10.1186/1471-2458-14-881

(6) Afifi TO, Henriksen CA, Asmundson GJG, Jitender S. Childhood Maltreatment and Substance Use Disorders Among Men and Women in a Nationally Representative Sample [Internet]. Vol. 57, The Canadian Journal of Psychiatry. 2012. Available from: www.TheCJP.ca DOI: https://doi.org/10.1177/070674371205701105 DOI: https://doi.org/10.1177/070674371205701105

(7) Chamorro J, Bernardi S, Potenza MN, Grant JE, Marsh R, Wang S, et al. Impulsivity in the general population: A national study. J Psychiatr Res. 2012;46(8):994–1001. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jpsychires.2012.04.023 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jpsychires.2012.04.023

(8) Silva ACLG, Coelho EBS, Moretti-Pires RO. O que se sabe sobre o homem autor de violência contra a parceira íntima: uma revisão sistemática. Vol. 35, Rev Panam Salud Publica. 2014.

(9) Miot HA. Tamanho da amostra em estudos clínicos e experimentais. J Vsac Bras. 2011;10(4):275–8. DOI: https://doi.org/10.1590/S1677-54492011000400001 DOI: https://doi.org/10.1590/S1677-54492011000400001

(10) Sherin KM, Sinacore JM, Li XQ, Zitter RE, Shakil A. Hits: A short domestic violence screening tool for use in a family practice setting. Fam Med. 1998 Jul;30(7):508–12.

(11) Iverson KM, King MW, Gerber MR, Resick PA, Kimerling R, Street AE, et al. Accuracy of an Intimate Partner Violence Screening Tool for Female VHA Patients: A Replication and Extension. J Trauma Stress [Internet]. 2015 Feb;28(1):79–82. Available from: http://doi.wiley.com/10.1002/jts.21985 DOI: https://doi.org/10.1002/jts.21985 DOI: https://doi.org/10.1002/jts.21985

(12) Singh V, Petersen K, Singh SR. Intimate partner violence victimization Identification and response in primary care. Vol. 41, Primary Care - Clinics in Office Practice. W.B. Saunders; 2014. p. 261–81. DOI: https://doi.org/10.1016/j.pop.2014.02.005 DOI: https://doi.org/10.1016/j.pop.2014.02.005

(13) Chen PH, Jacobs A, Rovi SL. Intimate partner violence: office screening for victims and perpetrators of IPV. FP Essent. 2013;412:11–7. PMID: 24053260

(14) Fonsêca L de MA. Tradução, adaptação cultural e propriedades psicométricas da hurt insult threatened scream para rastreio da violência doméstica contra idosos no Brasil [Internet]. Santa Cruz; 2018. Available from: https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/25211/1/LuizaDeMarilacAlvesDaFonseca_DISSERT.pdf

(15) Ally EZ, Laranjeira R, Viana MC, Pinsky I, Caetano R, Mitsuhiro S, et al. Intimate partner violence trends in Brazil: data from two waves of the Brazilian National Alcohol and Drugs Survey. Rev Bras Psiquiatr. 2016;38:98–105. DOI: https://doi.org/10.1590/1516-4446-2015-1798 DOI: https://doi.org/10.1590/1516-4446-2015-1798

(16) WHO | Global status report on violence prevention 2014. World Health Organization. Geneva: World Health Organization, United Nation Development Programme, United Nations Office on Drugs and Crime; 2014.

(17) Flake DF. Individual, family, and community risk markers for domestic violence in Peru. Violence Against Women [Internet]. 2005 Mar;11(3):353–73. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16043554 DOI: https://doi.org/10.1177/1077801204272129 DOI: https://doi.org/10.1177/1077801204272129

(18) Jewkes R, Sikweyiya Y, Morrell R, Dunkle K. Understanding men’s health and use of violence: interface of rape and HIV in south Africa. MRC Policy Brief. Pretoria; 2009.

Downloads

Publicado

2020-05-30

Como Citar

1.
Yoshizawa JK, Nascimento L, Iora P, Pelloso SM, Carvalho MD de B. Diminuição no uso de bebidas alcoólicas e a violência pelo parceiro íntimo. Rev Bras Med Fam Comunidade [Internet]. 30º de maio de 2020 [citado 28º de março de 2024];15(42):2263. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2263

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa

Plaudit