Fatores associados à infeção pelo vírus da dengue
estudo transversal de dados de vigilância em saúde do município de São Mateus (ES), entre os anos de 2016 e 2020
DOI:
https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3347Palavras-chave:
Dengue, Vírus da Dengue, Infecções por Arbovirus, Estudos Transversais, Epidemiologia.Resumo
Introdução: A dengue é uma doença infecciosa endêmica em regiões tropicais e subtropicais. Para organizar uma rede assistência de saúde e garantir medidas preventivas, manejo clínico adequado, é necessário conhecer os fatores associadas aos casos de dengue. Objetivo: Analisar os fatores associados à infecção pelo vírus da dengue de indivíduos notificados no sistema de vigilância em saúde. Métodos: Estudo transversal de dados secundários de casos de suspeitos de dengue notificados no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação. Foram incluídos os indivíduos notificados com suspeita de dengue com data de notificação entre dia 1º de janeiro de 2016 e 31 de dezembro de 2020 e que residiam em São Mateus (ES). Foram calculadas as frequências relativas e absolutas das variáveis e foi utilizada a regressão de Poisson de variância robusta para calcular a razão de prevalência (RP) e estimar os intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Foram notificados 4.547 casos suspeitos de dengue, 2.438 (53,8%) casos foram confirmados, 844 (27,7%) confirmados por critério laboratorial, nove apresentaram sinais de alarme, três foram de dengue grave, 35 necessitaram de internação hospitalar e quatro evoluíram a óbito por dengue. A faixa etária ≥60 anos (RP=1,28; IC95% 1,14–1,45), indivíduos com cinco a oito anos de estudo (RP=1,47; IC95% 1,19–1,81), com prova do laço positiva (RP=1,40; IC95% 1,22–1,60) e diabetes mellitus (RP=4,19; IC95% 1,91–9,20) apresentaram maiores prevalências de dengue. Conclusão: A prevalência da dengue foi maior no grupo de indivíduos com idade maior e igual a 60 anos, com cinco a oito anos de estudo, com diabetes mellitus, que apresentaram prova do laço positiva e leucopenia. Esses grupos apresentam chances maiores de desenvolvimento da dengue grave, sendo necessários esforços dos serviços de assistência e vigilância em saúde em seu manejo clínico.
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